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segunda-feira, dezembro 31, 2012

Mensagem de Ano Novo do PCTP/MRPP. Um Ano de Luta para que 2014 possa ser o inicio da uma vida nova

o caminho para a resolução da "crise" faz-se contra a burguesia detentora dos meios de produção e é o de sempre: Governo Popular Democrático e Patriótico, Controlo Operário a partir das bases, Poder às Comissões de Trabalhadores.
(mural de 1974)



Último Acto de Velhacaria em 2012. Orçamento de Estado para 2013 foi promulgado às escondidas por Cavaco Silva 

"Cavaco Silva cumpriu no último dia do ano o doloroso dever de promulgar um Orçamento sobre o qual tem dúvidas politicas (?) e institucionais. Depois disto, espera-se que o Presidente da República promulgue tudo e qualquer coisa que lhe apareça na caixa do correio. Era um teste dificil, mas o tempo não está para grandes testes e é duvidoso que quem o elegeu acreditasse no Pai Natal" (Ana Sá Lopes, jornal I, 31 de Dezembro)
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domingo, dezembro 30, 2012

Bombas Festas, Santos Saldos

"O processo de destruição criativa é o factor essencial do capitalismo" (Joseph Schumpeter


"Que podemos fazer? Vamos para as ruas, protestamos, fazemos greve, indignamo-nos, somos milhões, mas eles não se incomodam. Julgam que, pelo facto de terem ganho as eleições, o poder do voto permite tudo, mas não é verdade. O que é legal pode não legitimar. Legitimar a violência, o desdém pelos outros e pela sua opinião, exercer a prepotência são actos que têm de ser removidos. Não basta a desaprovação calma e serena, já vimos. Eles não ligam nenhuma a isso. Todos eles são coniventes com o crime de lesa-pátria. O crime de lesa-pátria não é só punido no tribunal da consciência colectiva. É castigado por lei. O crime de lesa-pátria é o que estes sujeitos estão a cometer. Olha bem para os retratos deles. Fixa-os e aos seus nomes. Não podemos deixar que o esquecimento os envolva e que as suas ignomínias escapem sem punição" (Baptista-Bastos, in "A Fala de Zacarias Guinote)

mas, obviamente, a maioria continuará a sua vidinha (que pensam ser normal, como sempre)



Concentração capitalista a favor das Multinacionais na área do Consumo: Comerciantes de Atenas em greve contra abertura de lojas aos domingos 
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sábado, dezembro 29, 2012

Há Séculos a Ir na Onda…

Se é para procurar culpados recuemos até ao Mestre de Avis. A bancarrota é o nosso fado, agora com música das agências de rating. Alguém falou em Lixo?

Tal como o Fado, a Dívida e o Défice fazem parte da cultura portuguesa. Porque também eles cantam o nosso desencanto e desespero de forma cíclica – um dr. Hyde e Jekill que nunca deixámos de ser. Em “Portugal na Bancarrota” , Jorge Nascimento Rodrigues lembra-nos essa eterna vida de Portugal à beira do precipício, acabando por identificar oito momentos de bancarrota nacional desde 1560, quando da regência da viúva de D. João III. Depois foi um acumular de períodos em que não tínhamos meios para pagar o dinheiro pedido (três dos quais no reinado de D. Maria II). Jorge Nascimento Fernandes vai até mais atrás, até ao tempo do Mestre de Avis (a que chama o campeão da hiperinflação (2), e parte da análise desses momentos para ilustrar as razões pelas quais o sistema económico português nunca se modernizou nem se capitalizou o suficiente para investir na inovação.

Financiamento, Endividamento Público, Proteccionismo e falta de visão estratégica dos empresários industriais andaram, no caso português, de mãos dadas – até ao limite. Sem especialização, sem aposta certeira em nichos de mercado importantes, a economia portuguesa definhou. Quando o Estado faltava, tudo falhava. E é por isso que, ainda hoje, falamos da dívida e do défice como primos que passam a vida a bater-nos à porta para nos fazer a vida negra” (Revista Ler, Junho de 2012)

(1) Em 1387, D. João I casou-se com Filipa de Lencastre, filha de João de Gaunt, Duque de Lencastre, fortalecendo por laços familiares os acordos do Tratado de Aliança Luso-Britânica, (1373) que perdura até hoje. A ajuda inglesa à Casa de Avis foi o primeiro patamar de um conjunto de acções de cooperação (submissão) com Inglaterra que viriam a ser de extrema importância na política externa portuguesa por mais de 500 anos. Em 9 de Maio de 1386, o Tratado de Windsor afirmava uma aliança que já tivera o seu gérmen em 1294, e que fora confirmada em Aljubarrota com um pacto de amizade perpétua entre os dois países. A influência de Filipa de Lencastre foi notável, tanto no ponto de vista da sua descendência (a Ínclita Geração) bem como pela sua intervenção no que diz respeito às relações comerciais entre Portugal e Inglaterra, incentivando as importações de vestuário e dos mais variados produtos de Inglaterra. (wikipedia)

(2) Com a subida ao trono de João I de Portugal reacendeu-se a chama da guerra de Cruzada, há muito perdida em Portugal; as conquistas no Magrebe conduzem as ordens religiosas a novas paragens. Assim, os cavaleiros de Avis (bem como os de Cristo, a outra ordem nacional portuguesa) estarão presentes na conquista de Ceuta (1415), bem como no falhado ataque a Tânger (1437), no qual ficou detido e acabou por morrer em cativeiro com fama de santidade o infante D. Fernando, o qual era então mestre da Ordem desde 1434. Morreu em Fez, em 1443, deixando a dívida aos Ingleses por pagar, tarefa que foi cumprida pela instalação no Porto de uma crescente comunidade de cidadãos britânicos que paulatinamente se foram apoderando de todos os produtos que Portugal produzia para exportação a baixo custo para Inglaterra e para os novos mundos que se foram descobrindo. (wikipedia)
clique na imagem para ampliar

Desastre. O Infante D. Fernando, cognominado o Santo, feito prisioneiro é arrastado pelo souk de Tanger e humilhado pela população nativa (1437). A pintura é de Eugene Delacroix , sendo designada por "Os Fanáticos (muçulmanos) de Tanger"
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sexta-feira, dezembro 28, 2012

«Portugal à venda» é o grande «acontecimento» do Ano

««O Estado perde um importante instrumento de promoção do crescimento e do desenvolvimento do país, e de apoio à competividade das empresas portuguesas, sejam públicas ou privadas (...) Um Estado que sai da economia é um Estado fraco que estará sempre totalmente dependente e submisso aos grupos económicos», o que é extremamente grave. E alienar as empresas que «geram maior riqueza agrava o problema do défice e da dívida». Daí que, no fundo, seja «uma parte importante do país e do seu futuro que está a ser vendida e o seu controlo entregue a grupos económicos estrangeiros para quem os interesses nacionais não contam nada. Dramaticamente este é um Governo para quem o interesse e a dignidade nacionais parecem não existir» (Eugénio Rosa


Tradicionalmente os portugueses têm sido sempre enxotados para a emigração, expulsos de um acanhado território nacional ocupado por elites ociosas, labregas e falsamente vestidas por um luxo vendido de fora a bom preço. As «grandes conquistas» da chamada 1ª Globalização pelos gurus neoliberais, não foram nada mais que isso, um decalque atamancado de vias de exploração do original: em Luanda (do dialecto banto lu-ndandu) quando os portugueses chegaram, não é verdade que não existisse nada. Nunca devemos esquecer que a História tem sido escrita pelos vencedores. Mas há outras versões. Na Lu-ndandu do Reino do Congo existia uma imensidão de sanzalas de indígenas cujos chefes tradicionais se dedicavam por séculos ao negócio de caçar pretos no interior  e pô-los ao serviço dos ricos régulos do litoral como escravos. Esse seria, portanto, o principal "motor" do desenvolvimento trazido pelos portugueses, que se limitaram a ampliar o negócio com a exportação da escravatura para o Novo Mundo. Mas o negócio foi efémero, em breve o fogacho da expansão ultramarina foi conquistado por holandeses, ingleses e até, mais tarde, por alemães, cuja actividade assenta em sociedades capitalistas, mas organizadas em torno da atribuição de um valor justo ao Trabalho

sob ameaça do neo-esclavagismo laboral no século XXI os Portugueses mais abnegados voltam a ser expulsos do seu território - que acontecerá aos aos outros insigne-ficantes?

quinta-feira, dezembro 27, 2012

não burla quem quer, mas apenas quem tem um curso superior e trabalha para o Governo

certo é que para se ser reconhecido como mentiroso autorizado é preciso ter habilitações a nivel académico e pertencer a instituições cujas mentiras são igualmente reconhecidas e autorizadas; certo é que para competir com os ministros e figuras gradas do regime não basta criar artimanhas para se infiltrar em pontos chave para algumas verdades sejam ditas. Porém, no meio do carnaval mediático criado em redor da figura de Artur Baptista da Silva, algo de importante foi dito e que há que ressalvar, na opinião do ex-colega de liceu Sá Fernandes: "Baptista da Silva falou de um empréstimo a um banco alemão em dificuldades que acabou por reverter, a juros de apenas um por cento, para o Estado da Alemanha (o que é terminantemente proibido pelos estatutos do BCE). Se isso for verdade é muito grave e tem de ser investigado" (Público, 26 de Dezembro)

Mas, até os mais insuspeitos sectores mascarados de "esquerda", mais não pretendem que apagar o que foi desmascarado: que a Alemanha beneficia na Europa de um estatuto especial que lhe permite continuar a exercer a função de "motor" da economia europeia, sujeitando-a a regras de dominação imperialista globais. Impostas desde os anos 50 por acordos tácitos como o "Euromarket" denominado em dólares e libras a partir de Wall Street e da City de Londres, dois Estados independentes dentro de Estados.

Eis a forma canhestra como o esquisito deputado europeu Rui Tavares descarta o burlão e o que ele disse com jogos de palavras: "A história do burlão que pensava poder ajudar o país não pode, de modo nenhum, enterrar a história dos burlões que só ajudaram a enterrar o país. Pois a verdadeira história, de que todos deveriamos estar a falar, é a da reportagem que o jornalista Pedro Coelho fez para a SIC sobre o "caso BPN". É um desvio de atenção saloio, porque, como aqui ficou dito há apenas 3 dias, a referida repotagem nem por uma vez refere o envolvimento e encobrimento de Cavaco Silva no esquema fraudulento. Além do mais, convém recordar a Rui Tavares que por esse e outros escândalos da mesma indole já a esquerda pôs meio milhão de pessoas na rua a protestar num só dia, sem que nada de relevante viesse a acontecer em termos de reposição da ordem democrática...
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quarta-feira, dezembro 26, 2012

3 notas sobre a mensagem de Passos Coelho neste Natal:

Se o povo português não puser este Governo imediatamente na Rua é aqui que vamos parar: na Grécia, os pais da outrora auto-suficiente classe média já põem os filhos no orfanato para terem um mínimo de refeições asseguradas Aos que ficam pelos arrotos enfartados de festas e ainda não estão a perceber o caminho para o abismo, fica a advertência contra a falsa esperança das mensagens oficiais

Por estes dias vi gente numa fila de bolo-rei cujo tempo de espera era de duas horas. Este é um povo que copia literalmente o apetite chunga e bardajola do Cavaco. Por vezes penso que esta malta merece aquilo que tem: o desprezo das elites que os roubam todos os dias do ano.
 
Hoje esse desprezo e ocultação dos problemas que afectam na realidade o país atingiu um ponto paradoxal: a falta de respeito entre facções da extrema direita capitalista (entre liberais e conservadores): um coronel do 25 de Novembro referiu-se a sua Excelência como “esse Fulano”, vejam bem o desplante
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terça-feira, dezembro 25, 2012

Feliz Natal (hoje é dia de prendas e osso melhorado)


Falar sobre o que realmente importa no Solsticio de Inverno: a Família

25 de Dezembro, a noite mais longa do ano, era uma data "pagã" certamente de um culto de origem solar... A Saturnal dos Romanos precedia-a. Era a data "da antiga festa Romana celebrando o nascimento do deus-Sol; o "Natal" é uma invenção da Igreja a partir do século IV (com o Poder nascente do regime Patriarcal) destinado a apagar esses cultos antigos e a (en)cobrir um novo regime de propriedade



Egon Schiele, The Family

segunda-feira, dezembro 24, 2012

"Missão da ONU" insiste em renegociação parcial da dívida portuguesa

“Esses 121 mil milhões de euros têm que ser separados do resto da dívida portuguesa. Porque isso NÃO FOI VIVER ACIMA DAS POSSIBILIDADES, não foi de os portugueses terem todos a mania que são ricos, sendo pobres. Não. Foi o Estado português que teve que aportar este dinheiro, endividando-se no exterior, para ter acesso aos fundos da UE, os tais fundos de AJUDA”. Ou seja, de 41 por cento da dívida soberana de hoje, uma parcela contraída desde meados da década de 1980 para que Portugal pudesse “ter acesso aos fundos estruturais” da União Europeia para que com esse dinheiro Portugal importasse da Europa muitas coisas de que decerto não precisava
"Na leitura de Artur Baptista da Silva, os próprios efeitos do programa de ajustamento justificam a exigência de uma renegociação das condições que enquadram o resgate financeiro português. Os juros (de 34 mil milhões) que Portugal vai suportar pelo empréstimo de 78 mil milhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional afiguram-se, para o grupo de sete economistas da ONU, como “agiotagem”.

Na mesma entrevista, o economista português fala de um plano para a compra de dívida soberana de Portugal na esfera dos países lusófonos, que comportaria condições menos gravosas do que aquelas que são impostas pela troika. O projeto, que contou com o beneplácito do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ainda teve a aprovação de Brasília, mas foi rejeitado pelo poder político em Lisboa. Artur Baptista da Silva só encontra uma justificação para esta postura: “Teimosia ideológica(fonte)

O que acima fica dito é evidentemente uma verdade que apenas peca por defeito. Toda a dívida é ilegitima. No entanto o sistema já arranjou maneira de queimar o mensageiro: 'Especialista da ONU' Artur Baptista da Silva será um impostor".  Certo é que Baptista da Silva tem um discurso que, duma assentada, gerou esclarecimentos úteis relativamente à devastação dos países sob assistência financeira internacional. E todos os que participaram nos programas ouviram mudos e quedos... sem qualquer capacidade para contra-argumentar. Por exemplo, contra isto:

"A Alemanha, praticamente em segredo, obteve das instâncias europeias financiamento para 55 mil milhões de euros (cerca de 2/3 do programa português de resgate),  à taxa de 0,33 ao ano, para a sua holding estatal IPO BANK no âmbito das sequelas do Lehman Brothers no sistema financeiro alemão (processo um pouco rocambolesco pois resulta de um erro de apreciação por excesso do pedido de financiamento ao BCE)" (ver e ouvir aqui)

actualização
Todas as estações e orgãos de comunicação social retiraram entretanto todas as notícias relacionadas com "Artur Baptista da Silva". Lamentável que às mentiras do Impostor que ocupa o cargo de 1ª Ministro não aconteça exactamente o mesmo
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domingo, dezembro 23, 2012

o que esconde Cavaco? O que a reportagem da SIC se esqueceu de mencionar..

o que a SIC disse:
A venda ao BIC da carcassa do BPN pelo preço irrisório de 40 milhões de euros obrigou o Estado a separar o bom banco do mau banco. O BIC só ficou com o bom banco.

o que a SIC se esqueceu de dizer:
a cumplicidade fulcral de Cavaco Silva na Mega-Fraude BPN, cujo gang governativo do partido dito "social democrata" conluiado com o partido dito "socialista" conseguiu pôr todos os portugueses a pagar a fraude dos homens do presidente


"O sistema mundial off-shore (de paraisos fiscais) não é um conjunto de determinados territórios ou de ilhas tropicais mais ou menos paradisíacas. O sistema mundial off-shore é o conjunto estruturado de todos os interstícios, fronteiras e divisões que separam os cerca de 200 países à face do planeta e através dos quais as grandes empresas multinacionais (como a SNL ou o Carlyle Group) têm vindo paulatinamente e quase sem se dar por isso a fugir à fiscalização reguladora de um qualquer Estado Nacional. E de passagem a deixarem de pagar os impostos que antes pagavam (...) a existência e funcionamento mundial de off-shores tem contribuido, de forma decisiva, para a emergência e explosão da famigerada "crise da dívida" (Guilherme da Fonseca-Statter, in "O Escândalo da Dívida, ou Os que Venderam a Alma ao Diabo, Agosto de 2012, Ediç. Página a Página).

Não há dinheiro porque a parte mais importante dos contribuintes não a entrega ao Estado. Portanto, quando os governos dizem que toda a gente viveu e vive acima das suas possibilidades e que todos devemos pagar agora impostos descomunais para sustentar as artimanhas e "desvios" dos gangs sob protecção das elites governantes, o que nós devemos concluir é que somos escravizados a pagar a parte daqueles que deixaram de pagar porque estão acima da Lei. Já que "esta coisa", (o país), é isto, então uma reinvindicação possivel seria que todos pudessem por igual ter iguais oportunidades para roubar o Fisco. Todo o português tem direito ao seu off-shore, seria a palavra de ordem na única perspectiva de voltarmos a crescer. O Cavaco nunca nos enganou. O Cavaco é um farol da vanguarda dos ladrões do financiamento dos bens sociais do Estado. Pena que nos portugueses subsistam preconceitos de honestidade que não nos ajudam em nada a compreender o grande Homem que temos na velha praia de Belém.

sábado, dezembro 22, 2012

Privatização da TAP

e a pergunta que se impõe é a seguinte:  
a decisão do Governo seria a mesma se não tivesse vindo a público a história do encontro entre Relvas, Dirceu e Efromovitch?...
... embora por momentos mais um vigarista e o seu séquito de comissionistas corruptos tenham falhado mais mas oportunidade de enriquecimento ílicito, é a isto que os irresponsáveis do Governo não se deveriam recusar a responder (Expresso) 
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sexta-feira, dezembro 21, 2012

Alemanha emitiu €uros como "falsa moeda" em 1999

a moeda é falsa, mas cria um endividamento real. Emprestaram-nos má moeda, mas agora querem que nós paguemos em boa moeda 

Pedro Bingre no debate "A Corrupção na Origem da Crise" efectuado na "Associação 25 de Abril", em 6 de Dezembro de 2012:



a Alemanha, desde a derrota na 2ª Grande Guerra, é inteiramente dependente e deve vassalagem 
politico- económica ao lobie judeu dos Estados Unidos

A “Acta de Chanceler” faz parte de um Tratado Secreto de Estado, datado de 21 de Maio de 1949, com o qual os Aliados queriam assegurar o seu poder de decisão sobre a Alemanha Ocidental e os seus meios de comunicação, após a guerra. Ao que se insinua, parece que todos os Chanceleres da Alemanha Federal têm de assinar essa Acta antes de tomarem posse. O livro “A Única Potência Mundial. A Estratégia Americana da Hegemonia”, de Zbigniew Brzezinski, antigo conselheiro de segurança do antigo presidente Jimmy Carter e actual conselheiro do presidente Obama, desperta recordações. Nele Brzezinski afirma que os alemães teriam a honra de ser “vassalos tributários” dos EUA. Quando um dia num pódio, em Viena, ele reafirmou esta tese também em relação à Áustria, o Ministro dos Negócios Estrangeiros permitiu-se dizer-lhe calmamente: “Mas, Sr. Brzezinski, nós somos parceiros”. Ao qual este retorquiu: “Está bem. Então, são parceiros tributários”.

Em 2007, o documento “Acta do Chanceler” foi trazido a público, ao ser mencionado pelo General-major Gerd-Helmut Komossa. O baptismo mediático não podia ter vindo de pessoa mais autorizada, já que Komossa fora chefe dos serviços de informação militares (MAD) que, além dos Serviços Secretos Federais e dos Serviços Federais para a Protecção da Constituição, pertencem aos três serviços de notícias da Federação. O seu livro “O mapa alemão – O jogo escondido dos Serviços Secretos”, publicado no mesmo ano, estava cheio de informações de fundo explosivas. Incluindo a “Acta de Chanceler”. Na página 21 podemos ler:

« (…) O tratado de Estado, de 21 de Maio de 1949, foi classificado como “Estritamente Secreto” pelos Serviços Secretos Federais. Nele, as restrições fundamentais dos vencedores, quanto à soberania da Alemanha Federal, foram estipulados até ao ano 2099, algo que hoje poucos devem saber. Depois, a “ressalva dos media das Forças Aliadas sobre jornais e meios de transmissão alemães” foi fixada até ao ano 2099. Também foi estipulado, por determinação dos Aliados, que todos os Chanceleres Federais da Alemanha teriam de assinar a “Acta de Chanceler” antes da sua tomada de posse. Além disso, as reservas de ouro da República Federal ficaram penhoradas». Interrogado se as suas declarações se baseavam no Documento-Rickermann, o General respondeu afirmativamente, logo após a publicação das suas memórias. Segundo Komossa, ele detinha a fotocópia do documento citado. Teve acesso a ele devido à sua posição e que lhe fora remetido por uma pessoa de sua confiança. Tanto a imprensa mundial como os media alemães ignoraram a notícia sensacional, ou atacaram o General acentuadamente. Apenas o Canal Russia Today – uma estação televisiva difundida em 100 países – conseguiu transmitir uma informação objectiva. O RussiaToday salientou que estavam a criar uma enorme pressão pública contra o ex-chefe do MAD. “Consequentemente, Komossa recusou-se a dar mais entrevistas e pediu desculpa por alguns capítulos desagradáveis no livro”

O próprio secretário Egon Bahr confirmou a existência de um documento de subjugação que todos os Chanceleres tinham de assinar. Numa série de Zeit Online com o título “A Minha Alemanha” escreve ele, a 14 de Maio de 2009, sob o título Três Cartas e um Segredo de Estado, sobre um acontecimento que ocorreu no Outono de 1969, após a tomada de posse de Willy Brandt como Chanceler da Alemanha: Brandt era importante para informar o que lhe “aconteceu hoje”. Bahr recordou: “Um alto funcionário apresentou-lhe 3 cartas para assinar. Elas eram dirigidas aos Embaixadores das três potências – os EUA, a França e a Grã-Bretanha – na sua qualidade de Altos-Comissários. Com isso, ele devia confirmar o que os governadores militares, na sua carta de aprovação da Constituição, de 12 de Maio de 1949, tinham acordado. Como titulares dos irremíveis direitos de vencedores eleitos para a Alemanha, como um todo, e Berlim, tinham suspendido – portanto, anulado – os artigos da Lei Fundamental que consideravam que limitava a sua soberania.

Isto era verdade mesmo para o artigo 146 que, após a unificação alemã, previa uma Constituição, em vez da Lei Fundamental”. Bahr prosseguiu: “Brandt estava indignado por lhe exigirem que assinasse uma carta de submissão. Afinal de contas, ele era o Chanceler Federal eleito e comprometido com o seu juramento de posse. Os embaixadores não podiam afastá-lo! Foi preciso informá-lo que o primeiro chanceler alemão do pós guerra, o judeu-nazi reciclado Konrad Adenauer, também tinha assinado a carta, tal como, Ludwig Erhard e Kurt Georg Kiesinger a seguir. Que, entretanto, os governadores militares se tinham transformado em Altos-Comissários e que após o Tratado da Alemanha, e apesar da adesão à NATO, em 1955, quando fora proclamada a soberania alemã, nada se alterara. Ele disse, para terminar: «Portanto, também a subscrevi» – e não voltou a falar do assunto”

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quinta-feira, dezembro 20, 2012

o Mundo acaba amanhã

o Calendário de fazer previsões sobre o futuro (onde o "agora" passa já a ser História) dos seres humanos, sempre se fundou na sua relação com os maus espíritos e os anjos bons.Essas previsões baseiam-se no facto dos Demónios sempre terem agriculturado as pessoas azaradas desde a sua Criação na sua qualidade de espécimens que recolhem energia negativa da nossa dor.

Agora que os Demónios tomaram o controlo do Poder é que eles vão começar a matar a sério todos aqueles desa- fortunados que não pertencem ao circulo íntimo das elites dominantes. Há muita gente que acredita que tal acontecerá já com o fim-do-mundo no dia 21 de Dezembro. Como regra geral o povo não sabe o que fazer para conquistar autonomia sobre o seu próprio destino, resta-lhe rezar a Deus que nos venha acudir. Pode ser que tenha sorte e se safe; mas, obviamente, não será fácil os Demónios acabarem com o Mundo… Assim há que continuar a fazer pela vida, trabalhando arduamente para erradicar os demónios da imaginação popular!

Para lá da data proposta para o fim do mundo

Para uns e outros, Anjos e Demónios, há uma boa/má notícia para os crentes no apocalipse Maya de 2012. A parte boa da noticia é que a palavra Maia (que significa “Contagem Longa” não pode acabar em 21 de Dezembro de 2012 (e, por extensão, o Mundo não pode acabar junto com ele). A má notícia para os crentes na profecia é… se o calendário não termina em Dezembro de 2012, ninguém sabe quando o Mundo realmente irá terminar - ou sequer se o fim tem data marcada.

Uma nova crítica, publicada num capítulo do novo livro "Calendários e Anos II: a Astronomia e o Tempo no Mundo Antigo e Medieval" (Oxbow Books, 2010), argumenta que as conversões aceites das datas dos Mayas para o calendário moderno pode estar desajustada em 50 ou 100 anos. Tal facto lançaria o suposto e exagerado apolcalipse 2012 para a frente por umas quantas décadas, uma vez que estão postas em dúvida as datas dos eventos históricos Maias. As preocupações apocalípticas são baseadas no facto de que o calendário Maya termina em 2012, tanto quanto o nosso ano termina em 31 de Dezembro. Assim, depois das festarolas de fim de ano, há que continuar a lutar pela vida!

Destruir a Terra pode ser bastante mais dificil do que aquilo que qualquer um possa ser levado a imaginar

Todos já viram filmes de acção, onde o bandido ameaça destruir a Terra. Essa noticia já foi ouvida por toda a gente, seja alegando a próxima guerra nuclear, por abater florestas tropicais ou persistindo em emitir quantidades hediondas de gases poluidores na atmosfera. É coisa de doidos.
A Terra foi feita para durar. É um rochedo com 4.550.000.000 anos de idade. (Embora a Biblia jure que tem apenas 6.000 anos). Somos unm produto integrado de uma bola composta por 5,973,600,000,000,000,000,000 toneladas de ferro. Conseguimos sucessos contra asteróides mais devastadores e em número bem maior que refeições quentes que cada gajo já ingeriu numa vida inteira… e eis que a Terra ainda orbita alegremente. Portanto, o primeiro conselho que se daria a cada um dos caríssimos adeptos do fim-do-mundo é que não pensem que vai ser fácil… a luta pela preservação das nossas vidas com dignidade tem de continuar!
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o Orçamento é inconstitucional, mas Cavaco acabou por não o enviar para o Tribunal Constitucional



o Tribunal Constitucional não é um orgão neutro. Defende as posições da classe dominante. É constituido por 13 Juizes nomeados pelos deputados do PS/PSD, quer isto dizer que trabalham em casa. E a politica desta casa usurpada é o neoliberalismo. As dúvidas de inconstitucionalidade não desaparecem porque o Presidente deixa passar o Orçamento. Já é garantido que o Tribunal Constitucional vai ser chamado a fazer a fiscalização sucessiva, o que deverá colocar problemas ao Governo caso chumbe algumas das medidas mais polémicas como os novos escalões do IRS. Em principio teremos a repetição da história deste ano com o esbulho dos dois meses de subsidio a quem trabalha... que foi declarado insconstitucional, mas não imediatamente suspenso (para não prejudicar o saque do governo)

o Naufrágio, Bonaventuur I Peeters
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terça-feira, dezembro 18, 2012

o fim do mundo já não é novidade nenhuma

"Os profetas Maias (atenção, não confundir com a astóloga Maya) estavam convencidos que Mitt Romney ia ganhar as eleições norte americanas. Tal não aconteceu e infelizmente o Mundo não vai acabar (o que pode perfeitamente ser igualmente tentado por Barack Obama). No site oficil da Casa Branca eles asseguram que não. Nem no dia 21 nem outro dia qualquer. Eles devem saber do que estão a falar, porque têm bombas suficientes para acabar com este mundo e o outro. Quanto a 2013 logo se vê..." (Manuel Halpern, Jornal de Letras)


Nancy Lanza, mãe do adolescente assassino da escola do Connecticut treinava-se em conjunto com o filho para o “fim do mundo”, influenciada pela série televisiva do National Geografic Channel "Preparados Para o Fim"
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segunda-feira, dezembro 17, 2012

a TAP e a privadadização

Para situar a politica de privatizações na paisagem há que ter em consideração que 1. Quando os especuladores atacam financeiramente determinado país, fazem-no extraindo a maior fatia de lucro possível, não existindo um mínimo de escrúpulos em colocar esse país no maior estado de carência possível. 2. Dado o golpe, com a ajuda das 3 agências de rating conluiadas com os especuladores, na fase seguinte aparece o FMI a oferecer dinheiro emprestado para salvar o país. Mas fá-lo sob determinadas condições, a mais importante das quais é obrigar a vítima a vender o maior número de bens activos a preços irrisórios. Consumado o acto é provável que os especuladores se proponham investir novamente em Portugal. Mas para que tal aconteça, desta vez até exigiram garantias de que as relações sociais de produção fossem igualmente reconstruidas. Como se vai vendo, trata-se da acção concertada de Gangsters


Nos últimos vinte anos o Estado não meteu um único euro na TAP, tendo a companhia sido nesse período sempre rentável; a TAP só começou a apresentar resultados negativos após a nomeação deste governo, como estratégia justificativa das intenções para a sua venda; a TAP é um Grupo integrado de 8 empresas. Só a Portugália custou à TAP um investimento de 120 milhões. Agora a TAP é vendida por 35 milhões. Há no entanto o problema da Dívida… Para o amenizar, e tal como o Governo fez à última hora antes da venda com os 600 milhões injectados no BPN, o Governo vai injectar 200 milhões na TAP para reduzir o passivo e tornar mais confortável a situação do comprador.

A dívida da TAP é pesada: 1,2 mil milhões, mas esse será o valor dos activos da companhia a que o comprador deita mão; portanto, o dinheiro que o judeu lá irá meter para recapitalizar a TAP é metido naquilo que passa a ser dele. Como o dinheiro não é dele, mas sim pedido a crédito aos bancos cúmplices na golpada (preferencialmente norte americanos ou alemães), essa dívida e os juros serão pagos pelos resultados obtidos no futuro pela Companhia. Resumindo, a esmola negociada previamente com o Relvas era tão parca e escandalosa que à última hora foi alvo de um reforço na oferta de 20 para 35 milhões de euros em cash e de 200 para 351 milhões no total. Para esta gente é assim: do céu caem do nada 150 milhões da noite para o dia. O negócio na manutenção no Brasil sai do universo da TAP e entra no grupo Saynergy. Dos 10% que os trabalhadores da TAP têm como direitos assumidos na compra, a Sinergy já os diminuiu, antes de entregar um único euro, para 5% e, em última instância, parece que para 0%. E no caso das taxas de juro reduzidas sobre a dívida, o aval dado pelo Estado é para manter avalizando o sr. Efromovich?

Diz o Público, na sua edição de 17-12-2012 , que "Na primeira quinzena de Novembro de 2011, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, sócio e irmão de José Dirceu, veio a Lisboa falar com altos responsáveis. Semanas antes, Miguel Relvas tinha recebido Efromovich, a pedido do empresário". Isto é verdade mas é mentira.
De facto o que se passou foi que a 13 de Novembro o Presidente da Colômbia chegava a Portugal em visita de Estado trazendo na bagagem o milionário judeu Germán Efromovich promitente comprador da TAP, e entre outros personagens aparentemente não relacionados com a privatizações que o FMI e a Troika decretaram obrigatórias, John Fredy Pareja, o empresário/ presidente do Off-Shore da Zona Franca de Pereira na Colômbia. O que quer dizer que o negócio irá ser processado através de um offshore sob o signo da habitual fuga ao Fisco.

Temos assim um caldo explosivo: um comprador mafioso nascido na Bolivia, naturalizado para sucessivas golpadas como Brasileiro e Colombiano e que agora invoca a sua condição de filho de naturais da Polónia para se naturalizar outra vez e operar livremente na União Europeia. Do titulo dos jornais destes dias fica uma certeza: a alta Corrupção e o Banditismo gerado por falsários e criminosos que usurpam os Estados.

As metastáses portuguesas no escândalo do "Mensalão" são conhecidas. Foram depositados 25 milhões de euros pela chefe de gabinete do ex-presidente Lula da Silva num Banco português. Porém o BES, nega a evidência. Isto é, como a assessora foi exonerada após a investigação judicial, o BES tem de reconhecer que existiu o acto de corrupção, mas encobre a entrada desse dinheiro, para mais depositado numa agência BES do Porto durante uma viagem oficial do Chefe de Estado brasileiro .
As consultoras brasileiras e portuguesas ligadas ao antigo chefe da Casa Civil do ex-Presidente da República Lula da Silva, José Dirceu, condenado a mais de 10 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção activa no caso Mensalão, promoveram a candidatura de Gérman Efromovich à privatização da TAP, a única proposta de compra da companhia aérea nacional que chegou a ser avaliada pelo Governo de Passos Coelho
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domingo, dezembro 16, 2012

Da Europa, do regime de Propriedade e do Imperialismo

“Aquilo que foi voltará a sê-lo/ Aquilo que foi feito, será feito de novo/ Não há nada de novo sob o Sol. (Ecclesiastes 1:9). Estamos a ver a história repetida sob o olhar daqueles que se recusam a aprender com ela. "Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender", fazia notar Blaise-Pascal. Então, ler é o melhor remédio

Em Agosto de 1792 a Convenção Nacional constituiu o poder supremo. Um terço dos Constituintes eram jurisconsultos, os restantes burgueses revolucionários radicais. De operários ou proletários ainda não era o tempo, apenas de vastas camadas despossuidas dos bens básicos de sobrevivência. Por desgraça de deus a Monarquia tinha sido abolida e por graça dos sans cullotes a República proclamada, sendo declarada uma série de guerras europeias contra os Tiranos que viriam a durar, com breves intervalos, até 1815. Em Paris e por toda a França, cerca de 40.000 vítimas sucumbiriam a esse “furor”.

"Sob a forma de perseguição aos crentes no ancient regime instalou-se um radicalismo social através da arregimentação económica de pesados impostos directos a favor dos mais desfavorecidos. Tudo em nome de instaurar a igualdade não apenas jurídica mas também social e económica: “a nenhum Patriota deve ser negada a propriedade

Esta breve fase terminaria com a queda de Robespierre em 1794, acontecimento que foi celebrado com gáudio pelos sobreviventes, ao qual se seguiu o governo do Directório. Esta forma de governo manteve-se, mediante uma série de irregularidades, que eram na verdade, outros tantos golpes de Estado, servindo para manter afastados os inimigos à esquerda e o Clero e os Monárquicos à direita. O Directório manipulou resultados eleitorais por forma a manter-se no Poder e tornar-se-ia cada vez mais Corrupto, até não conseguir ver outra saída da dramática situação financeira senão a guerra, conquista e saque em vasta escala. A Itália, em particular, foi objecto de uma pilhagem sem rebuço, e as cartas do General Napoleão expedidas desse país informavam orgulhosamente o governo de quantos mais milhões as cidades tomadas haviam pago ou iriam pagar em dinheiro, jóias e outros valores. Em 1976, estimava-se que o saque de Itália tinha já dado aos cofres 46 milhões de francos em dinheiro e 12 milhões em obras de arte, espólio legitimo da guerra.

Este sucessos militares contribuíam para a influência dos Generais, até que um deles, Napoleão Bonaparte, acabou por derrubar o Directório e instaurou a sua ditadura pessoal. A sua tomada do Poder, a 18 de Brumário do ano VIII (1799) conduziu a profundas alterações jurídicas e constitucionais. Napoleão pôs cobro ao poder das Assembleias e Comités de juristas e políticos profissionais, e introduziu um executivo forte, ao qual presidia de forma ditatorial e a que o poder legislativo foi inteiramente submetido. O seu regime era popular, como atestam vários plebiscitos que conduziram a enormes maiorias, bem como o entusiasmo generalizado que saudou o seu regresso de Elba em 1815.

 

A popularidade de Napoleão tinha várias causas. A França cansara-se dos longos anos de instabilidade e lutas internas e tinha chegado ao limite do suportável. O novo soberano prometia paz e ordem – do género militar – e fazia-se passar por um conciliador nacional que podia pôr fim a dez anos de revolução permanente. Por outro lado soube preservar várias inovações da revolução e actuar como um republicano; por outro chegou a um acordo com o Papa, restaurou a religião católica e fez ingressar na sua administração meritocrática pessoas talentosas de vários quadrantes políticos. Apenas os incorrigíveis esquerdistas não tinham lugar na sua Sociedade, baseada como era na Propriedade, sobernai pessoal e na família patriarcal. O seu regime era pouco sensível aos trabalhadores, como transparece do carácter severo do Livret d`Ouvrier (uma espécie de passaporte interno que os trabalhadores eram obrigados a trazer, com especificações acerca do seu emprego) e a Lei de 1803, que punia as “Uniões” de trabalhadores com de dois a cinco anos de prisão. Não obstante tudo isto, o seu expansionismo militar e glorificação da Grande Nation foram aclamados por largas camadas da população, pelo menos até à sua sorte no campo de guerra chegar ao fim…”

(extraído e adaptado de “Uma Introdução Histórica ao Direito Constitucional Ocidental” pp 218/19, na Festa do Livro da Gulbenkian)
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sábado, dezembro 15, 2012

Barroso: isso da falência do país não foi nada comigo

a Segurança Social é insustentável, dizem eles (1), porque há cada vez menos gente a trabalhar e mais gente que vive mais tempo. Portanto só há um caminho: reduzir drasticamente as prestações sociais. Digam lá: se o sistema de segurança social foi superavitário até 2002, porque é que deixou de o ser a partir daí, ainda por cima, depois de ser feita uma reforma da Segurança Social (pelo governo de Durão Barroso) que o tornou mais sustentável para o futuro? O que fizeram aos fundos da Segurança Social, onde os delapidaram? (primeiro que tudo arriscando-os como produto de capitalização em Bolsa pelo governo de Durão Barroso. Claro, perderam milhões!)

E por que carga de água é que os governos assacaram à Segurança Social encargos que deviam ser da política social do Estado, tais como rendimento social mínimo, etc.? A Segurança Social tinha e tem um objectivo que diz respeito exclusivamente aos trabalhadores que para ela descontaram, e foi e é alimentada com esses descontos e das entidades patronais. Que culpa tem a Segurança Social das sucessivas inclusões de diferentes fundos de pensões (seguros, bancários, etc.), cujas despesas futuras são altamente prejudiciais para o sistema em que se integraram por mera conveniência contabilística dos governos, escondendo os falhanços das suas políticas relativamente ao «défice» das contas públicas?

Eis outra falácia: cortar, em vez de reestruturar. Isto significa que as pessoas tendem a ficar menos protegidas e durante mais tempo. Paciência...

De facto esta linha não prejudica aqueles que tomam as medidas: bem pagos e encostados às grandes empresas e fortunas, sempre terão o seu futuro garantido. Os outros, a imensa maioria, regressarão ao estádio anterior a 1974, talvez mesmo anterior ao marcelismo. Isso representa um impensável retrocesso civilizacional, em que será desejável que os velhos não durem muito, porque não há onde metê-los, e as famílias não podem suportá-los; que os desempregados emigrem (se tiverem condição para isso e se houver países que os acolham), ou que vão para a rua... roubar; que os doentes se curem com mezinhas, como antigamente; que as crianças fiquem com as mães, também elas desempregadas; etc. Que mal faz, desde que não atinja os possidentes?

(1) alguém que diga a José Manuel Fernandes, o comentador com orelhas de burro: as prestações sociais não são pagas com impostos cobrados aos cidadãos mas sim com o dinheiro dos descontos dos trabalhadores e das empresas 
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sexta-feira, dezembro 14, 2012

Congresso dos jovens social-democratas começa hoje em Fátima

Moção "Cumprir Portugal" é candidata única. O futuro líder da JSD, quer rever a Constituição, para defender o fim da educação e da saúde tendencialmente gratuitas em Portugal.

Nós, os que advogamos a propriedade colectiva dos bens essenciais do país postos ao serviço de uma sociedade igualitária em direitos e liberdades, conhecemos bem a Besta individualista há décadas. Assim sendo, no caso oriunda do mesmo covil de onde saíu o jovem Coelho, cumprindo esta proposta deste outro parasita, os ultra neo-nazis juniores do partido proponente destas coisas devia mudar de nome - a herança histórica da social democracia não se coaduna com a alarvidade: deviam passar a autonomear-se de "Partido Individualista Anti-Democrático" com as três setinhas viradas para baixo: "paga quem pode, quem não pode arreia". Bom, e concorrer previamente a eleições com este programa! seria o minimo exigivel a estes filhotes pedigree do papá que partem para este tipo de discurso com as costas quentes dos privilégios pré-adquiridos

quinta-feira, dezembro 13, 2012

IV Reich… e Totalitarismo Bancário

Os agentes políticos da Máfia governante da Europa chegaram a acordo sobre a Corrupção Bancária Europeia, isto é, sobre a ditadura que tenta aniquilar e escravizar as vidas de 332 milhões de cidadãos europeus


(...) as regras determinam que passam automaticamente para a alçada do BCE todos os bancos cujos activos ultrapassem os 30 mil milhões de euros ou 20% do PIB do seu país. Em Portugal, cabem nesta categoria a CGD, o BCP, o BES, o BPI, o Santander-Totta e o Banif, que passam para supervisão directa do BCE quando o novo sistema começar a funcionar (...)

Isto significa que a partir deste momento ficam bem definidas as fronteiras entre as Dividas Soberanas dos Estados da Zona Euro assumidas como Dívidas Públicas (já oneradas pelas transferências dos activos tóxicos dos Bancos comerciais que tiveram origem nas fraudes dos EUA), e os riscos Bancos Privados, que agora já não reportam directamente aos Estados, mas ao Banco Central Europeu. Assim, o Estado financia-se junto desses bancos privados e paga JUROS que vão ser encaixados directamente pela Central da Rede Europeia de Endividamento (BCE, em associação com o FMI e a Comissão Europeia). Esta é a institucionalização de um negócio, não já da China (cujo banco central não integra a rede imperialista global), mas um chorudo negócio da Europa: partindo do principio que sem investimento financeiro dificilmente há execução de projectos, trabalho e crescimento, os 9,4 Triliões de PIB em tudo o que os europeus da zona euro produzem num ano PAGAM JUROS no valor de qualquer coisa como… ora deixa cá ver… “é só fazer as contas!”, como dizia o outro.

Entretanto a Reserva Federal (FED) continua a imprimir notas para esconder a caverna da ilusão do consumo ilimitado: «EUA injectam mais dinheiro na economia para combater desemprego» - a Reserva Federal norte-americana promete injectar, todos os meses, mais 45 mil milhões de dólares, através da compra de Obrigações do Tesouro.

Eles imprimem dinheiro novo, gastam-no no mais insustentável nível de vida do planeta… nas guerras de conquista e, entre outras coisas, emprestam-no ao BCE para “nos ajudar a sair da crise” (por exemplo ao sr German Efromovich para comprar a TAP)e nós europeus actualmente pagamos a factura na forma de extorsão de impostos como “consumidores finais”!

O mundo politicamente partido em duas facções e escravos contra escravos. Isto é uma imbecilidade... mas é assim que está a acontecer.

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quarta-feira, dezembro 12, 2012

A via para pôr termo à pobreza é recusar o pagamento da Dívida.



O que diz e manda o FMI sobre a "protecção" ao emprego, isto é, sobre o aumento galopante do desemprego em Portugal?  
Diz o seguinte:

“Temos feito importantes esforços em reduzir um dos mais altos níveis de protecção ao emprego na Europa. Construímos essas mudanças com base nas alterações ao Código de Trabalho atendendo ao regime de despedimentos. E após o primeiro passo que demos em Novembro de 2011, teremos, em meados de Novembro 2012 pagamentos de menores indemnizações por despedimento, na ordem dos 8 a 12 dias de trabalho por ano de serviço. (1) Trazendo este novo regime aos mesmos valores quando comparados com a zona Euro”
(Extracto traduzido do Acordo da Troika revisto a 14 de Outubros de 2012 para vigorar em 2013 e 2014)

Quer isto dizer que quando os lacaios do governo lançam dicas sobre novas medidas mais não fazem que servir de papagaios daquilo lhe ensinaram a dizer os donos. Ainda por cima têm de o fazer na lingua da mãe deles. Mencionado no site do FMI (na sigla em inglês IMF) este relatório não se encontra disponível traduzido para língua portuguesa. O citado relatório contem ainda indicações (ordens) a cumprir sobre salário mínimo, contratos colectivos e sindicatos, assim:

“Existe um compromisso que, ao longo do programa de ajustamento, qualquer aumento do salário mínimo apenas poderá ter lugar se justificado pelo desenvolvimento do mercado e se devidamente enquadrado com uma revisão do programa em curso”
“Definimos critérios claros a ser seguidos nas contratações colectivas e devemos comprometer-nos com eles. A representatividade das organizações na negociação e as implicações do alargamento para a posição competitiva das empresas não filiadas terão de estar entre estes critérios. A representatividade das organizações de negociação será avaliada com base em indicadores quantitativos. Para o efeito, o governo tomará as medidas necessárias para recolher dados sobre a representatividade dos parceiros sociais. Com base nesses dados, um acordo colectivo subscrito pelas associações patronais que representem menos de 50 por cento dos trabalhadores num sector não pode ser prolongado no tempo”

(1) a UGT foi a única pseudo representante de "trabalhadores" que assinou por baixo desta treta. A fundamentação sobre esta medida decretada pelo FMI, quando comparada com as vigentes na União Europeia, é rotundamente falsa.
Indemnização por despedimento: Novo corte ameaça ruptura. Patrões admitem que medida é boa para as empresas, mas não querem entrar em rutura com sindicatos. A CGTP evidentemente não aceita a proposta
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terça-feira, dezembro 11, 2012

bonzos da RTP governamentalizada actuam como bufos contra a dissidência política

"estamos a assistir a um autêntico golpe de Estado" 



Garcia Pereira ofereceu-se à comissão de trabalhadores da RTP (e esta aceitou) o patrocínio de queixa ao Ministério Público sobre o caso das imagens cedidas a um departamento secreto da Policia de (in)Segurança Pública - um episódio no Portugal "democrático" que fica conhecido por "Brutosgate".

Garcia Pereira "não se coibiu de deixar fortes críticas à actuação da equipa do administrador da RTP Alberto da Ponte. E classificou mesmo o director-geral de Conteúdos Luís Marinho como “emissário político de Relvas na RTP”. (pelo menos foi nomeado por ele recentemente num processo nada transparente). Realçando ter tido desavenças com Nuno Santos sobre a censura ao MRPP nos debates da campanha eleitoral, Garcia Pereira tomou, no entanto, o seu partido: “Quando uma administração decide des-nomear toda a gente que tem determinados cargos para limpar e depois fazer regressar quem interessa... cheira a esturro.” O jurista argumentou que, se foram usados os mesmos argumentos para toda a direcção de Informação, estes deveriam ser extensíveis ao director-geral de Conteúdos, Luís Marinho, mas, afinal, não o afectaram. O caso só afectou o ex-director de Informação Nuno Santos que foi suspenso de funções e alvo de um processo disciplinar por não ter encoberto a cedência de imagens da RTP à Polícia. (Público)


Todos aqueles que se manifestam contra os delinquentes no governo que legislam de forma terrorista contra os interesses do povo português estão sujeitos a ser arbitrariamente considerados potenciais suspeitos de ??... 
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segunda-feira, dezembro 10, 2012

"Portugal tem o melhor povo do mundo"

"É falso que sem o resgate da EU/FMI/BCE não teria havido dinheiro para pagar pensões e salários aos funcionários públicos até final do ano de 2011” (José Castro Caldas)

Sobre esta mentira primordial, em final de ano em que não há pão por causa da corrupção, faz-se o inventário dos "melhores" e mais inqualificáveis momentos deste governo, no fiel seguimento da mesma politica neoliberal do governo anterior


1. Aumento do IVA na electricidade e gás para 23%.
2. Abolição dos subsídios de férias e natal.
3. Alteração dos escalões do IRS. (em 2013 Portugal passa a ser o país com maior carga fiscal da União Europeia e um dos maiores do mundo).
4. Taxa extra de IRS de 3.5%.
5. Venda ao desbarato das empresas públicas (REN, EDP, TAP, RTP)
6. Cortes na Segurança Social, Saúde, Educação e Cultura.
7. Despedimentos em massa na Função Pública.
8. Repressão policial na manifestação de 14 de Nov.
9. Ordem do Ministério para que mais de 2 pessoas sejam consideradas uma manifestação
10. Controle e censura na comunicação social.
11. A licenciatura falsa do ministro.
12. A caridadezinha da querida Jonet.
13. A boçalidade do conselheiro António Borges.
14. O presidente em modo Alzheimer.
15. A ridícula visita da Chanceler Alemã.
16. O conselho do primeiro ministro para que os cidadãos emigrem.
17. A frase do banqueiro: Ai aguenta, aguenta!
18. A promoção do Pingo Doce no dia 1 de Maio.
19. A bandeira ao contrário no 5 de Outubro.
20. Declarações de voto dos deputados da maioria na votação do OE 2013
21. O secretário geral do PS e o pacto de regime com o PSD

(daqui e daqui)  

domingo, dezembro 09, 2012

Durão Barroso esteve mais de meia hora a mentir em directo na televisão...

... dizendo que "espera que Portugal não peça mais tempo para pagar a Dívida".
É mentira, porque a Dívida nos termos em que os ultraliberais falam dela jamais estará paga!

a dívida apenas muda de mãos (livrando a responsabilidade dos bancos alemães e europeus), enquanto vai crescendo! e com esta falsa questão se vai iludindo a questão principal: que dívida é essa e porque é que o povo português a viu, uma vez que foi contraída por bancos privados, ser transferida para Dívida Pública?
 
Garcia Pereira em pouco mais 2 minutos e cinquenta desmonta a verborreia de Barroso (mesmo antes de ter sido emitida...) na medida em que é igual a tantos outros discursos que mostram um desprezo miserável pelos sacrifícios impostos pela hegemonia europeia da senhora Merkel através da Troika, aos trabalhadores, pensionistas e desempregados portugueses

A responsabilidade dos partidos do poder e de Cavaco Silva pelo endividamento a que se chegou 

sábado, dezembro 08, 2012

os 11 Mandamentos dos Media Ocidentais sobre Israel

Regra número 1: No Médio Oriente, são sempre os Árabes que atacam primeiro e é sempre Israel que se defende. Chama-se a isso: retaliação!

Regra número 2: Os palestinianos não têm direito de se defender. E se o fizerem chama-se a isso Terrorismo.


Regra número 3: Israel tem o direito de matar civis árabes. Chama-se a isso: legítima defesa.

Regra número 4: Quando Israel mata demasiados civis, as potências ocidentais chamam-lhe a atenção para não exagerar. Chama-se a isso: a reacção da comunidade internacional.

Regra número 5: Os palestinianos não têm direito de capturar militares israelitas, mesmo que sejam poucos, nem que seja um único!

Regra número 6: Os israelitas têm direito de raptar todos os palestinianos que desejam. Não existe qualquer limite e não necessitam de provar a culpabilidade das pessoas raptadas. Basta-lhes invocar a palavra mágica: "Terrorista".

Regra número 7: Quando falar em "resistência", deverá sempre acrescentar a expressão: "apoiada pela Síria e pelo Irão".


Regra número 8: Quando falar em "Israel", nunca deverá acrescentar: "apoiado pelos Estados Unidos, a França e a Europa", porque poderiam crer tratar-se de um conflito desequilibrado.

Regra número 9: Nunca falar em "territórios ocupados", nem nas resoluções da ONU, nem nas violações do direito internacional, nem nas convenções de Genebra.

Regra número 10: Os israelitas falam melhor francês e inglês do que os árabes (?). Isso explica que eles e os seus apoiantes tenham tão frequentemente direito à palavra. Assim, podem explicar-nos as regras precedentes (de 1 a 9). Chama-se a isso a neutralidade jornalística.

Regra número 11: Se não estiver de acordo com estas regras ou julga que elas favorecem um dos lados do conflito em detrimento do outro, é porque você é um perigoso anti-semita...