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domingo, dezembro 11, 2005

Direitos Humanos,,,

O relatório da Anistia Internacional (AI) sobre os direitos humanos no Brasil, um texto de 85 páginas realça a violência urbana, com especial destaque para a situação da população negra. Entre os inúmeros dados salientados pelo documento, está o facto de que a maioria das pessoas assassinadas no Brasil são homens, jovens, negros e de baixo rendimento. É possível comparar os números divulgados no relatório com os dados da violência em regiões de conflito ou de guerra civil no mundo. Segundo a Unesco, na última década as mortes por armas de fogo registadas no Brasil superaram o número de vítimas de 23 conflitos armados no mundo, perdendo apenas para as guerras civis de Angola e da Guatemala. Nesse período morreram no Brasil 325.551 pessoas, em média 32.555 mortes por ano, o que pode ser considerado um autêntico extermínio dos pobres.

A AI estabelece como tópicos para discussão a desigualdade social no Brasil como estímulo à criminalidade e os assassinatos registados nas zonas pobres dos subúrbios. O documento lembra que, de 1999 a 2004, as forças políciais do Rio de Janeiro e de São Paulo mataram mais de 9800 pessoas, a maioria jovens sem cadastro, em práticas que apontam para a simples criminalização da pobreza. "Existe uma relação directa entre exclusão social, homicídios e cor da pele", afirma Dawid Bartelt um dos responsáveis da AI - "É preciso que as instâncias governamentais brasileiras se aproximem para discutir a questão e que se implemente o Plano Nacional de Direitos Humanos, que não saiu do papel" afirma.
Quantos anos tem já o governo de Lula? - (Ler mais, aqui)
Porque são as coisas assim?

,,, e Direitos Desumanos.

O Brasil é uma colónia económica norte-americana. Isso acontece, tendo apenas como causa a necessidade de sustentar a ínfima minoria Burguesa brasileira detentora dos grandes rendimentos que dependem justamente dos negócios com o exterior - que prosseguem cada vez mais de vento em popa, sem ou com "governos de esquerda" - como é fácilmente visivel no escandaloso desmatamento da Amazónia. Depois da época áurea da colonização, nomeadamente pelos investimentos massivos de Nelson Rockefeller na época do pós-guerra, e desse outro investimento de colonização cultural que foram as "Selecções do Readers Digest" em português do Brasil (cujos conceitos e historial se explicam exemplarmente p/e, aqui),,, os investimentos empresariais, com a globalização, diversificam-se por outros centros subsidiários capitalistas, como p/e a Alemanha, cuja retoma económica, marionetada por Washington, depende da aplicação de capitais intensivos de exploração no exterior; o IFC (Internacional Finance Corporation), que administra os créditos privados do Banco Mundial, viabilizou mais um financiamento de US$ 230 milhões ao grupo Amaggi. O dinheiro foi disponibilizado por um consórcio de bancos liderado pelo Rabobank, da Holanda. Os outros bancos participantes são o WestLB AG, o ING Bank (Holanda), HSBC (Reino Unido), BNP Paribas (França), Crédit Suisse First Boston (Suíça), UFJ Bank (Japão), Fotis Bank (Holanda/Bélgica), HSB Nord Bank (Suécia), Bradesco e Itaú. Além disso, segundo a Rios Vivos, em maio de 2001 a DEG (Deutsche Investions- und Entwicklungsgesellschaft) já havia concedido um crédito de US$ 24 milhões à Amaggi, o grupo do maior sojicultor do mundo, propriedade de Blairo Maggi que é ao mesmo tempo o Governador do Estado de Mato Grosso. Para os ambientalistas, entre outros os da Greenpeace, este empresário é o "campeão do desmatamento" da floresta tropical no Brasil; para os Consórcios Bancários dos centros capitalistas ocidentais, o "Rei da Soja" é um sojicultor exemplar.
Este incremento da exploração capitalista tem a menor reflexão na situação social dos pobres?Não!,,,
Não há outro método,,, para acabar com a pobreza no Brasil, é preciso primeiro acabar com esta gente - a começar pelo embuste que é Lula da Silva e a sua pleiade de governantes corruptos, primeiro os centrais que admitem este estado de coisas, depois os caciques locais herdeiros dos tradicionais coroneis. (ou vice-versa)

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