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quarta-feira, junho 29, 2011

Como as Corporações dominam a diplomacia e os negócios estrangeiros dos Estados Unidos

Uma das principais pragas que paralisa a democracia nos EUA é a fusão do poder das Corporações com funcionários eleitos ou nomeados aos mais altos níveis. Os jogos de influência têm um preço muito alto na política norte-americana onde se compra e paga aos políticos com doações cada vez maiores do grande capital para as campanhas eleitorais, asfixiando toda a voz que defenda o interesse público.
Milhões de dólares em financiamento de eleições inundam os salões do poder de Washington, juntando-se com dezenas de milhares de lobyistas corporativos bem remunerados, uma porta giratória interminável que permite que os executivos das corporações se implantem nos sectores público e privado e apaguem a linha entre os organismos do governo e as empresas privadas. Esta dominação corporativa sobre a actividade do governo ajuda a explicar o porquê estamos infestados por um sistema de saúde que enche os bolsos dos executivos da indústria farmacêutica em detrimento dos pacientes; uma indústria de guerra que causa mortandades terríveis e destruição para enriquecer os fabricantes de armamento e governantes ligados ao sector da Defesa; e um sector financeiro que viola os mais elementares direitos da classe trabalhadora e dos pobres para distribuir milhares de milhões em beneficios aos directores executivos de Wall Street.

As implicações deste corporativismo em rápido crescimento chegam muito mais longe que as fronteiras abrangidas pela diplomacia norte-americana, uma vez que se trata de empresas multinacionais com interesses na economia global. A medida anunciada hoje pelo “novo” governo "português", de obrigar os trabalhadores a descontar para empresas privadas, é apenas mais uma faceta das políticas resultantes da corrupção dos funcionários dos governos com os patrões das empresas corporativas

(extraído de “Cinco revelações da Wikileaks”, por Rania Khalek, traduzido da Information Clearing House)

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