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quarta-feira, setembro 20, 2006

O novo mundo











O “xatoo” feito pelos leitores de jornais

Quando eu não estiver presente, não haverá mais rosas, ciprestes,
lábios vermelhos, nem vinho perfumado.
Não haverá mais auroras nem crepúsculos,
alegrias nem sofrimentos, O Universo não existirá

Omar Khayyam

“O mundo dos sentidos é o que é: a aparência em forma de realidade que interpretamos de acordo com as nossas capacidades perceptivas. Neste processo, a inteligência deverá desempenhar um papel de peneira, ou seja, efectuar a crítica necessária à destrinça entre o que realmente interessa e o acessório. As mudanças aparentemente estruturais que nos chegam com o terceiro milénio parecem configurar novos estilos de fazer politica, novas fórmulas de organização social e diferentes relações de produção no âmbito da economia. Pelo menos é o que a imprensa escrita e falada nos pretende transmitir, grande parte em defesa dos preceitos neoliberais que parecem constituir os alicerces da sociedade que lentamente se implementa. Um mundo que assenta numa forte selecção natural, não deixando lugar aos desafortunados da vida, independentemente da causa dessa desventura: falta de saúde, menos ambição ou uma sensibilidade mais escrupulosa, bondade pura e simples, enfim, uma série de “defeitos” que não se adequam às linhas orientadoras do mundo neoliberal. Não é o mérito que irá ser recompensado, mas sim a força, a persistência, a ambição, a frieza – estas são as “qualidades” do mundo capitalista. É uma interpretação como outra qualquer. Quem detém o Poder parece arrogar-se o direito de esboçar o perfil do “homem novo”. Mas não façam disso verdade absoluta nem profissão de fé. Novos mundos surgirão sobre este, demonstrando a potencialidade de qualidades que actualmente o liberalismo despreza”.

Paulo Frederico F. Gonçalves (leitor do Porto)

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