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quarta-feira, maio 21, 2008

a hipocrisia da defesa do ambiente vs Petróleo

Medido em combustíveis do tipo etanol, um vôo de Londres a Nova Iorque, requer a exploração agrária durante um ano de uma área de cultivo de pelo menos trinta campos de futebol – óptimo!, diz o comediante Stephen Colbert, “assim enquanto vôas sobre o Atlântico, ao mesmo tempo, vais destruindo essa porcaria do vício da bola

A televisão do Estado vai lançar a série “Desafio Verde” em contraponto com o alarmismo promocional das catástrofes naturais, a Time faz uma dramática capa apelando à salvação do planeta, cá pelo burgo no dia da Terra por toda a imprensa os apelos generalizados aos investimentos na ecologia foram pungentes; o ex-ministro Carlos Pimenta tem em construção a “autoeuropa do vento” (não temos petróleo, temos vento, disse recentemente Sócrates, enquanto as “grandes obras do regime” que nada têm a ver com a defesa do ambiente prosseguem a bom ritmo); até o futuro “magnifico êxito” de marketing comercial da famosa dupla Brightman-Bocelliguarda-me In Questa Terra” se relaciona com a preocupação do professor Galopim dos Dinossauros avisando que a presença do homem na natureza é tão extraordinariamente curta e insignificante que é passivel de erro e extinção; (que original!: o nóbel Günther Grass disse o mesmo há 30 anos no romance “a Ratazana”); e até o Homem Aranha publicado em banda desenhada tem preocupações com as nóveis acções das empresas ambientais em Wall Street. No futuro as “eco-comunidades” encarceradas em “eco-cidades”, controladas economicamente, pouco ou nada se poderão mexer (os frangos de aviário são mais livres porque não pagam impostos, ou por outra, pagam com a vida quando os matam e depenam com água a escaldar), enquanto os investidores e governantes andarão cada vez mais em Falcons privados. Certo? então, mais dada ao regozijo reanimador das Bolsas com a descoberta de novas fontes de petróleo para a Galp no Brasil, sem hipocrisia, nua e crua, o que faz a organização fiscalizadora do Estado?

A junta de freguesia da Ericeira foi multada pela organização terrorista ASAE por utilizar óleo reciclado nos seus veículos de recolha do lixo. Na verdade terrorista porque a antiga Inspecção Geral das Actividades Económicas IGAE, militarizada e travestida em ASAE, transformou-se numa policia de choque da defesa dos direitos de propriedade industrial, marcas e patentes – e destruirá tudo o que não diga respeito aos grandes negócios exclusivos das empresas multinacionais. A Junta da Ericeira há anos que faz a recolha dos óleos usados, mas a produção do biocombustível não está licenciada apesar das várias tentativas feitas pela junta - quer dizer, dos biocombustíveis existentes, um dos poucos que não devia ser proibido ou alvo de penalizações era este. Milhares de litros de óleos usados são despejados nos esgotos, poluindo as águas freáticas e alastrando mar adentro por longos anos. Promove-se o uso das terras agrícolas para alimentar os carros e multam-se aqueles que querem reduzir a dependência das energias fósseis, em vez de lhes propiciar assessoria e ajuda técnico-financeira. As politicas irracionais seguidas de auto financiamento por objectivos das entidades fiscalizadoras faz-nos desconfiar da bondade das orquestradas campanhas mediáticas globais em curso pela “revolução ambiental”. Além do mais, essa promoção tem estado a ser paga e levada a cabo pelas companhias petrolíferas, identificadas como as maiores poluidoras de sempre ( o crude tem dupla personalidade)

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