Pesquisar neste blogue

sábado, agosto 10, 2013

um Cavalheiro no Bordel europeu

Força Gnocca
Tal como na Cavalleria Rusticana a trama de Mascagni não tem nada a ver com cavalos, il Cavalieri , o popular “Silviuzo” italiano, não tem nada a ver com cavalheirismo e honestidade na governação do maior país do sul da Europa. E assim tem sido por mais de vinte anos, apesar do magnata dos Media ter inscritos na testa os genes da patifaria mais primária. De tal sorte que Berlusconi se gaba publicamente de ter sido ele quem indicou o nome de Durão Barroso para a presidência do Comissão Europeia. O modo como funciona a selecção de gente inimputável é, regra geral, sufragado em actos eleitorais viciados, que limpam do currículo dos mais altos dirigentes da EU todo o tipo de ilegalidades, actos de corrupção, abusos de poder, imposições anti-democráticas, enfim, esquemas mafiosos de extorsão de propriedade pública.

Sob o signo da impunidade, um tal clima pestilento de quando em vez aparenta (apenas aparenta) sintomas de rejeição. Desta vez Berlusconi foi apanhado, pelo meio de uma miríade de crimes e, tal como Al Capone, e condenado por um tribunal por fraude fiscal apurada no “caso Mediaset que já se arrasta desde 1994, cuja pena (suspensa) pode ser reduzida a “trabalho comunitário em prol da sociedade”. Brilhante. O ex-primeiro ministro italiano, 76 anos, líder integrante na actual coligação no poder, abandonou a barra do tribunal lavado em lágrimas (sendo consolado pela noiva Francesca Pascale, 27 anos, e candidata a um lugar no aparelho partidário de governo). A foto correu mundo e em Itália houve manifestações de apoio incondicional de acólitos: "Não me vergam, o Governo deve prosseguir" gritou-se de indignação no meio: “Condenaram Berlusconi e mais 10 milhões de italianos” (o número de votos que o patrão teve nas últimas eleições).

Tal como as mil caras de Berlusconi a lista de contas a prestar à Justiça (se a houvesse) é impressionante: 30 processos em 30 anos! Desde o proxenetismo e abuso de autoridade no caso Ruby com condenação de 7 anos de prisão e impedimento político perpétuo; a escutas ilegais no caso “Unipol”; suborno no caso “De Gregório” que envolveu a compra de votos de um Senador em Nápoles para provocar a queda do governo de Romano Prodi; as responsabilidades criminosas na loggia P2 da Maçonaria; as comissões financeiras pagas a Bettino Craxi; o caso Mondadori que envolveu a tentativa de compra de juízes; processos relativos a contabilidade falsificada; evidências de ligações à Máfia calabresa; promoção de raparigas “amigas” a cargos políticos, como a ex-conselheira da Lombardia e depois deputada Nicole Minetti, que mais não era que uma “madame” encarregada de arranjar miúdas para as orgias bunga-bunga, que acabou condenada a cinco anos por um tribunal de Milão por lenocidio… Segundo a ética vigente, nada disto é grave. O que é grave é que, segundo a Bloomberg, “a condenação de Silvio Berlusconi por fraude fiscal estar a prejudicar o esforço do governo em estimular uma economia que mostra sinais de estar ressurgindo duma recessão de dois anos”

1 comentário:

Anónimo disse...

Nicolle,o quÊ?Minetti?C'a ganda nome :)