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sexta-feira, fevereiro 01, 2013

o Povo da Islândia recusou transferir a grande fraude bancária privada para as contas públicas do Estado

Baseado no Artigo 7 da “Directriz da Área Económica Europeia”, que determina não haver qualquer obrigação por parte de um Estado e suas autoridades em “assegurarem a compensação se um esquema de garantia de depósitos é incapaz de cumprir as suas obrigações na eventualidade de uma crise sistémica”, o Tribunal da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) deliberou, na última segunda-feira, ser improcedente a queixa apresentada pelos governos da Grã-Bretanha e da Holanda contra a Islândia por este país ter, alegadamente, violado leis internacionais ao não atender à reclamação de cerca de 340 mil depositantes de contas em dinheiro ficticio de britânicos e holandeses do Icesave, uma delegação online do banco privado islandês Landsbanki, decretado falido em 2008.

Ainda assim, cerca de 3.421 milhões de euros investidos por especuladores da Grã-Bretanha e da Holanda em acções hoje consideradas tóxicas (cobertas por seguros de risco) foram “reembolsados” aos ingleses e holandeses, consequência do accionar de garantias de depósitos que existiam como se fossem normais, através do banco Landsbanki

Recorde-se que, aquando da chamada crise do “sub-prime”, dezenas de bancos, a nível mundial, foram à falência exactamente pelas mesmas práticas, originando no seio da própria burguesia divisões quanto ao caminho a seguir face ao “colapso” do sistema financeiro e bancário capitalista a nível mundial.

De um lado, os fervorosos adeptos da “Escola de Chicago” e do “Compromisso de Washington” submissos cães de guarda do imperialismo (...) Do outro lado, uma corrente minoritária, representando os interesses de uma camada das burguesias nacionais, democráticas e patrióticas, que se opõem, como aconteceu na Islândia, e tinha sucedido e está a suceder noutros países da periferia europeia e do 3º mundo a aplicar uma “receita” que implica uma transferência massiva de recursos e empresas públicas para o capital financeiro e bancário, sob a “justificação” de que, tendo os povos estado a “viver acima das suas possibilidades” teriam de ser sacrificados no altar das “dívidas soberanas”, à custa de um inaudito empobrecimento, à custa da pilhagem generalizada e de se tornarem protectorados ou colónias, mormente da potência imperialista alemã e da sua fuhrer Angela Merkel, à custa da depreciação dramática do seu acesso à saúde, à educação e às chamadas prestações sociais
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