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quinta-feira, novembro 30, 2006

Depois de esperar pacientemente pelo expirar do prazo de prescrição de algum eventual processo judicial que porventura pudesse vir a ser julgado, um arrebenta do tipo menor, desses que pululam pelo espectro mediático português, bota a boca no trombone e assume-se como co-autor deliberado de um atentado famoso. No dia antes é detido pela PJ sob um alibi completamente alheio à situação que o nosso homem iria tornar pública no dia seguinte. Em qualque país normal do mundo, um escândalo destes, que envolve altas figuras do Regime (e por acumulação, do Estado) provocaria uma onda de choque que poria muitas coisas em causa. Mas, lendo a imprensa de fio a pavio no dia seguinte, que referência há sobre o assunto? - Nenhuma!
















para se recordar quem é quem neste processo, vejamos de onde nasceram ontem as opções politicas que determinaram que sejamos aquilo que somos hoje. (sem que tivesse havido qualquer referendo sobre o aborto)
http://ofimdademocracia.blogspot.com/

"O mais atroz das coisas más da gente má é o silêncio da gente boa"
Mahatma Gandhi
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quarta-feira, novembro 29, 2006

da promessa de california, já vamos na dinamarca

mais segurança
no desemprego
maior disponibilidade
para novos empregos

















A flexisegurança constitui hoje um assunto na moda. Têm abundado os estudos e os artigos sobre o tema. É um tema recorrente em debates, colóquios e conferências sobre questões de emprego. Tem sido objecto de tomadas de posição de organizações internacionais ou europeias, como a OIT e o Parlamento Europeu. Entre nós, o Livro Verde sobre as Relações Laborais, publicado em Maio passado, inclui um capítulo sobre a flexisegurança. E o Ministério do Trabalho e da Segurança Social organizou o primeiro seminário sobre este assunto, a 25 de Setembro; logo, facto consumado,
foi nisto que votaram, é isto que vão ter.
"O argumento é o de que num mundo de trabalho mais instável devido à globalização, a qual conduz a uma forte concorrência internacional, é ilusório defender os empregos existentes, pelo que só haveria duas alternativas: ou o modelo americano que significa a desregulamentação ou um modelo que combina a flexibilidade com a segurança. A flexisegurança é pois pensada como uma terceira via entre a segurança no emprego, concebida nos moldes “tradicionais” de defesa dos postos de trabalho, e a desregulamentação".
(ler mais - artigo de Fernando Marques no N.A.)

cartaz da Juventude Social Democrata
clique na imagem para ampliar
A gente vê isto e pasma; a JSD faz campanha contra o Governo recusando-se ser a "geração do recibo verde". Mas, então, não foi o governo do Barroso, na pessoa do ministro Bagão Felix que alterou o código de Trabalho de acordo com as exigências do sistema neoliberal? (Decreto que o PS, por sinal, não revogou!! e que deonstra que há aqui uma estratégia pré concertada - do Bloco Central - assuma esta politica as diversas nuances que venham a ser precisas assumir, para endrominar os incautos)
O cartaz, à primeira vista, poderia ser obra de meia dúzia de imbecis - mas se fossem aprendizes de idiotas não teriam os 3000 euros que custa cada cartaz neste dispendioso meio de publicidade - logo, trata-se de uma estratégia de Mentira concertada por gente perversamente dotada de inteligência (que parasita o Estado). Estamos a lidar com que tipo de gente?, E que acontece quando uma associação de mentirosos ocupa o aparelho administrativo do Estado e subsequentemente o espaço público?. Nada. Só podemos observá-los e apelidá-los de filhos mal paridos da geração rasca. Bem hajam, jovens da JSD, por nos terem mostrado quem são. E de "precários" é que os meninos não têm nada,,,

terça-feira, novembro 28, 2006









- Demografia,
- Malthus e a visão Marxista


Em redor de “O que os Media não Dizem” de Carlos Espirito Santo de Mello
(The Medias Taboo - An Essay on Population Growth)

Um grupo de psicólogos de São Francisco (EUA) na década de 70 levou a cabo um estudo cujo objectivo era aferir niveis de inteligência na diversidade racial, que elaboraram testes visando conhecer quatro das facetas do espirito humano:
- a Verbal, baseada em compreensão e interpretação de textos e vocabulário;
- a Geométrica, sobre a manipulação de figuras planas e no espaço tridimensional, logo com apoio de imagens;
- a do Raciocinio Abstracto, isto é, testes essencialmente lógicos-matemáticos sem apoios de imagens;
- a de Capacidade Criativa, sobre curtos desenvolvimentos de temas propostos.
Foram seleccionadas cinco etnias para o estudo comparativo:
- a caucasiana de representação euro-semítica;
- a sua variante indo-paquistanesa;
- a mongol sino-nipónica
- a ameríndia, nativa do continente americano, uma derivação da raça mongol; e
- a bantu, dos africanos a sul do Sahara até aos afro-americanos.
O exame recaiu sobre estudantes universitários de ambientes e níveis familiares comparáveis, no caso dos afro-americanos das classes mais abastadas.
Reduzidos a estatística, dos milhares de testes resultaram as chamadas “curvas de Gauss”, representação gráfica de forma campanular onde na zona central alta se juntam as maiores frequências e nas laterais, em curvas descendentes espalmadas nos extremos, as frequências cada vez mais raras quer do lado positivo quer do negativo. A sobreposição das “campânulas” para as várias etnias e testes não indicou desvios significantes. Isto é, em qualquer dos exames e correspondentes grupos raciais as sobreposições não eram suficientemente desviadas uma das outras para permitir concluir diferenças marcantes. Uma excepção apenas: na curva de Gauss referente ao raciocinio abstracto, não existia praticamente sobreposição da campânula africana com as demais, tal era o desvio negativo da sua representação gráfica. E o problema é que o raciocínio abstracto – seja as matemáticas e as ciências que nela se baseiam, desde as engenharias às astrofisicas, desde os computadores à fisica nuclear – é fundamento de todo o processo tecnológico que alimenta os nossos níveis de vida modernos. A publicação do estudo levantou uma onda de protestos por parte de todas as organizações afro-americanas, incluindo a influente National Associaton for Advanced of Coloured People (NAACP). A selecção de examinados não teria sido equitativa, havia que dar desconto à pesada herança da escravatura, etc... A Time Life publicou uma longa lista de negros de sucesso, contudo notava-se que mais de uma terça parte dos referidos eram “negros” apenas pelos critérios da propaganda Wasp; como em qualquer país latino, tinham apenas umas poucas gotas de sanque africano. (como p/exemplo Oprah Winter ou Barack Osama). De qualquer modo, apenas se viam advogados, médicos e juizes: nem um engenheiro ou cientista.
Sendo de mais de 10% a população negra (essencialmente bantu) nos EUA, seria chocante e deseducativo ver a maioria das universidades de nome praticamente vedadas a estudantes de cor. Assim, existe uma disposição legal que obriga a admitir negros com notas de 15 valores, enquanto para todos os outros candidatos se exigem valores perto dos 20 valores. Se assim não fosse, a percentagem de negros seria de 0,5% (excepção feita às 105 universidades especificamente dedicadas a gente de cor) Assim, a legislação determina um “senão” escapatório para que essa prática não seja descriminatória para brancos com notas superiores: são proibidas as pontuações diferenciadas ou regras descriminatórias de cariz racial mas as universidades podem deliberar, caso a caso, “admissões individualizadas” sempre que entendam que isso resulta num benefício social. E a quase totalidade das universidades americanas continua, na base do “caso a caso”, a velar para que as populações universitárias não se desviem da realidade social exterior: onde existem cerca de 10% de negros. Todavia, esses critérios não se aplicam nas escolas superiores técnicas da familia das tecnologias, engenharias e ciências, de que são exemplos de fama mundial o CAL-TECH (California Institute of Technology) e o MIT (Massachussets Intitute of Technology). Nesses cursos de niveis exigentíssimos a nivel de matemáticas, não se vêem negros Bantus.

Esta inabilidade detectada no estudo dos psicólogos de São Francisco, a ser verdadeira e confirmada pelos antropólogos, em conjunto com a exploração Imperialista, estará na base da compreensão da degradação que é visivel em África. Os nativos, cujas riquezas (segundo os padrões tecnológicos da raça branca) lhes têm sido roubadas durante os últimos séculos, não conseguiriam evoluir – contudo, descobriram neles “habilidades” para os converterem em consumidores compulsivos de toda uma panóplia de produtos enfiados a martelo fabricados pela tecnologia branca ocidental. Comparando as duas situações diametralmente opostas – as sociedades brancas ocidentais altamente tecnológicas congestionadas (saturadas de imagens) à beira do colapso (energéticamente insustentáveis) e as sociedades degradadas da África, e por extensão em geral do chamado 3º mundo, destruidas pelas carências de bens essenciais e à beira do colapso, é muito questionável que a mutação tecnológica descontrolada do homem branco tenha sido benéfica para o progresso da humanidade. Afinal a inabilidade dos negros para as matemáticas é uma mais valia e o decrescimento das chamadas sociedades ocidentais é inevitável. No futuro, o mundo será mestiço, e se conseguirmos que seja grátis, como sugeria o Agostinho da Silva, melhor – para alguma coisa, pouca, terão servido os tecnocratas, que toda a gente abomina porque são eles os principais fautores do sistema de corrupção vigente que gravita em volta das mercadorias tecnológicas desnecessárias.

Visto por este prisma., fica a interrogação: Terá sido a explosão demográfica, ou seja, a ausência de politicas de planificação no controlo de natalidade, um factor consentido tendo como único interesse fomentar o aumento de potenciais consumidores tendo em vista o Mercado?

segunda-feira, novembro 27, 2006

a "Esquerda" e a "Direita": que debate hoje?

pssst,, o da direita está envolvido em crimes contra a humanidade, junto com Bush, Blair e Aznar, todos passiveis de extradição e julgamento no Tribunal Penal Internacional. Não devias cochichar amigavelmente com ele, antes te devias indignar, óh tu! o que dizes que és de "esquerda"

o que diz Slavoj Zizek

“A ajuizar por critérios politicos tradicionais, não há dúvida de que vivemos hoje tempos estranhos. Observemos a figura paradigmática da extrema-direita actual, as milícias fundamentalistas milenaristas dos Estados Unidos. Não é verdade que se assemelham com frequência a uma versão caricatural dos grupos separatistas da extrema- esquerda militante dos anos 60? Estamos, em ambos os casos, perante a lógica anti-institucional radical: o inimigo último é o aparelho de Estado repressivo (FBI, forças armadas, sistema judicial) que ameaça a própria sobrevivência do grupo, organizado como um corpo extremamente disciplinado a fim de ser capaz de resistir a essa pressão. Encontramos o caso exactamente oposto quando vemos um esquerdista como Pierre Bourdieu defender a ideia de uma Europa unificada enquanto “Estado social” forte, “garantindo um mínimo de direitos sociais e a segurança social contra a ofensiva da globalização”: dificilmente nos abstemos de ironizar perante um intelectual de extrema- esquerda que se dedica a levantar muralhas contra o poder corrosivo global do Capital que Marx elogiou com a força que se sabe. Tudo se passa, com efeito, como se os papéis tivessem sido, hoje, trocados: os esquerdistas sustentam o Estado forte invocando o motivo de ele representar a última garantia das liberdades sociais e civis perante o Capital, ao mesmo tempo que a gente de direita demoniza o Estado e os seus aparelhos, apresentando-os como máquina de aterrorizar suprema...
O postulado subjacente a estas estranhas inversões é o facto de a “esquerda moderada” de hoje, de Blair a Clinton, aceitar silenciosamente a despolitização da economia – e por isso a única força politica séria que persiste em questionar a regra incontestada do mercado é a extrema-direita populista (Buchanan nos Estados Unidos, Le Pen em França). Quando Wall Street reage negativamente à baixa da taxa de desemprego, o único a afirmar a constatação evidente que aquilo que é bom para o Capital não é manifestamente aquilo que é bom para a maioria da população foi Buchanan. Ao contrário do velho adágio segundo o qual a extrema-direita diz abertamente o que a direita moderada pensa em segredo, não se atrevendo a formulá-lo em público ( a assunção aberta do racismo, da necessidade de uma autoridade forte e da hegemonia cultural dos “valores ocidentais”, etc), estamos a caminho de uma situação, portanto, em que a extrema-direira diz abertamente o que a esquerda moderada pensa em segredo, sem se atrever a formulá-lo em público (a necessidade de pôr um limite à liberdade do Capital).
A postura ideológica hoje predominante – o liberalismo multicultural e tolerante – participa em pleno nesta despolitização da economia; para o resumir em termos concisos, a tolerância multicultural É a ideologia hegemónica do capitalismo global. A oposição entre o fundamentalismo étnico- sexista- religioso e a tolerância multicultural , e, em última análise, uma falsa oposição: a neutralização politica da economia é o postulado comum aos dois extremos. A única via de saída deste beco, e o primeiro passo, portanto, a caminho de uma renovação da esquerda, é a reafirmação de uma crítica virulenta, fortemente intolerante, da civilização capitalista global”.






embora talvez involuntariamente, estamos a tentar ajudar os pobres (uma boa filosofia para enriquecermos ainda mais), mas as consequências talvez veham a ser outras bem diversas daquelas que inicialmente pensámos,,,

o filósofo "pós- moderno" Zizek incorre nalguns erros de avaliação:
1 - Refere uma "Esquerda" que: consente (é até conivente) com as prisões da CIA, com as congeminações do grupo Bilderberg, com a directiva Bolkestein, com os OGM, que não põe em causa Israel (antes colabora com a sua noção de "paz"), alinha alarvemente com o pacto de agressão da NATO, calou-se muito bem calada sobre o golpe anti-Chavez.(pobre esquerda),,, alguém acredita que quem advoga este tipo de politicas é a ESQUERDA?
2 - O Capital ao acabar com as fronteiras, deu apenas o primeiro passo no sentido de acabar de igual modo com as organizações politicas Nacionais (falidas, párias ou inoperantes, salvo para servir as Oligarquias) - ou seja, o Capital deu o primeiro passo para acabar com a organização politica do Estado conforme foi concebido no Tratado de Westfália, que, lembre-se, pretendia pôr um fim nos conflitos por motivos religiosos. Faz sentido acabar com este modelo de organização politica, um instrumento retrógado, agora quando o "Estado" serve apenas como capa para meia-dúzia de lideres energúmenos reacenderem conflitos entre religiões - enquanto esse mesmo Estado se pretende demitir das suas funções sociais, subjugando-se às empresas privadas.
3 - A contribuição filosófica moderna, não contaminada, para a renovação da Esquerda é a de Tony Negri - e a emergência da multidiversidade de comunidades locais como fontes de Poder democrático a partir das bases, que reportem a um governo mundial de Senadores cujo embrião é a ONU
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domingo, novembro 26, 2006

o Outro existe, sou Eu!
José Saramago

o quadro daqueles que se obrigam a servir-nos
permanece igual ao dos tempos coloniais
ou agravou-se com as vagas de imigração modernas?

As grandes narrativas históricas sempre tiveram perspectivas eurocêntricas

* Nos recados para os Outros (Subject to the Others): “British Women Writers and Colonial Slavery 1670-1834” - Moira Ferguson relembra-nos que os escritos femininos Abolucionistas, que prescreviam o fim da escravatura, redigidos pelas mulheres brancas fundaram um movimento politico de vanguarda – o que configura um padrão histórico mais complexo separando a mulher branca do homem branco, resultando na compreensão e no reconhecimento de novas condições de subalternidade.

* Em “Notes on the Post-Colonial” (1992) Ella Shohat sugere expandir a orientação académica de modo a incluir narrativas de mulheres, artistas e pensadores não europeus, que até hoje têm sido subalternos.

"Talking Visions" (Edição do MIT, 1999) reflecte, depois da abolição das fronteiras, sobre a visão multicultural feminista na Era Transnacional.
A autora, de novo Ella Shoat, é uma árabe-judaica nascida em Israel e radicada nos Estados Unidos que em 2002 escreveu o argumento do documentário "Esqueçam Bagdad, Judeus e Árabes - a Conexão Iraquiana" (2002).
O realizador é o mesmo de “Babilónia2”, Samir, um imigrante filho de judeus na Suiça desde criança que, para recolher elementos para o argumento, se dirige aos seus parentes originários do Iraque. O pai, em particular, sempre lhe tinha falado dos seus companheiros Judeus no Partido Comunista do Iraque. Mas quando pretendeu contactar alguns deles, Samir não encontrou nenhum. Foi então que entrou em contacto com a professora Shoat da Universidade “City of New York”, que sabia ter escrito sobre os judeus-árabes, para compreender o que significa ser um “Judeu Oriental” em Israel, cuja designação é “Mizrachi”, um termo altamente pejorativo, devido ao enraizamento do tradicional sistema de castas entre os extremistas Sionistas, que já tinha levado à perseguição e aniquilamento dos judeus comunistas durante a II Grande Guerra. Esta é a pista: enquanto uns, os socialistas (e comunistas) como históricos oponentes ao colonialismo, são metódicamente dizimados, outros prosperam à sombra do Sionismo mundial adoptado como doutrina pelo poder do Império – em negócios como este: “Banco Mundial leva a cabo “take over" sobre o Banco de Israel” – país cujos capitais detêm a 2ª posição em Wall Street, logo depois das empresas e investidores norte-americanos.
Podemos então concluir, que estamos como sempre estivemos, na mesma Guerra Fria de sempre, do capitalismo contra o socialismo como doutrina de emancipação dos povos.

Um notável colunista neocon Paul Johnson publicou em Abril de 1993 no NewYorkTimes Magazine o artigo “Colonialism`s back – and not a moment too soon” onde diz que “as nações civilizadas” se deveriam encarregar de recolonizar os paises do 3º mundo onde as mais básicas condições de vida civilizada deixaram de existir” podendo fazê-lo através de um sistema de imposição de governos. Para poder fazer comércio de modo proveitoso, os europeus (como mandatários do patrão yankee) deveriam impôr antes uma ordem politica” Se repararmos bem, com as actuais movimentações das forças armadas das “democracias” é tal e qual isto que os paises do Pacto Atlântico andam a fazer. Era suposto que a chamada "globalização" devesse inverter a tendência histórica das politicas eurocêntricas. Porém, ao contrário,,, estaremos de volta ao século XIX com uma nova Era Colonial sob a égide do Império, cozinhada como se fosse um barbecue no Texas?

A entrada dos Cruzados em Constantinopla em 12 de Abril de 1204
Eugene Delacroix, Museu do Louvre, Paris

relacionado:
mais de 90% dos Media nos EUA são dominados por Judeus. Veja-se como os Sionistas criam factos, nas televisões, nos filmes e na imprensa, visando promover reacções contra os Muçulmanos.
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sábado, novembro 25, 2006

“Estamos no ano 50 antes de Jesus Cristo. Toda a Gália está ocupada pelos romanos... ¿Toda? ¡Não! Uma pequena aldeia povoada por irredutiveis gauleses todavia resiste sempre ao invasor.”
(dos álbuns de Goscinny&Uderzo)

sexta-feira, novembro 24, 2006

o planeta debaixo de ataque,,,

"Oil, Smoke and Mirrors" é um documentário independente (50 minutos) sobre o "pico do Petróleo", o "11 de Setembro" e a "Guerra contra o Terrorismo"
Richard Weinberg, autor de "The Oil Depletion Protocol", entre outros, fala sobre o futuro da nossa civilização, no presente contexto em que o "Petróleo é Poder"
Veja o video. A sua percepção do dia a dia no mundo presente, deverá mudar para sempre.

Em tempos, foi posta a ênfase na "maioria silenciosa" que não tinha oportunidade de se expressar. Na véspera da comemoração do golpe de 25 de Novembro, presume-se que agora essa maioria já tem acesso aos meios de informação e acção por forma a controlar o poder Democrático. Têm?
lembrem-se agora, (ou já não dará jeito?) do que disse o homem:
"As guerras declaradas pelos Estados apenas servem como desculpa para exercer a Tirania doméstica"
Alexander Solzehenitsyn

"OCCUPATION 101" é um documentário que provavelmente nunca será exibido entre nós. Os aliados no "nosso" governo, os sionistas de Israel e os Democratas/Neocons de Washington não iriam gostar que este tipo de coisas sejam divulgadas nos cinemas junto com as pipocas. Esta é uma pequena amostra do documentário que mostra os métodos que estão a ser usados pelos delegados do Pacto Atlântico.

em todo o lado o inimigo é (sempre foi) o mesmo
primeiro o Colonialismo, depois o Imperialismo, agora o Neo-Fascismo
Com todos estes sistemas de exploração, levados a cabo em condições cada vez mais gravosas, eles tratam (sempre trataram) de reduzir o mundo inteiro a uma imensa Palestina (os pobres sem recursos, nem Estado que os defenda, dependem de esmolas dos ricos)

lembre-se da frase chave do documentário,,, daquilo que deve dizer à sua televisão, de cada vez que ouvir um "expert" neoliberal (porque às outras correntes de opinião não é provável que as oiça):
"O grande inimigo do Conhecimento não é a ignorância, é a ilusão de se ter conhecimento"
Stephen Hawking
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quinta-feira, novembro 23, 2006

em busca dos Bónus perdidos
uma visita às Origens do Fascismo Americano

Quem viajou por dentro d`”As Vinhas da Ira”, um best-seller sobre as desventuras da familia do judeu Joad (uma saga escrita por outro judeu, que ao naturalizar-se americano mudou o nome para Jonh Steinbeck) viu como é dramática a perda de perspectivas de vida dos pobres que apenas têm para venda a sua força de trabalho, e de como, ainda por cima, eles são vítimas das tramas secretas engendradas pela expansão descontrolada do Capital e das sórdidas maquinações dos capitalistas. (They streamed over the mountains, hungry and restless - restless as ants, scurrying to find work to do - to lift, to push, to pull, to pick, to cut - anything, any burden to bear, for food. The kids are hungry. We got no place to live. Like ants scurrying for work, for food, and most of all for land"). Resultante do “crash” da Bolsa de 1929, em face das falências generalizadas e do desemprego, Joad é obrigado a emigrar e passa as passas da Califórnia, deambulando de terra em terra em busca de trabalho, para conseguir alimentar a família, sempre nos limites da sobrevivência. (Qualquer semelhança deste filme com a realidade presente é mera coincidência). Por lapso a novela não se debruça sobre o quotidano de quem provoca as crises, porque esses não vendem; não nos fazem choramingar de comoção; Steinbeck provavelmente também nunca terá lido o nosso “Uma Familia Inglesa” para se aperceber dos mecanismos que lançam os povos na miséria. Aconteceu que, na desolada paisagem americana, os capitalistas tinham deslocalizado os investimentos para a Europa, para a fluorescente industria do aço e do armamento, onde já se fazia anunciar a germinação do ovo da serpente. Mas, no meio das imensas nuvens de poeira em que o midwest mergulhou, quem acabou por ficar com as culpas foi a falta de chuva.

No auge da Grande Depressão, em 1932, centenas de militares, muitos deles veteranos da 1ª Grande Guerra, desceram à cidade, exigindo o pagamento das remunerações e bónus previstos na Lei. Todavia o Governo estava à beira da bancarrota, e não havia dinheiro que chegasse para pagar as reinvindicações. Por trás do movimento contestatário, na sombra, encontrava-se o proeminente General republicano Smedley Butler, apoiado por um conjunto de importantes banqueiros e industriais, que estava apostado em desencadear um golpe de estado de extrema direita, para destituir o presidente Herbert Hoover e proclamar-se como aliado dos regimes nacionalistas que irrompiam pela Europa pretendendo pôr fim à crise generalizada do capitalismo – Hitler acabava de chegar ao Poder – e os banqueiros de Wall Street financiavam o rearmamento da Alemanha. A hidra nazi tinha vindo para ficar. Butler (que tinha outros trunfos escondidos na manga), com uma frase que ficou famosa – “só se tiveres dinheiro suficiente poderás continuar a matar”, demarcou-se do complot perante a opinião pública, porém os militares revoltosos prosseguiram as acções, tendo acampado em frente da Casa Branca . Ordenada a repressão, interveio uma unidade de Cavalaria sob o comando do General Douglas MacArthur que dispersou os manifestantes. Em "The Plot to Sieze the White House" Jules Archer conta a história detalhada da conspiração. No final, concluiu-se que não há nada como uma boa guerra para alimentar e engordar as matilhas militares; pensar em destruir qualquer coisa para de seguida se implementar o sucesso da reconstrução. Que tal para esse efeito, eleger um "democrata", que não desse muito nas vistas? O próximo presidente, apoiado em força pela "American Liberty League" iria tratar disso mesmo.
Eleito Franklin Delano Roosevelt, é muito divertido, reler hoje o discurso, diametralmente oposto, que é vendido pelos politicos para consumo da plebe; logo na tomada de posse Roosevelt afirmou que "a prática pouco escrupulosa dos operadores do dinheiro iria ser julgada no tribunal da opinião pública", porque "na busca desenfreada apenas pelo seu próprio lucro eles induzem o povo a seguir a sua falsa liderança" e como "não têm uma visão para a sociedade, o povo perecerá"."Os banqueiros do alto dos seus assentos abandonaram o Templo da nossa civilização. Vamos agora restaurar esse Templo no retorno à nossas verdades ancestrais". Bravo. Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço, Roosevelt não tardou a inverter a retórica. (discurso integral, aqui)
O presidente concordava que o Tratado de Versalhes, assinado em 1919, fora injusto e que as democracias fracassaram na época das reconstruções do após-guerra. Os regimes democráticos europeus, dizia, "tinham produzido na Europa homens fracos, na medida em que dependiam das benesses sociais facultadas pelos Estados". Como se vê, esta conversa já é velha.

um dia destes voltamos ao assunto, para vermos como Roosevelt trabalhou empenhadamente para provocar a II Grande Guerra.





o "Bónus Army", como ficou conhecido o grupo de
revoltosos, nos tumultos em que houve mortos e
feridos, incendiaram várias casas em Washington.
(Ao fundo na foto pode ver-se o Capitólio)
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quarta-feira, novembro 22, 2006

um dos mais influentes sitios de contestação norte americana no dia seguinte às eleições começava assim
"Come On, CounterPunchers Yes, the GOP Has Fallen, But Now We Must Fight the Democrats!"

porquê,
para os
cabal

istas de
Bush
foi

melhor
que os
Demo

cratas
ganha
s
sem a
Eleição?




vejamos aqui, pelo olhar do "Portuguese Times", algumas dicas sobre o "terramoto em Washington":
- "Os americanos concordaram com o despedimento de Rumsfeld. Agora só falta o próprio Bush"
- "Num extraordinário comunicado conjunto, mais de 200 integrantes socialistas do Parlamento Europeu saudaram os resultados das eleições americanas como “o começo do fim de seis anos de pesadelo para o mundo”
- "A perda do Congresso para os democratas, além de meia dúzia de governadores, deixou Bush um “pato manco”, gíria washingtoniana para presidente em fim de mandato e com a oposição no controlo da Legislatura"
- "em Janeiro será diferente, os democratas vão passar a controlar e tirar a limpo questões como a armas de destruição em massa de Saddam que justificaram a invasão do Iraque"
- "Ou as negociatas iraquianas da Haliburton do vice-presidente Dick Cheney, outro grande derrotado nestas eleições e que ficou furioso, pois dois meses antes as companhias petrolíferas baixaram o preço da gasolina para engodar o eleitorado e perderam oito biliões de dólares"
- "A gasolina começou a subir um dia depois da votação e os americanos descobriram finalmente porque razão a secretária de Estado Condoleezza Rice tem o nome num petroleiro da Exxon"
- "Para atrair o eleitorado conservador do sul, os republicanos favoreceram a construção de um muro de 1.130 km ao longo da fronteira com o México, para impedir a passagem de 400 mil mexicanos todos os anos, mas, ainda mais depressa do que os mexicanos a passar a fronteira, os imigrantes latinos votaram democrata de forma esmagadora e rejeitaram os candidatos anti-imigração"
- "Na Florida, as eleições puseram ponto final à fase de Jeb Bush, irmão mais novo do presidente George W. Bush, que não se recandidatou e poderá ser candidato à vice-presidência em 2008, formando chapa com o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney. Do lado democrata, fala-se na candidatura da ex-primeira dama Hilary Clinton à presidência e do senador afro-americano Barak Obama a vice-presidente".
- "Infelizmente, devido ao feitio não te rales, há muito português que, embora naturalizado americano, não exerce o direito do voto. Justificam a apatia alegando que o voto deles não conta, mas não é bem assim. Se 538 apáticos da Flórida tivessem resolvido votar em 2000, Bush não teria tido seis anos para fazer ao país o que Bill Clinton fazia à Mónica".

(leia o artigo completo, aqui)
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terça-feira, novembro 21, 2006

¿qual é a diferença entre Pacheco Pereira e a Rainha de Inglaterra?













as razões porque sou pró-americana

menos de 24 horas depois de receber o seu novo “agente secreto” James Bond, no cinema Odeon em Leicester Square, a rainha Isabel II foi à Câmara dos Lordes ler, com a habitual pompa e circunstância, o “discurso do Trono”, ou seja, o papel que Blair lhe meteu nas unhas que define o programa legislativo de governo, formalidade que marca a abertura do ano parlamentar. O discurso intitulado “Segurança num Mundo em Mudança”, pela voz da soberana o Executivo, promete “mais acções para permitir uma comunidade forte, segura e estável tendo em conta a ameaça de terrorismo” seja lá o que isso fôr. Pelo que sabemos, esse é o ramo de negócio de Blair, que lhe trouxe a fama (e o proveito) de criminoso, e que o pôs à beira do despedimento pelo seu envolvimento na agressão ao Iraque; mas ao invés de ser julgado por isso, Blair pôs a Rainha de Inglaterra a “defender a causa” do “terrorismo” contra as civilizações que não são constituidas por arianos; causa onde a Familia Real Inglesa não é propriamente principiante em defesa da pureza da raça aristocrática branca,,,

No livro “Os Espiões de Gedeão” Gordon Thomas conta, entre muitas outras das actividades da MOSSAD no mundo, a história do atentado que vitimou a ex-Princesa Diana Spencer, condenada desde que se envolveu num caso sentimental com o filho do muçulmano Mohammed Al-Fayed, o dono dos luxusos armazéns Harrods em Londres.
Aqui ficam alguns excertos:
- “tinha sido tomada uma decisão pela Instituição (o M16), e a nivel muito alto, de que Diana não podia ser autorizada a casar com um muçulmano. Se assim fosse, o futuro rei de Inglaterra, o principe William, teria um árabe como seu padrasto e outro como seu avô.
-“eles não queriam isso. A rainha e o marido, os lacaios dela, esse horrivel irmão dela, Earl Spencer... nenhum deles queria. Nenhum deles queria um WOG na familia. Sabe o que é um Wog? É um Wily Oriental Gentleman (Astuto Cavalheiro Oriental), na clássica terminologia colonial britânica.
- “a chegada de Dodi à vida de Diana significou que, automaticamente, ele passasse a fazer parte da colecção de actividades do ECHELON transmitidas para Fort Meade no Maryland. Sem que soubessem, todas as conversas deles, mesmo as íntimas, eram silenciosamente recolhidas pelos satélites. Em 1997, o nome de Mohammed Al-Fayed também tinha sido acrescentado à pesquisa global do computador. Fora do círculo de familia, o ECHELON pode ter sido o primeiro a saber da esperança que ele tinha que o seu filho desposasse uma princesa real – e depois, mais tarde, a sua afirmação que, na véspera das suas mortes, ele havia planeado anunciar o noivado”
- “o M16 mexeu-se rapidamente. Richard Tomlinson, um dissidente dos serviços secretos britânicos, que sabia pormenores sobre este e outros casos e os vinha divulgando, foi preso e condenado a dois anos de prisão por violação do Acto de Segredos Oficiais. Quando saiu em Abril de 1998, ele foi a principal testemunha que tentou contar tudo o que sabia ao juiz francês que investigava as mortes de Diana e Dodi.
- “Tomlinson tinha provas que Henri Paul, o motorista, tinha conseguido fitas gravadas na suite Imperial do Hotel Ritz”
- “Uma pista sobre aquilo que podia ter acontecido surgiu, nos finais de Junho de 1999, quando se teve conhecimento que o misterioso Fiat Uno branco, vista a ziguezaguear no local do choque mortal de Diana e Dodi tinha ficado destruido num outro acidente de viação. Em poucos momentos, o Uno, do qual tinham sido encontrados no túnel rastos de tinta, ficara reduzido a um monte de metal para a sucata”
- “dos relatórios da CIA que envolveram as escutas, fazem parte 1051 documentos pelos quais Mohammed Al-Fayed tem lutado com os tribunais americanos para obter cópias. O Departamento de Justiça dos EUA utiliza o pretexto que tais documentos contêm material “sensivel para a segurança nacional” e como tal não poderiam ser disponibilizados.
- “a Grã Bretanha via-a como um “canhão descontrolado”. De facto ela era uma mulher de grande coragem que estava pronta a enfrentar o problema das minas terrestres” (a maior parte de fabrico americano)
- “ o relatório da MOSSAD sugere que essa sensibilidade pode referir-se às razões que levaram a Grã Bretanha a pedir aos Estados Unidos para ajudar na vigilância a Diana.

Para memória futura, o que fica é a escultura de bronze intitulada “Vítimas Inocentes” mandada erigir no Harrods em Londres, que mostra Diana e Dodi de mãos dadas erguendo uma gaivota


Terminamos como começámos: ¿Qual é a diferença entre Pacheco Pereira e uma Pomba?




"O judeu Noé larga a Pomba"
Marc Chagall, 1931
Musée du Message Biblique, Nizza
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domingo, novembro 19, 2006

a banalização da Corrupção (II)


Quem se recorda de Cavaco Silva, quando era 1º ministro, inaugurar um curto troço de via rápida (o que na época foi amplamente glosado), ali perto de Sete Rios em Lisboa, com as fanfarras dos grandes acontecimentos? (a chegada da modernidade atrelada aos fundos sociais europeus)
Recordando o estado actual desse “sucesso” primordial, voltando ao local do crime, hoje está assim – tal como o país, degradado.















Entretanto, quanto roubaram os ricos aos pobres?, cuja condição como classe, segundo as contas das estatísticas, se agravou substancialmente e já somam 2 milhões? (fora a classe média, que caiu para meia remediada). Desde 1995, do princípio ao fim do governo Sampaio, um longo caminho se tem percorrido para reduzir o povo à mediocridade.

Nomes e moradas de gente envolvida em ilícitos (segundo os cânones antigos, que não os da imoralidade vigente), existem em barda no DIAP e em tudo o que é esconso de Justiça:
A banca em geral (BES, BCP), o Finibanco (de Berlusconi) BPN (operação Furacão), Isaltino Morais (o ministro de Durão Barroso), Torres Couto, a gestão da Parque-Expo98, António Preto (PSD), Fátima Felgueiras e o financiamento ilegal do PS, Joaquim Raposo e inúmeros funcionários da Câmara da Amadora; e de mais 8 câmaras municipais (no mínimo) envolvidos em alterações ilegais de PDM,s, José Sócrates e o caso Freeport construido em zona de reserva natural em Alcochete, o caso Portucale e o financiamento ilegal do CDS, Pinto da Costa, Valentim Loureiro e o Apito Dourado, o caso Casa Pia como estratagema de golpe-de-estado constitucional para (destruindo o PS) mudar o regime para a órbita dos neoconservadores (o ex-PGR nos meios forenses tinha a alcunha de “o almofadinha”), o envolvimento das cadeias de Televisão na prestação de falsos testemunhos, Paulo Portas que saiu incólume do Caso Moderna com o envolvimento directo de Celeste Cardona e Adelino Salvado, o beato Bagão Félix e o “golpe da Tanga” Sport Lisboa e Benfica- EPUL, o SIRESP e Daniel Sanches, o negócio dos pareceres jurídicos que envolvem Gabinetes ministeriais (com 250 milhões de euros gastos em 2003), o caso “Angolagate” (a ser julgado em França) que envolve o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Durão Barroso na venda ilegal de armas com o apoio explicito do próprio Cavaco Silva em comícios do MPLA, José Lamego e Armando Vara no caso Eurominas, Raul dos Santos (PSD) na Câmara de Ourique, Ferreira Torres na CM do Marco, o caso da Mata de Sesimbra, a Câmara de Lisboa e o financiamento da Fundação Mário Soares, o caso Emaudio, a Afinsa em parceria com vários bancos, o Grupo Amorim e o financiamento ilegal das campanhas eleitorais do PS, Dias Loureiro e o monopólio ilegal dos Canadair, Nuno Cardoso vs Rui Rio na permuta dos terrenos das Antas, a Euroamer, Carlucci (Grupo Carlyle) e as ramificações portuguesas completam a necessariamente incompleta lista de actividades dos Tubarões mais notórios; enfim, passando por cima de milhares de pilha-galinhas menores com assento na bolha do Imobiliário que gravitam em redor dos planos de (des)ordenamento do território, que por sua vez financiam as colmeias de vespas dos partidos a nivel autárquico – e por fim, (sem passar pela Madeira) só de Janeiro a Outubro deste ano foram abertos em Portugal mais de 8 mil inquéritos a outros tipos de crimes económicos.

Como é normal também em Portugal, depois de uma década de ouro de regabofe, de escândalos sempre em crescendo, no fim, a via rápida para o enriquecimento ílicito construída pelo cavaquismo, termina num sentimento geral de impunidade.
Tão simples como isso: porque já não há mais nada para roubar. Contudo, em última instância, o Polvo não é uma “invenção” da safra nacional – sopra de Oeste com os ventos desolados do “dust-bowl” americano – e agravou-se arrastado na tempestade do neoconservadorismo. A Corrupção é o sistema nervoso central do Capitalismo e há semelhança do que fazemos com quase todos os bens de primeira necessidade para nos alimentarmos, Portugal importa a sua quota parte do Polvo directamente da fonte,

A Fraude Greenspan”, um livro lançado nos Estados Unidos, arrasa o judeu que comandou o FED, e por extensão a economia global, nas últimas décadas, cujas politicas protegeram as grandes Empresas e ajudaram os ricos a enriquecer ainda mais.
enfim, enquanto durar o Capitalismo, estão todos absolvidos!

para aprofundar o tema:
"George Monbiot e a Corrupção"

o epílogo nacional,
Quem se safou, safou. Em vez de investigar e punir as malfeitorias transactas, os dois partidos chave entendem-se num Pacto de Justiça que salvaguarde o essencial da nomenklatura. Como nos EUA, a politica passa a ser tutelalada pelos tribunais. Todavia, para que o sistema "volte" a ter alguma aparência de seriedade vai ser preciso tramar meia-dúzia de patos com umas fogachadas anti-corrupção que tragam umas résteas de credibilidade - Quem é que se irá lixar?. O pânico é geral. Santana Lopes arrisca a fuga para a frente ao tentar formar o grande partido de direita contra o bloco central, que será dominado pelo PSD. Quando o P"S" acabar de fazer o que a direita não conseguiu, ou a situação se tornar insustentável, o partido fica outra vez de "esquerda". Entretanto o regime desandou todo para a Direita, como é objectivamente a missão de Cavaco, e Washington deseja. É este o programa que vamos ver na televisão nos próximos episódios. (nas entrelinhas, como antigamente). Maquilhados e com nova embalagem, os portuguesitos lá irão votar nos mesmos embustes de sempre.








leitura recomendada:
"Maquiavel, ou os Príncipes Pós-Modernos"
(edição Monthly Review)

sábado, novembro 18, 2006

Pela lógica da palavra*, segundo desmentiu o próprio, Ramalho Eanes não pertence à Opus Dei. Pela constatação dos actos, nomeadamente o do apoio como mandatário, à eleição de um presidente conservador de um país inserida pelas élites na hierarquia católica que apoia as politicas ultra-conservadoras do imperialismo consubstanciado na NATO, e mais ainda, o doutoramento na Universidade de Navarra, uma notória instituição da "Obra", sugerem que pertence.
Temos muitos portugueses que acordam assim, a respeito dos mais variados estados de alma; "nunca fui nem nunca mais volto a a ser" - o que é prejudicial ao estado normal de credibilidade, porque não mantendo a coerência tememos pela perda do seu estado de graça e, mais importante, pela salvação das suas alminhas.





"Toda a graça que conduz à salvação chega aos membros da Opus Dei através do seu fundador"
in "O Mundo Secreto da OPUS DEI" de Michael Walsh

* Eanes tem relutância em admitir a filiação na Opus Dei porque os factos pesam; mas, ao contrário da palavra e da retórica, "os factos são infaliveis" dizia Lenine
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quinta-feira, novembro 16, 2006

introdução ao doce charme da Subtileza feminina na Politica

o Lucro não é Crime
Manuela Ferreira Leite



o crescimento desmesurado da abastança como sinal de uma revisitação neo-fascista que não tem limites para o gozo

fotograma de "Amarcord" de Fellini

Marguerite Yourcenar disse sobre as “Memórias de Adriano”: senti “impossibilidade também de tomar como personagem central uma figura feminina, de dar, por exemplo, como eixo à minha narrativa Plotina em vez de Adriano. A vida das mulheres é limitada de mais ou excessivamente secreta.
Que uma mulher se conte, e a primeira censura que lhe será feita é a de deixar de ser mulher. Já é bastante difícil pôr qualquer verdade na boca de um homem”; quanto mais agora, quando é moda as mulheres irromperem irremediavelmente pelos espaços executivos da governança, não numa perpectiva de emancipação social generalizada de cidadania, mas apenas como a continuação da dominação masculina por outros meios.

Hoje tenta-se que a economia seja despolitizada e a politica remetida para um nicho de mercado restrito; para encobrir o marketing do consumismo, de que a Politica é também ela objecto – ou seja, ela é equiparada à compra e venda de outras emoções no âmbito da sexualidade, da indústria religiosa ou da kultura “artística” de lazer
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quarta-feira, novembro 15, 2006

do ensaio sobre a Cegueira até ao excesso de visão

Na passada segunda feira, ao fim da tarde, aconteceu algo que pode ser considerado paradoxal: José Saramago é convidado da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) para o lançamento de um estudo de literatura comparada, em lingua inglesa, sobre a sua obra. A Fundação é gerida pelo (ex)-barão do PSD Rui Chancerelle Machete, que preside à sessão. Tudo normal; é conhecida a capacidade do capitalismo em tentar assimilar as vanguardas contestatárias, envolvendo-as, jogando com as capacidades de sobrevivência económica das ideias, para as incorporar depois de domesticadas, ou para as destruir caso “não vendam”. Um dos capítulos da obra lançada trata disso mesmo: “How totalitarianism begins at home: Saramago and Georges Orwell” de Christopher Rollason.
Vim aqui, e as pessoas interrogar-se-ão: será que eu me vendi, ou eles me compraram? diz Saramago, “nem uma coisa nem outra, não sou própriamente alguém que possa ser tido como hostil ao povo americano; aliás, segundo creio, serei até tido em muito boa conta: o “Ensaio sobre a Cegueira” vendeu já nos EUA 400 mil exemplares”, o que é significativo e considerado um best-seller num meio alienado onde quase ninguém lê, antes “os consumidores de cultura” se perdem no consumo alienado de doses cavalares de tv; e espera-se, que depois da adaptação do livro em filme que o realizador Fernando Meirelles ("Cidade de Deus" e o "Fiel Jardineiro") está a rodar, as vendas disparem ainda mais. Logo “não estão perante um “inimigo”; “não venho mais vezes a esta casa porque não me convidam” concluiu o escritor.
Tudo normal portanto, tanto quanto logo de seguida Saramago passou o raspanete da ordem em directo a esta Administração: “apesar dos inúmeros convites de instituições que recebo não irei aos EUA enquanto a actual politica se mantiver. Assim não”. A capacidade do capitalismo em tentar assimilar as vanguardas contestatárias, por ora, ficará no limbo do insucesso; o que é notável - que um homem, e logo português, armado de uma ideologia diabolizada sistematicamente por uma máquina gigantesca, possa sózinho (apoiado na força dos seus leitores) questionar o Império exigindo-lhe a obrigação de contrapartidas.
Bem haja José Saramago, em vésperas do seu 84º aniversário, quinta feira 16, quando lançará as “Pequenas Memórias” na Azinhaga do Ribatejo, a terra onde nasceu.

Passou um dia, passaram dois dias, vasculhamos os jornais de referência,,, e nada. Sobre o evento de Saramago na FLAD, nem uma linha. Só o que é visivel existe na lógica da (des)informação dos serventuários dos interesses instalados, portanto toca a esconder Saramago nas catatumbas da indiferença. Como são ridiculos, se acham que o conseguem.

A Banalização da Corrupção
(ou de como aos cegos, agora nos deu para começar a ver)

Ao contrário, no dia seguinte, o lumpén político resolve ocupar as primeiras páginas dos jornais com uma cabala montada do avesso. Ao contrário de Saramago, que se confessa, - “aquilo que fôr meu, às mãos me há-de vir parar – esta gente faz pela vida, para o que conta com a cumplicidade generalizada da imprensa corporativa cujas falsidades já ninguém compra.

A dupla PSL /Portas, em vez de estar a braços com a Policia Judiciária, prestando Santana Lopes contas à Justiça sobre os casos BragaparquesParque Mayer, terrenos da Feira Popular, Vale de Santo António, Epul, Infante Santo, etc; e Paulo Portas sobre o caso, entre outros, das contrapartidas e comissões nos negócios de armamento pouco claros com o sr. Donald Rumsfeld que lesaram o Estado português em milhões – resolve-se mover influências, e com a chancela da Editora Aletheia (propriedade da dissidente Zita Seabra e de Dias Loureiro, outro notável do PSD envolvido no caso SIRESP ), (ver mais aqui) publicam um livro às pressas como manobra de distracção visando desviar a atenção do grande público do acontecimento verdadeiro, que envolve ainda Bagão Félix o ministro-chave do governo de Santana Lopes:

Antes de sermos uma versão mais ou menos consolidada de porta-aviões barato do eixo Atlântico, sabia-se que éramos um país pequeno, pobre e mesquinho - agora, continua cá a caber, incólume, em versão revista e aumentada, a choldra de que falava Eça de Queiroz.





A interacção estratégica entre lobies, leva a um equilibrio precário, a um jogo de ameaças em que a parte oposta nunca sabe o que a outra tem escondida. Assim, o melhor é "procurar a estagnação dos conflitos" (Thomas Shelling, prémio nobel da Economia in a Teoria do Jogo).
Assim - o populismo desavergonhado vai amanhã à RTP em horário nobre ser entrevistado na pessoa de Santana Lopes no piramidal show-off "Grande Entrevista" da inefável Judite de Sousa - E o populismo silencioso vai à SIC ser entrevistado à mesma hora, na pessoa de sua excelência o senhor presidente da república, Cavaco Silva no programa "Diga lá Excelência" da circunspecta Maria não sei quê Avillez.

grafiti fotografado numa rua de Alfama
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terça-feira, novembro 14, 2006

o que o Lobo disse a São Francisco de Assis

"il Lupo di Gubbio"
(autor desconhecido)


















"“Podes chamar-me irmão, se fazes gosto nisso, mas não me peças que trate eu a ovelha como se fosse minha irmã”"
José Saramago, in "A Segunda Vida de Francisco de Assis"

em tempos dizia-se que o extraordinário sucesso (!) do homem sobre a Terra se devia ao facto de o homem não ter predadores - até que,,, em 1920 os americanos elaboraram o primeiro documento em que se reconhecem na vontade de seguir a via imperialista,,,


"São Francisco afugenta os Demónios de Arezzo" Chiesa Superiore, Basilica San Francesco - Assisi


recordando Bertrand de Jouvenel, in "A Ética de Redistribuição":
"Uma maioria de carneiros conduz sempre a um governo de lobos"

os Liberai$ adoram os Reis Mago$
Pietro Vannuci, dito o "Perugino" (1475)
Galleria Nazionale dell`Umbria

voltando à lenda da fala do lobo de Saramago, que parecendo-nos ficcionada,, tem pelo menos o mérito de apelar para a compreensão da realidade a partir de um acontecimento inverosimil - é certo que as estórias que apreendemos da História são inventadas pelos historiadores e outros empreiteiros que imaginam a verdade. Não sabemos o que é a verdade, diz Saramago, porém "se não a perseguirmos jamais a encontraremos para a podermos corrigir". Entretanto não nos resignemos.

Conta-se que em 1411 o frade Francisco andando pelas ruelas de Assis, (uma das três cidades italianas cujo orçamento é hoje integralmente gerido pela ICAR) quando ia a passar pela igreja de São Damião ouviu uma voz: "psst, pssst, Francesco (falava italiano) vem aqui". O que haveria de vir a ser São Francisco, estupefacto avançou e o Crucifixo começou a falar-lhe,, e disse-lhe: "Francesco, vai e repara a minha Casa, não vês como está em Ruínas?" ("Francesco, và, ripara la mia casa che, come vedi, è tutta in rovina")

acompanhe a história (real) aqui

segunda-feira, novembro 13, 2006

a Indústria do holocausto (I)

A capital Iraniana será palco de uma conferência sobre o Holocausto sob o nome de “Estudo sobre o holocausto: perspectiva mundial”. O presidente Ahmadinejad acusou a Europa (mas devia ter acusado os Estados Unidos) de ter utilizado o Mito do "holocausto" para criar o estado de Israel, uma lança no Médio Oriente para os interesses petrolíferos do pacto Atlântico. (ou, se quisermos, dos valores civilizacionais do Ocidente)

vencedor do melhor cartoon no recente concurso
levado a cabo no Irão sobre o "holocausto"


Considerando a geografia dos afectos, “a verdade desaparece quando a contamos” (Lawrence Durrel). É isto que vai constatar quem algum dia visite o “Holocaust Memorial Museum made in USA” lá para os lados de Washington. Edificado sobre pressão do lobie Judaico- americano a partir da administração Carter (1978) a coisa custou aos citizens pagantes americanos mais de 150 milhões de dólares – e, a obra inaugurada em 1993, dispõe anualmente de um orçamento de 18 milhões.
O que se haveria de dar a pensar a milhões de americanos originários ou descendentes das nações europeias - Alemanha, Austria, Russia, Polónia, Ucrânia, Roménia, Estónia, Lituania, Hungria, Irlanda, Checoslováquia, Itália, Açores, Balcãs - para quem as insignias do "exército alemão" significavam perseguições religiosas, tirania, opressão e matanças indescriminadas? - nada melhor do que fazer crer que as insignias do "exército vermelho" eram agora as dos novos inquisidores, armados em "libertadores". Tendo como alvo o baixo nivel de literacia desses imigrantes, não foi tarefa dificil - e os que nasceram depois, criados no "melting pot", educaram-se de raiz na estupidificação.

o Julgamento de Nuremberga
acerca da exibição do documentário de Christian Delage
no Canal Arte


o Regime Alemão derrotado no final da Grande Guerra em 1945 é julgado pelos vencedores, e as Potências aliadas são guiadas pelo critério de culpabilizar a pequena minoria da élite Nazi, ao mesmo tempo que perseguem uma estratégia concertada com objectivo de pacificar e despolitizar a Alemanha no pós-guerra.
A principal acusação é a de “genocidio” programado por um bando de malfeitores que teriam tomado o poder no Estado alemão. A analogia como que se passa actualmente nos EUA é flagrante. Porém é falso; a Alemanha elegeu o Partido Nazi (NSDAP) democraticamente, e um dos mentores na promoção e aceitação de Adolf Hitler como governante foi o chanceler social-democrata Von Pappen, precisamente o único dos julgados considerado não culpado em Nuremberga. Poderemos vir a julgar e condenar o “gauleiter republicano” George Bush e o seu gang extremista neocon, porém teremos que levar em linha de conta que o fenómeno deriva directamente das condições de expansão objectiva do capitalismo construido numa sequência lógica por todos os antecedentes esgotados no imperialismo clássico; e toda a América participou e participa nisso. Manter o american-way-of-life obriga a grande maioria a participar, e os “democratas” não terão as mãos limpas – apenas reinvindicam a necessidade de maior “competência” nas intervenções armadas.
Os procuradores de Nuremberga dividem as acusações consoante os interesses dos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e União Soviética. O procurador Jackson (EUA) apresenta 2 filmes ao tribunal montados pelo cineasta John Ford então a cumprir serviço militar nos Marines, jurando por sua honra que as imagens correspondem às filmagens verídicas feitas nos campos de concentração. Pela primeira vez são vistas imagens do horror e degradação humanas deixadas para trás na fuga precipitada do exército alemão a partir da primavera de 1945. No campo de Auschwitz (*1) a ênfase das imagens é posta nas valas comuns e nos buldozers removendo pilhas de cadáveres. O dramatismo transmitido é tal que quase somos levados a crer que quem conduz as máquinas são ainda os malvados nazis. Pela primeira vez é mostrado um forno crematório, (apesar de só haver um único forno, a foto exibida em tribunal mostra dois) no único campo onde tal tipo de equipamento foi construido, na sequência da depois baptizada pela propaganda dos vencedores como a “solução final” (a politica de exterminio de prisioneiros. O historiador David Irving ofereceu 1 milhão de dólares a quem conseguisse provar que a ordem partiu de Hitler ) decidida na Conferência de Wansee em Janeiro de 1942 . E fá-lo passando a ideia que haveria a mesma prática de “fornos crematórios” em todos os 36 campos de detenção disseminados pela Europa apesar de só existir uma só instalação desse tipo, no campo de Auschwitz). Os britânicos repetem a mesma ideia sobre o campo de Bergen-Belsen. Note-se que este era o campo-hospital para onde eram enviados - em vez de serem exterminados in loco! - os doentes de outros campos. É daqui que provêm as imagens dos montões de cadáveres. As imagens chocantes dos prisioneiros mortos-vivos ainda são hoje diáriamente exibidas numa encenação mediática no Imperial Museum of War em Lambeth no sul de Londres, omitindo a verdadeira natureza do campo.

A URSS apresenta igualmente um filme para documentar os crimes nazis – trata-se de um documentário sobre um massacre cujas vítimas são soldados do exército soviético levado a cabo pelos alemães no acampamento de Rostow, na Polónia. Um, entre muitos, dos resgatados com vida é o sargento russo Matveii Timokhov que pesava 36 quilos quando foi libertado. Imagens em tudo semelhantes às dos judeus que foram vítimas da guerra. Ou de outras dos campos de internamento aliados, só reveladas décadas depois.

O designação correcta para o campo de Trabalho que gerou a lenda do “Holocausto”
(conseguiriam mesmo gasear 6 milhões de judeus?, fora os outros grupos todos, em menos de um ano?) é a alemã Auschwitz?, e não Oswiecim em polaco?.

O campo situava-se no lander chamado Alta Silésia antigo território da Polónia (uma criação política decidida pelas potências vencedoras da I Grande Guerra (1914-1918) anexado pela Alemanha conforme a partilha alemã-soviética consignada no Tratado de Potsdam assinado a 23 de Agosto 1939 por Von Ribbentrop e pelo enviado de Estaline, Molotow. O tratado era uma revisão do Pacto de Moscovo, deixando implicita a politica de atacar a Polónia, exigindo a devolução da zona conhecida por "corredor polaco", do porto de Danzig (a futura Gdansk), que unia a Alemanha à Prússia Oriental. Os russos anexaram 123 000 quilômetros quadrados de território polaco, com a maior parte dos campos de petróleo do país e uma população de 13 milhôes de habitantes. O restante do país, com 117 000 quilômetros quadrados, uma população de 20 milhões de pessoas e a maior parte das áreas industriais, passou para a "protecção" do Reich alemão.

a deusa Borussia (Preuben)

Adolf von Menzel - 1848
Ephraim Palais, Berlin
A Alemanha, derrotada na I Grande Guerra e saída da grave recessão dos anos 20/30 procurava recuperar a antiga glória e o lugar livre que tivera entre as nações, em conjunto com a Rússia, o outro derrotado. A identificação entre os dois povos são mais profundas do que aquilo que parecem hoje em dia. Basta escutar os coros do Lohnengrin de Wagner. Embora a designação latina “Alemanha” derive da corruptela do nome do imperador franco Carlos V, “Charlesmagne”, que então ocupou militarmente o Sacro Imperio Romano (conseguiria Carolus Magnus derrotar o "terrorismo" anglo saxónico?), o espirito teutónico residia na ancestral Borrussia, a Deusa da Vitória do que haveria de ser a Prússia. Por outro lado quem não conhecer São Petersburgo, nem as ambições culturais dos Imperadores russos, lídimos representantes das familias das casas reais europeias em busca do modernismo ocidental, jamais poderá aspirar a conhecer aquilo que se pretende chamar Europa.
Aliás, o nome “europa”, como ideia politica de unificação, surge pela primeira vez invocado pelo “nacional-socialismo” para convocar o papão da aliança entre os bolcheviques russos e os liberais de expressão anglófona – aliança que, segundo a extrema direita nacionalista, destruiria a liberdade no continente atrelando-o aos interesses do imperialismo – retirando à Alemanha a independência e a auto-sustentabilidade.

Toda a propaganda alemã no periodo anterior à II Grande Guerra se centrou, depois do rompimento do Pacto de Potsdam e do inesperado ataque à URSS, no combate ao "bolchevismo". Depois da primeira fase de consolidação, os Nazis sempre conservaram o secreto desejo de virem a conseguir uma grande aliança civilizacional contra o "Comunismo"com os Estados Unidos. Quando esse objectivo se manifestou inviável inverteram a táctica virando-se contra aquilo que diziam ser a aliança russa-americana capitalista que os nazis afirmavam ser uma "ideia judaica", um complot dirigido por banqueiros e agiotas judeus, tanto russos como americanos. Esta não foi uma ideia apenas alemã havendo cartazes de outras origens com o mesmo objectivo, ao deste que se expõe no "Museu de História Alemã" em Berlim.

Para que se compreenda a ligação contemporânea, que é feita por gente primária e intelectualmente pouca séria, que afirma ser o "Comunismo"(dos sovietes na atrasada Russia) igual ao "Nazismo" (da industrializada Alemanha) é essencial que se compreenda a evolução histórica dos dois movimentos - o primeiro como ideia internacionalista de emancipação das classes pobres e deserdadas do povo (curiosamente diz-se que a ideia de revolução de Marx (ele próprio judeu) é um messianismo de origem judaica, o que se torna ainda mais intrigante quando há também quem diga que Estaline cujo verdadeiro nome era Joseph David Djugashvili era também judeu (shvili significa filho de "Djuga" a palavra georgiana para judeu como se usava fazer o baptismo entre eles); e durante a revolução Estaline adoptou o nome de guerra "Kochba", o lider judeu nas lutas contra o império de Roma;
a segunda ideologia, o Nazismo, tem como origem o pensamento de uma excelsa élite branca, nacionalista, colonialista, racista, com ponto alto na obra "Mein Kampf" (A Minha Luta) que teorizava em prol da pureza racial de uma minoria ariana, cuja fundamentação é bem conhecida (e continua), e se conjuga muito bem, ao invés do "comunismo", com actual ideologia ultraconservadora anglo-saxónica (WASP) do Império americano - Se mais diferenças radicais não houvesse, bastaria o ódio entre as duas correntes que se viu a seguir, que culminou na épica Batalha de Estalinegrado, para desfazer dúvidas. Por outro lado, as perseguições que levaram aos "progrons" dos judeus das classes baixas, muitos deles comprometidos com as diversas correntes de ideologia socialista e marxista também não fariam sentido se o "comunismo" fosse igual a "nazismo" (*1). Contudo, a história que se seguiu, com a fuga em massa das élites judaicas para os Estados Unidos e para o novo Estado de Israel na Palestina foi, e continua a ser, diferente.
Fugidos dos "progrons" da Rússia durante os anos grandes convulsões e de guerra civil (1890-1922) a população de judeus já era nos EUA, na época, superior a 2 milhões quando os banqueiros judeus sequestraram a Banca americana. As peripécias são conhecidas, foram divulgadas no famoso livro de Doug Henwood "Wall Street"(1998), com algumas partes já aqui respigadas.

O percurso do judeu mais tristemente famoso, como o maior assassino "em tempo de paz", (como os yankees gostam de vender o conceito) do século XX - Henry Kissinger completa esta ronda pela história:
"Quando a II GG se começou a decidir, Kissinger trabalhou com o General Lucius Clay em Oberammergau intermediando como homem chave os contactos com as unidades de Inteligência Militar e da CIA responsáveis por trazerem os espiões nazis para a América. Kissinger tinha integrado o Exército na Alemanha onde tinha como "mentor" o misterioso personagem Fritz Kraemer. Kraemer, um jovem de 30 anos tinha uma carreira silenciosa no Pentágono onde planeava as acções das divisões sob supervisão de Alexander Haig. Este, um destacado general, também conhecia a verdadeira identidade do jovem: o prisioneiro nº 33 num dos pavilhões de Dachau, o Tenente que servia Hitler, Fritz Kraemer. Mister Kissinger continuou a seguir os seus conselhos, e não tardou muito que fosse nomeado Secretário de Estado. A história completa pode ser lida aqui.

(*1) várias correntes socialistas e outros críticos da judia Hannah Arendt (originária de uma familia rica de Hannover que acabou nos EUA) e do economista austro- germano- americano Friedrich Hayek, mantêm a tese que não há nenhuma relação ideológica entre Nazismo e Marxismo;
como se disse, as duas correntes são visceralmente distintas. Dado que o Marxismo é a base ideológica do "Comunismo" as comparações feitas na "Origem dos Totalitarismos" (1951) são inválidas e o destino da obra, (salvo alguma pesquisa sobre dados históricos concretos) é o mesmo caixote do lixo de outras aberrações.

* Na medida em que a RTP 2 vai passar doses diárias reforçadas dos "Julgamentos de Nuremberga" durante uma semana inteirinha - vamos prescrever outros posts como remédio para a maleita; assim,
(continua)
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