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quinta-feira, novembro 20, 2008

BPN - PSD

Os habitantes de Seur observam surpreendidos em plena luz do dia um estranho objecto pendurado na ponte do rio Han... na realidade, é uma monstruosa criatura mutante, que ao despertar começa a devorar todos os que se cruzam no seu caminho. A população aterrorizada começa de imediato a pensar organizar-se para impugnar pela via legal a Criatura. Viu-se. (sinopse de "The Host")

Controlados pela máfia financeira do Banco Português de Negócios, primeiro 30 milhões do banco da elite cavaquista foram parar a uma conta de gestão de fortunas em Gibraltar – ontem conheceu-se mais um caso de transferência clandestina de mais 56 milhões por uma empresa financeira de um agora Conselheiro de Estado para uma conta off-shore em Porto Rico em nome de duas empresas, fictícias, sem qualquer actividade. Pensa-se que entre activos “evaporados” pela crise e a fuga de capitais não declarados ao Fisco, terão “desaparecido” 1000 milhões de euros – ou seja, a confirmar-se este número pelas Polícias (se eventualmente fosse possível lá chegarem), um valor entre 10 a 12 por cento do PIB nacional foi roubado.
Mas, utilizando as contas feitas pelo nosso presidente-economista, não foram roubados ao Produto Interno Bruto, foram roubados ao RIB, o Rendimento Interno Bruto – há uma distinção: este último é o resultado do PIB diminuido dos capitais que pertencem a lucros e mais valias realizadas em território nacional mas enviados a empresas estrangeiras, uma actividade insuspeita segundo os cânones ético-morais dos Dez Mandamentos, encornados na passividade dos crentes.

Assim, na bíblica visão cavaquista é o RIB que precisa de ser aumentado por via da produtividade: trabalhar mais cá para deixar mais dinheiro cá (gerando impostos para cobrar), porque se assim não acontecer é preciso recorrer aos capitais estrangeiros para aumentar o RIB (o sustento da oligarquia) através da criação de dívida externa, que por sua vez paga juros exorbitantes aos patrões de Vitor Constâncio em Wall Street. Ora é mais ou menos isto que os governos de Cavaco e Soares têm feito nos últimos 30 anos. (depois da operação de salvação Soares-Carlucci pelo FMI, Constâncio viria a ser nomeado delegado-Chefe da Reserva Federal judio americana no Banco de Portugal em 1985). Ora então, Cavaco quando deu a sua “lição” na Academia Militar queixa-se de quê? – que os seus acólitos da Banca neoliberal não possam porventura continuar a desviar fundos criados em Portugal nos seus negócios transacionais. Fica mais ou menos subentendido que, se segundo Milton Friedmana ganância é a essência básica do capitalismo”, qualquer controlo do movimento de capitais jamais ocorrerá – até porque não existem meios efectivos de entrar no mundo opaco dos paraísos fiscais
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