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terça-feira, janeiro 10, 2006

"o Fatalista" o filme de João Botelho, carece de "pedir murros. Este portugal está a pedi-los. Com subtilezas não vai lá"
Critica de Cinema, de Rodrigues da Silva, no JL

“O país pobre, atrasado, largamente analfabeto, boçal em boa parte, transformou-se 20 anos depois de “aderir à Europa” num país menos pobre, mas ainda assim atrasado, relativamente analfabeto e absolutamente boçal (...) em termos absolutos a Europa tornou-nos mais ricos. Mas, aparentemente, não nos tornou melhores” (Rui Pêgo)
“A campanha é feita de circo eleitoral, fait-divers, algumas bocas e frases genéricas” (Garcia Pereira)
“Portugal está a ficar cada vez mais igual à América nas coisas más, sem absorver nenhuma das coisas boas” (Clara Pinto Correia)

Serve tudo, na mais execrável falta de escrúpulos, na campanha de manipulação dos Media, para eleger um Presidente pró-americano, no imediato, (não o poderá negar) pró-Bushista. A capa do último Expresso ficará para a história, como um exemplo de como se ridiculariza um candidato com o objectivo de conquistar mentes imbecis para o campo adverso. Uma vergonha.

A exploração do “Imbecil Colectivo” de que fala Joel de Rosnay (1), é afinal o corolário lógico daquilo que os jornais corporativos e jornalistas assalariados pelos grupos Económicos se têm esforçado diligentemente por construir ao longo das últimas décadas. Com a complacência daqueles que agora se queixam, e que tambem usaram, quando ocuparam o Poder, exactissimamente os mesmos métodos. Se é certo existir uma "Indústria da Cultura" (Teodhor Adorno) não menos certo é existir uma "Cultura de Desinformação". Ninguem nasce ensinado - os idiotas para poderem ser colhidos, têm de ser semeados.

“Uma troca de ficheiros informáticos fez com que ontem fosse publicado um texto antigo de Vasco Pulido Valente e não o que escrevera para 8 de Janeiro de 2006. Aos leitores e ao autor pedimos desculpa, editando hoje o texto certo” - foi com esta nota de rodapé que o jornal Publico, de cujo Director se fala ir para Adjunto de Imprensa da Casa da Múmia em Belém, “se desculpou” do “engano” que serviu para desancar Mário Soares, antevendo-lhe a-priori a derrota certa, neste texto. O colunista mais lido, na contracapa, em lugar de destaque, citado fora do contexto.

A outra hora e noutro local, e porque eles movem-se, o mesmo jornal via Lusa, que fez uma pesquisa no Technorati.com promove descaradamente a Múmia enbandeirando em arco com as 13776 citações obtridas “mostrando que tambem aí distância é grande e a Internet reflecte, em certa medida, a tendência de voto para as eleições de 22 Janeiro apontada pelas sondagens”. Na urgência de amontoar mensagens subliminares pagas pelos Investidores na campanha mais cara de todas – esqueceram-se de que a grande maioria dos blogues citam a Múmia apenas para demonstrar o ódio existente aos serventuários dos Banqueiros, vendilhões da Nação. Sugestão para que baixe radicalmente o numero de referências na Internet ao candidato proto-fascista é que a malta dos blogues o passe a designar por Cacilva Vácuo.

* (1) veja-se tambem, um livrinho com incrivel actualidade, o ensaio de William Sargant "a Batalha pelas Mentes"(The Battle for the Minds), com uma crítica em português aqui.

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