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quinta-feira, junho 11, 2009

a ver Obama

na Normandia nas comemorações da libertação no dia D e a verborreia dos nossos editorialistas:“se não fossem os americanos toda a Europa, desde a capital Paris, falaria hoje russo”

A história mal contada da Alemanha, a memória anti-guerra possível.
Rainer Werner Fassbinder 31.5.1945-10.6.1982





Dubitando ad veritatem pervenimus
(Duvidando, chegaremos à verdade)
Campanha Internacional para o conhecimento da história real.

Os julgamentos de Nuremberga constituem um vasto, vastíssimo assunto, uma fraude grosseira e uma história suja. As evidências que as provas usadas contra os contra réus foram muito dúbias e obtidas por métodos ainda mais dúbios são hoje muito claras. Uma pequena amostra das técnicas empregues são descritas pelo historiador inglês David Irving no seu livro “Nuremberg, the Last Battle” (pag. 150-151) que trabalhou com base nos arquivos secretos de Moscovo, dados aos quais teve acesso. (O livro pode ser lido integralmente em inglês neste sítio).

“Catalogar as provas em documentos usadas converteu-se num pesadelo para o procurador Jackson. Depressa ele ficou desencantado com a produtividade dos serviços de informação do General Donovan da O.S.S (Office of Strategic Services, a, precursora da CIA). Ele tinha prometido entregar muita coisa, mas depois entregou muito pouco. O que Donovan observava como prova, decerto não o era. “Nunca pressenti que alguém me pudesse armadilhar nesta coisa” contaria Jackon mais tarde. “Mas eu já estava apanhado na ratoeira!”
Cedo se tornou claro que a O.S.S. tinha a intenção declarada de preencher o palco de todo o julgamento de acordo com as linhas do N.K.V.D (segundo o acordado com o governo da URSS em Yalta) convertendo-o num show-off com Jackson a representar pouco mais que o papel de um actor profissional. Como parte da gestão de encenação propuseram-lhe a execução de uma campanha de propaganda pré julgamento a implementar nos Estados Unidos com “a ênfase colocada na publicação de estórias sobre as atrocidades para manter a opinião pública enquadrada mental e psicologicamente no tema”
Com esta finalidade a O.S.S. programou e escreveu o guião para educação do público americano de duas bobinas de filme sobre crimes de guerra, a que chamaram “Crime e Castigo”. O documentário foi desenhado com o propósito declarado de culpar as chefias de liderança Nazis. Jackon declinou o convite para participar. Ele negou-se até a ler o discurso que a O.S.S tinha produzido para ele ler perante as câmaras. “Como vocês sabem” escreveu o procurador ao oficial responsável da O.S.S. os britânicos são particularmente sensíveis àcerca dos legisladores que julgam os seus casos em jornais e outros veiculos de comunicação”

O filme proposto foi seguido por uma sugestão explicita da O.S.S. para a entrega de “propaganda negra” durante os actos do julgamento, por agentes em paises estrangeiros seleccionados, começando rumores fabricados para influenciar as opiniões públicas a favor dos acusadores e contra os réus. A veracidade seria tanto mais efectiva, assinalaram, que montar uma campanha alargada que seguramente seria vista como óbvia e emanada pelos poderes que conduziram o julgamento. Alguém do staff de Jackson secretamente avisou-o que “aquela sugestão era fantasmática, senão completamente perigosa”, e sobre a justiça ela mesma fotocopiada, acrescentava um pequeno comentário: “O esquema é feito por malta de olhão (cock-eyed). Não o encoragem”

Vestigios dos métodos pouco seguros e credíveis das O.S.S. continuam a poder ser vistos entre as gravações primitivas de Nuremberga, entre eles, os interrogatórios pré julgamento dos réus não foram acompanhados por advogados; e eram persuadidos por truques e intimações para subscrever testemunhos incriminatórios, outros que sabemos agora serem falsos. Os processos estão repletos de curiosidades, por exemplo, extractos dactilografados anonimamente extraidos de documentos em vez dos originais; e atestam depoimentos de uma testemunha como Höss, o comandante de Auschwitz, no qual todas as “testemunhas apuseram as suas assinaturas” mas não a do próprio Höss ele mesmo. Os americanos também exibiram e submeteram como prova a amostra 1553-PS, num processo onde se invoca ser Zyklon B (ampolas de cianeto de hidrogénio), uma substância fornecida para Auschwitz destinada ao controlo de parasitas; reconhecendo implicitamente o facto que o mesmo processo contém facturas de idênticas quantidades de Zyklon B entregues no campo de Oranienberg, nos arredores de Berlim, onde nunca existiram quaisquer “câmaras de gaz”.

Estes parágrafos foram, com certeza, apenas uma breve vista de olhos sobre as inumeráveis deficiências das “provas” de Nuremberga. A omnipresença velada de Judeus nos bastidores de cena como interrogadores, guardas prisionais e torturadores é desvendada no excelente, mas longe de ser exaustivo, estudo de Irving. As amostras de técnicas empregues são contudo mais que suficientes para demonstrar que a verdade nunca foi o objectivo dos orquestradores do julgamento. Esta é a chave para avaliar Nuremberga. Todas as provas, reais ou falsificadas no grande espectáculo, foram evidências da perseguição de um pré- determinado veredicto. Foi desejado demonstrar que “os Alemães” tinham cometido grandiosos “crimes contra a humanidade” e que um dos maiores crimes teria sido o alegado extermínio de seis milhões de judeus nas chamadas “câmaras de gaz”.
Para alcançar este pré-determinado veredicto, o tribunal manipulou e distorceu provas a uma escala massiva. Por outro lado, qualquer juizo de valor honesto sobre o governo do Nacional Socialismo Alemão construido sobre as conclusões em Nuremberga são implicitamente viciadas. Trata-se da arte de escrever a história baseada na propaganda dos vencedores
(continua amanhã)
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