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terça-feira, novembro 14, 2006

o que o Lobo disse a São Francisco de Assis

"il Lupo di Gubbio"
(autor desconhecido)


















"“Podes chamar-me irmão, se fazes gosto nisso, mas não me peças que trate eu a ovelha como se fosse minha irmã”"
José Saramago, in "A Segunda Vida de Francisco de Assis"

em tempos dizia-se que o extraordinário sucesso (!) do homem sobre a Terra se devia ao facto de o homem não ter predadores - até que,,, em 1920 os americanos elaboraram o primeiro documento em que se reconhecem na vontade de seguir a via imperialista,,,


"São Francisco afugenta os Demónios de Arezzo" Chiesa Superiore, Basilica San Francesco - Assisi


recordando Bertrand de Jouvenel, in "A Ética de Redistribuição":
"Uma maioria de carneiros conduz sempre a um governo de lobos"

os Liberai$ adoram os Reis Mago$
Pietro Vannuci, dito o "Perugino" (1475)
Galleria Nazionale dell`Umbria

voltando à lenda da fala do lobo de Saramago, que parecendo-nos ficcionada,, tem pelo menos o mérito de apelar para a compreensão da realidade a partir de um acontecimento inverosimil - é certo que as estórias que apreendemos da História são inventadas pelos historiadores e outros empreiteiros que imaginam a verdade. Não sabemos o que é a verdade, diz Saramago, porém "se não a perseguirmos jamais a encontraremos para a podermos corrigir". Entretanto não nos resignemos.

Conta-se que em 1411 o frade Francisco andando pelas ruelas de Assis, (uma das três cidades italianas cujo orçamento é hoje integralmente gerido pela ICAR) quando ia a passar pela igreja de São Damião ouviu uma voz: "psst, pssst, Francesco (falava italiano) vem aqui". O que haveria de vir a ser São Francisco, estupefacto avançou e o Crucifixo começou a falar-lhe,, e disse-lhe: "Francesco, vai e repara a minha Casa, não vês como está em Ruínas?" ("Francesco, và, ripara la mia casa che, come vedi, è tutta in rovina")

acompanhe a história (real) aqui

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