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sexta-feira, março 28, 2008

Jaime Gama abriu o pano sobre a tragédia clássica, ao visitar o “teatro de operações” no Afeganistão – Sabendo-se que mais de 80 por cento das opiniões púbicas, na Europa em geral e em Portugal em particular, se têm declarado contra a guerra,

em representação e em nome de quem foi o presidente da Assembleia da República legitimar com a sua presença os interesses dos neoconservadores promotores da guerra? esta foi uma acção que se pautou pelo nivel da programação da RTP – com o prejuizo acrescido de nem sequer um directo de tão importante evento ter sido transmitido e facturado; e como informação não relevante, igualmente escondido nos confins das páginas interiores dos jornais.
Segundo acto: o Parlamento português rejeitou esta última quarta feira um voto de condenação (para lavar a honra do Estado da vergonha de há cinco anos) no aniversário da invasão agora sempre mencionada por “guerra do Iraque”, após uma acesa discussão entre o Bloco de Esquerda e o PS, partido que viabilizou o chumbo do voto ao optar pela abstenção.
Deste modo temos uma Assembleia da República perfeitamente alinhada com Pacheco Pereira, por obra e graça do espirito santo, todos juntos incondicionalmente ao serviço das guerras de agressão encomendadas à NATO pelos decisores políticos que, por razões económicas, visam destruir inimigos inventados. “Os portugueses andam enganados por se sentirem tão seguros” ameaçou o General Garcia Leandro com aquele ar circunspecto com que antes a “brigada do reumático” manifestava o seu apoio incondicional ao regime de antes do 25 de Abril. Ontem, como hoje, apesar da crise permanente (e pour cause), há bons empregos.

Terceiro acto: Para que a existência virtual do “terrorista” escondido com o rabo de fora não provoque sentimentos contraditórios no imaginário popular, o ministério da administração interna anunciou, concertadamente e em tempo, através do porta-voz em exercício, ladeado pela icónica figura da velha raposa do CDS que foi ministro de Salazar, que “a apologia do terrorismo será criminalizada em Portugal”.
Provavelmente para os historiadores vindouros, após os trabalhos de parto encomendados, “negar que houve uma guerra justa pela libertação do Iraque” também será constituido crime. Tal e qual como no grande embuste do “holocausto” dos judeus, que vitimiza Israel quanto baste, valendo-se de dados e informação falsa e distorcida, para que o Sionismo, constituido em doutrina universal, seja consentido e possa levar a cabo impunemente as maiores atrocidades.
A “democracia americana” na prática é isto; mas McCain prometeu 100 ou 1000 anos se for preciso, para levar a democracia (a deles) ao Iraque e arredores (ao resto do mundo). Mas onde está o dinheiro para levar a campanha guerrófila avante?; e quem paga? Até quando? – para já, os argumentistas de comédia, inspirando-se no famoso vídeo de Barack Obama, conceberam este recado : "Não, Não Podes!"

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