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quarta-feira, março 28, 2007

Como funciona o sistema de bancos centrais? e principalmente o banco central americano e o banco mundial - "as mães de todos os bancos?" - é dali que os capitais ávidos na obtenção de rentabilidade partem, voando em busca de oportunidades,,,









Christian Bernard Decot é um belga residente perto de Évora, cujo nome foi muito badalado o ano passado por via de um fabuloso negócio de fabrico de aviões naquela região. Decot aproveitava então a oportunidade para explicar a origem da imensa fortuna do seu representado, interessado no investimento de 150 milhões de euros. Assim, referia que “Tristan Gillot herdou da sua avó, Ilona Hocha (Princesa Erzebeth Bathory Ecsed et Somlyo de Transylvanie), viúva do milionário Sr. Piedbeuf, o dinheiro das minas de ouro, a céu aberto, da África do Sul, vendidas ao governo dos Estados Unidos da América em 1975 (Fort Knox) e à família Rothschild”. Esta “pipa de massa” acabou depositada no Banco Mundial, a partir de onde serviria como garantia para o financiamento do projecto.
(noticia publicada por Luís Maneta no 24 Horas em Setembro de 2005)

Tristan Gillot enviou informação às altas esferas do país, presidente Sampaio incluído, propondo-se “disponibilizar a sua linha de crédito, no Banco Mundial, no formato ONG [Organização Não Governamental], garantida pela sua fortuna pessoal para utilização no desenvolvimento económico e industrial e, também, para fazer face à então situação difícil no sector agrícola devido à seca”.
Na sequência dos contactos, a autarquia de Évora cedeu um terreno de 2688 metros quadrados no aeródromo da cidade destinado à construção da fábrica “Falcon Wings”, cobrando apenas cerca de 10 mil contos por um período de 21 anos. O projecto entretanto não foi realizado. Em paralelo, a Câmara cedeu ao desbarato os lotes de terrenos do Parque industrial a 3 ou 4 familias, e hoje em dia não há mais disponibilidade para instalação de indústrias. O mais certo é estes terrenos acabarem por ser urbanizados e construídos com projectos de especulação imobiliária.

do “Abrangente”:
“o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, vai apresentar um projecto de lei, destinado a "nacionalizar" as mais-valias obtidas com a venda de terrenos que, por qualquer razão, sejam valorizados em função do novo uso. Ao Estado caberá arrecadar as mais-valias para serem distribuidas através do Fundo Social Municipal. Falta saber mais sobre este projecto de lei, mas não parece ter pernas para andar, nem força para acabar com a utilização abusiva de terrenos agrícolas para construção de casas... Se o projecto de lei for para a frente, a maioria dos autarcas deste país vai ficar muito satisfeita, uma vez que os terrenos agrícolas vão servir de meio para as Câmaras obterem dinheiro. Basta construir aqui, e ali, uma nova estrada, e logo os terrenos se valorizam. Depois, é uma questão de promover a sua venda, para que as mais-valias encham os cofres do FSM, e se proceda à distribuição do dinheiro... Quem fica a perder é o ordenamento do território, o ambiente, e o país”
Com os Municipios sempre à coca na ânsia de captação de capitais especulativos, fecha-se o círculo, importando-se corrupção.

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