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sábado, agosto 11, 2012

a Dignidade não é Sustentável?

“Ficámos a saber há dias que Miguel Pais do Amaral, (aliás, Miguel Maria de Sá Pais do Amaral, 2.º Conde de Alferrarede),

presidente da Media Capital, dona da TVI, é a pessoa que ocupa mais lugares em conselhos de administração de empresas portuguesas: Pais do Amaral administra nada menos de 73 empresas (segundo dados da CMVM relativos ao final de 2010), e isto sem contar as empresas estrangeiras onde ocupa os mesmos cargos, nomeadamente em Angola e no Brasil. Se se incluirem também estas, Pais do Amaral terá assento em mais de cem conselhos de administração, sem considerar quaisquer outras funções e actividades. Que uma pessoa não consegue gerir cem empresas ao mesmo tempo, dedicando a cada uma delas a atenção que as regras prudenciais recomendam, é evidente. Mas porque se inclui num conselho de administração alguém que, manifestamente, não terá tempo para levar a cabo esse trabalho? É possivel que, nalguns casos, Pais do Amaral apenas esteja a servir de jarra (o que se pode considerar uma função em si), mas penso que noutros casos a sua inclusão nem sequer tem esse objectivo. Trata-se, antes de mais, de uma questão de estatuto: Pais do Amaral pertence à categoria dos administradores, faça o que fizer ou mesmo que não faça nada, como outros pertencem à categoria de desempregados ou dos “quinhentteuristas”, ainda que se sejam brilhantes, criativos, trabalhadores e doutorados. É isso que quer dizer uma sociedade de castas e é nisso que a sociedade portuguesa se está a transformar a passos largos, regressando à estratificação típica do Estado Novo”
(José Vitor Malheiros, no Público) 
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1 comentário:

Karocha disse...

xatoo

Eu administro o meu blog e, já tenho um trabalhão, quanto mais 100 ;-)))