No preciso momento em que se entra no ano das comemorações dos 100 anos da morte da monarquia vítima de decadência, são decretadas medidas que advogam novamente a intrusão da Igreja na gestão de assuntos da esfera do Estado. Sob o mesmo mote da ingovernabilidade de Portugal durante a 1ª República (a gestão da pobreza) passar-se-á a discutir agora a mesma causa que conduzirá à decadência e morte da actual contrafacção de república. Oxalá. Naquela época, se bem nos lembramos, os revoltosos acusavam a oligarquia real (aliada ao embrutecimento do povo pelo catolicismo) pelo facto de roubarem a Fazenda Pública
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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