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segunda-feira, junho 20, 2011

um Governo da Opus Dei

“Nos últimos anos tem havido demasiada intervenção do Estado na área social” (Cavaco Silva)

"Menos Estado, melhor Estado, de acordo com a escola de Milton Friedman" é a máxima do falcão-neoliberal Vitor Gaspar, o delegado da UE para as finanças portuguesas, ex-funcionário do BCE que tem como meta prioritária a redução do défice para 5,9% do PIB já este ano, conforme mandam as regras impostas e aceites pela subserviente classe dominante nacional.


um Governo da Opus Dei, finalmente

“Os representantes espanhóis da Opus Dei sempre procuraram encontrar para dirigente em Portugal um homem com nome político e prestigio suficientes que o levasse um dia a fazer parte do governo”. A frase consta de um documento da PIDE que serviu de base ao livro “Salazar e a Conspiração da Opus Dei”

A Adoração dos Magos de 1423, também conhecido por Altar da Familia Strozzi, encomendado como sinal de riqueza a Gentile da Fabiano, capta o momento em que os Reis Magos se ajoelham perante o menino Jesus em sinal de respeito, acto que pretende destacar o reconhecimento de Jesus como a presença de Deus na Terra. Para Belchior, Gaspar e Baltazar foi óptimo investimento, seguro para a eternidade. Diz um provérbio popular que uma viagem de 2000 anos começa por um breve instante, ou um caminho de 1000 milhas por um primeiro passo. Próximo de dar um último passo, os que não acreditam nas galgas religiosas vêm na tomada de posse deste novo governo
neocon uma espécie de regresso fazendo o pino ao mito: desta vez são os meninos de Jesus que em sinal de respeito arrojam aos pés dos 3 reis magos do nosso tempo (UE, BCE, FMI) o ouro a mirra e o incenso, reconhecendo o poder da Troika, aleluia.

O governo de beatos empossados visa, por direito divino e pelo habitual milagre da redução da sopa aos pobres, resolver uma situação herdada do Diabo capitalista da qual ninguém fala: 180 mil milhões de Dívida (89% da qual nas mãos de investidores estrangeiros); 90 mil milhões de imobiliário construido sem comprador, isto é capital inerte e sem perspectiva de sair da estagnaflação; 60 mil milhões de prejuizos contabilizados nas Parcerias Público Privadas, entre outras normalidades menos dignas de registo

Carvalho da Silva faz uma grande descoberta: “a constituição do novo governo dá indicadores de que estão a preparar um forte aperto de cinto ao povo português”; o P”S” não se pronuncia sobre nomes – o que é determinante não são os ministros, mas os programas que vão ser implementadas”. E neste aspecto nada há a dizer – o programa deste governo é não colocar em causa o que foi feito no programa anterior – e o conluio da alternância prossegue.

Paulo Portas, o porta-estandarte da democracia-Cristã é o delegado do Pentágono para os negócios militares na região portuguesa; o apêndice Assunção Cristas foi cooptada pelo Chefe do partido pelas forma aguerrida na retórica anti-aborto durante o debate da lei em 2007. Mais que um plano para as destruidas agricultura e pescas, o que conta é a lingua afiada na diabolização da oposição. A pasta da Defesa fica entregue ao convidado do Bilderberg Aguiar-Branco

Paulo Macedo, ex-banqueiro no vice-presidente do semi-falido BCP tornou-se lendário a nivel mundial pela missa que mandou rezar pela saúde da Direcção Geral das Contribuições e Impostos. Destacado por Ferreira Leite para “modernizar” a cobrança de impostos, transitou para o governo Sócrates, auferindo um salário maior que o presidente da República, está agora de volta, desta vez para tratar da pasta da Saúde pelo controlo das finanças. É um caso explicito de entrega do ouro ao bandido: Paulo Macedo pertenceu até agora ao Conselho de Administração da empresa de seguros de saúde privada Medis. “Porque se escolheu uma pessoa com este perfil? Porque se quer dar à gestão um pendor mais económico, o que não é mau em si”, diz o porta-voz do PS para o sector.

Na Economia temos um professor formado na Univ.Católica, o autor do “Diário de um Deus Criacionista” - outra coisa não seria de esperar para quem vai tratar igualmente do (des) Emprego desregulamentado e entregue de bandeja à iniciativa privada (leia-se aos grandes grupos económicos multinacionais). Guterres, Barroso, Sócrates, Coelho, cada um que chega traz sempre em si um novo estado de graça? Não interessa, para os protagonistas é apenas mais um periodo montados às costas do labor do povo. Até quando?

"Jesus Cristo lava os pés ao Apóstolo Pedro", Ford Maddox Brown, 1852
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3 comentários:

Anónimo disse...

bem visto este rosário.
o que quer dizer que vamos ter que ajoelhar muito, oi se vamos.

Anónimo disse...

Para tratar com gente deste calibre, só com organização e unidade da esquerda. É necessário a criação de uma organização que poderia ser " Aliança por Portugal" e correr com esta gente do poder. !ª medida organizar uma grande manifestação contra o FMI e por um referendo contra as medidas da Troika e a constituição de um Governo Democrático e Popular com todas as forças dessa Aliança de esquerda.

Anónimo disse...

Esperamos que esta venha primeiro, assim não pagamos...
A Terceira está a chegar

http://www.youtube.com/watch?v=iTAOuKIOs8M&feature=player_embedded