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quarta-feira, outubro 13, 2010

Questionar o princípio de Israel como “Estado Judeu”

“O Conselho de Ministros de Israel aprovou uma proposta de emenda legislativa que estabelece que todas as pessoas candidatas à cidadania israelita tenham de prestar um voto de fidelidade “ao Estado judaico e democrático de Israel”.

Ora, excepto o folclore do juramento à natureza religiosa de Israel, essa lei agora proposta, selectiva e racista, já existe e está inscrita na Constituição – logo,
o que sobra para ser posto em causa face ao provocador desconchavo de Netanyahu é que
Israel não é de modo algum um “Estado Democrático”

“Na década de 1980 uma Lei Constitucional (que não pode ser revogada, excepto por um procedimento especial) foi aprovada por uma enorme maioria do Knesset. Por esta lei, a nenhum partido, cujo programa se oponha abertamente ao principio de “um Estado Judaico”, ou proponha alterá-lo por meios democráticos, é permitido participar nas eleições para o Knesset.

O Estado de Israel não é uma democracia, devido à aplicação de uma ideologia judaica dirigida contra todos os não-Judeus e aqueles Judeus que se opõem a esta ideologia, pessoas cujo estatuto é considerado inferior. Por esta definição oficial, Israel “pertence” a pessoas que são definidas pelas autoridades israelitas (mais propriamente pelo Ministério do Interior e Defesa) como sendo Judaicas, irrelevantemente do local de residência, e só a elas unicamente. Não tendo plena posse de cidadania, todos os não-Judeus estão, por exemplo, impedidos de possuir titulos de propriedade em cerca de 92% da área do território de Israel (70% dos quais na Margem Ocidental ocupada) que são adminstrados pela "Autoridade da Terra" segundo regulamentos elaborados pela Junta Nacional Judaica, filiada na Organização Mundial Sionista. (é aqui que o conceito expansionista da Grande Israel, um Estado sem fronteiras definidas, casa na perfeição com o conceito de Imperialismo global)
"Suspeito que os Judeus dos Estados Unidos ou da Grã-Bretanha considerariam anti-semitismo se os Cristãos propusessem que os EUA ou a Grã-Bretanha se tornassem “um Estado Cristão”, pertencendo apenas a cidadãos oficialmente definidos como Cristãos”. (extractos comentados do livro “História Judaica, Religião Judaica”, de Israel Shahak, 1994)
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