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domingo, maio 27, 2007

Borda DÁgua

Entre os engarrafamentos da Feira de Maio na Azambuja, o palmilhar de quilómetros para se regatear bugigangas no Souk do Festival de Mértola ou, ainda mais longe, com as delícias pagãs em redor da guapa santinha de El Rocio, talvez seja preferível ficar pela enevoada cidade livre dos nómadas que a esgravatam diariamente e, meditar sobre Koyaanisqatsi, um mundo imaginário que só alguns, poucos (como Coppola, o produtor de "Life Out Balance"), vão conseguindo perceber;,, assim como assim, nós os da internet, somos uns privilegiados que ao fim de semana quase desaparecem do mapa, talvez em busca desse mundo perdido

Philip Glass


Atenção ao minuto 5.58 quando, na correria desarvorada sobre a insustentabilidade, abruptamente nos surge uma imagem que nos deveria ser familiar, mas que contudo apenas nos causa surpresa.

Balthus, certa vez que lhe desapareceu o gato lá de casa desatou a fazer uma série de desenhos a preto e branco, com a tinta que Marco Pólo tinha trazido da China – perdi o gato, lamentava-se ele - Rilke filosofava sobre o caso: ninguém perde uma vida, o gato deu à sola, pirou-se, foi à vidinha dele. A sua ausência é que te provoca esse desejo desmesurado de posse.

Afinal o problema real é que, sendo quase Verão e não havendo praia, desfraldo as(os) bandeiras Brancas – porque não sei o que fazer comigo mesmo

White Stripes&Kate Moss

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