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segunda-feira, setembro 30, 2013

Falsa oposição "ganha eleições" e ajuda a devorar as vítimas da Dívida

Em teoria, segundo as estatisticas do PIB per capita, cada português em média ganha 15.603 euros por ano. A Noruega, que não aderiu à União Europeia, mantém um Banco Central que emite a sua própria moeda, não tem auto-estradas nem TGV`s, nem "ajudas financeiras" proporciona a cada cidadão norueguês um rendimento de 79.254 euros anuais. Segundo os dados do Global Wealth Report 2013, Portugal é 3º o país mais pobre da zona Euro (apenas à frente da Eslováquia e da Estónia). A dívida pública nacional é de 130% do PIB e Portugal precisa de fazer reembolsos dessa dívida de 15 milhões de euros por ano até 2016. Assim sendo, com a população a abster-se (46,74%) ou a votar como sempre maioritariamente nos 2 partidos que reduziram os portugueses a esta situação, porque é que esta noite há tanta gente a bater palmas e a dizer:
"Ganhámos!!"..?

No embuste continuado de eleições formais para uma democracia económica que simplesmente não existe, o Governo tem batido records de manipulação da opinião pública, carpindo-se de ser quase impossivel o "regresso aos mercados" sendo essa a causa de todos os nossos males. Mas o que nos afecta de facto é a vegetativa existência de uma falsa oposição dita de esquerda que no essencial colabora no embuste. Entre eles esta suave discordância com o Governo: Vem aí o 2º Resgate e a culpa não é do Tribunal Constitucional", um aviso do Congresso das Alternativas
Ai então o "regresso aos mercados" é que seria bom?... e lembre-se o livro "O Capitalismo Total", prefaciado por Alfredo Barroso, onde se afirma que "os mercados" não são outra coisa senão o máximo de 300 milhões de accionistas dos grandes capitais privados que investem globalmente"

Com a máxima consideração pela aguerrida posição de esquerda do Dr. Alfredo Barroso (durante uma década chefe da Casa Civil do presidente Mário Soares) contra a opção neoliberal do Partido dito Socialista ao concordar em tudo com o pagamento integral da dívida (desculpe se há engano) ... convém não ignorar que há mais mundos, para além do Neoliberalismo neoconservador e do Liberalismo de cariz social democrata que quer "renegociar a dívida". Há quem simplesmente tenha opções politicas que negariam pagar uma dívida que é odiosa e nem sequer foi auditada, que ninguém sabe quem a contraiu, em que condições, qual o seu montante conciso e a quem beneficia o negócio do endividamento a juros. E a tudo isto o PS, como a outra face deste governo, diz nada...

curiosidades sobre o estado da Nação:
* Apoiantes de Isaltino Morais festejam junto à prisão da Carregueira. Centenas de carros passaram junto ao estabelecimento prisional a buzinar. Apoiantes gritam "Isaltino, Isaltino!"
* Democracia? o que António Costa não disse foi que 55% dos municipes de Lisboa não votaram
* Abstenção, votos brancos e nulos e os candidatos independentes somaram mais de 51% de todo o universo eleitoral. "Somadas as votações de todos os Partidos Políticos, estes não representam já nem sequer metade dos portugueses"
* Coligação PSD/CDS na área de residência de Passos Coelho, freguesia de Massamá, obteve 15,01% dos votos. Em 2009 o PSD havia obtido 45,32%.

domingo, setembro 29, 2013

se as eleições sob a pata da classe possidente resolvessem alguma coisa já teriam sido proibidas...

"Esta campanha eleitoral superou as minhas expectativas, porque sinto que há uma relação de confiança que se estabeleceu entre os portugueses e o PS", sustentou António José Seguro em declarações à agência Lusa. "Já fiz imensas campanhas e, nesta, em vez de ser eu a dizer às pessoas que conto com elas, são as pessoas que me dizem força, precisamos de si, não desista, isto só lá vai quando o senhor for primeiro-ministro"

Esta é a opinião propagandistica de mais um Boy saído das Juventudes do Bloco Central, "mais um que não sabe o que é a vida real, mais um que nunca fez nada na vida para além da baixa politiquice. É mais um para quem o mundo é o que se passa em gabinetes, em acordos de corredores, em promessas de tachos e oferta de favores. O futuro deste país passa por uma mudança real de politicas e não por substituir simplesmente o palhaço do circo".
(via We Have Kaos in the Garden)

em actualização
Autárquicas | Abstenção entre os 38% e os 43% [projecção após o encerramento das urnas - via RTP]

Futebol Clube do Porto em vias de ganhar a governação da Câmara Municipal do Porto

sábado, setembro 28, 2013

Dia de Reflexão

A capa de um jornal de referência de hoje é um bom exemplo de mau jornalismo. Na capa faz-se uma afirmação peremptória: "A União Europeia já decidiu que Portugal será levado a pedir um 2º resgate". Abre-se o jornal e no corpo da noticia o tom passa a ser o de uma mera suposição: "Bruxelas vê um 2º resgate como inevitável"...

Nada que pudesse de facto estar garantido se Portugal não tivesse um governo, que antecedeu outro, que venderam antecipadamente a soberania nacional do povo português a interesses estrangeiros. O que fica desta história...
... é em boa verdade desta história é o frete que o jornal fez a Bruxelas ao servir de papel de suporte de propaganda - ameaçando o povo português com o medo de mais e mais gravosas medidas de austeridade - em vésperas de eleições. Uma noticia que serve de bandarilha à vitima, que no dia a seguir vai morrer na mesma arena de sempre (o parlamento burguês), com as novas medidas que vão ser anunciadas. Daí a preocupação do tipo que está no lugar de Presidente: "têm de ir todos votar" para nós termos legitimidade para vos roubar. "Senão vamos rever a legislação que rege os actos eleitorais"... obviamente com o acordo dos nossos amigos ditos socialistas. Face a estas práticas ameaçadoras, a única leitura nacional a extrair do acto é que só há uma diferença entre PSD/CDS e PS: o dinheiro roubado é distribuido por grupos de pessoas diferentes   

Garcia Pereira sobre a situação política actual


as Autárquicas
Como se sabe a CNE proíbiu comentários eleitorais nas redes sociais em "periodo de reflexão". Como não há nada para reflectir - como notou Bertolt Brecht: "o que os malfeitores da vida pública mais querem é que continuemos a omitir-nos da vida pública" - aqui se apela ao voto no PCTP/MRPP

sexta-feira, setembro 27, 2013

se a chamada Economia Paralela pagasse impostos, Portugal passaria a ter um Défice de 0,85%

Um estudo agora divulgado pelo Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF) dá conta que o peso da economia paralela voltou a aumentar em 2012 para 26,74% do PIB, o equivalente a cerca de 44 mil milhões de euros, ou seja, mais de metade do valor da "ajuda" a juros da Troika. "Se nada for feito, haverá nova subida em 2013" - sugerindo o Obervatório que sejam tomadas medidas através de uma justiça mais rápida e eficaz, criminalizando o enriquecimento ilícito, advogando o combate às empresas-fantasma que declaram contabilidades fraudulentas. (ler mais)

Não se pense contudo que a economia paralela é produto de pequenos intrujões que vigarizam o Estado e a sociedade pela via da fuga ao pagamento de impostos. Não são os biscateiros, os donos de tasca ou os pequenos empresários sempre na corda bamba que fogem a passar facturas. O Estado e a Sociedade são lesados pelos grandes vigaristas que usam e sugam os bens sociais mas fogem com os capitais para fora do país para não pagar impostos (praticamente todos os cotados do PSI20) - e a esses o Estado, no seu actual estado, conhece-os bem. Convive com eles, senão está subjugado por eles. A tal ponto que em 2010 o Estado fez aprovar uma Lei especial pela qual "os contribuintes que tinham posto dinheiro ilegalmente fora do país podiam trazê-lo de volta, sem perguntas incómodas e pagando um imposto de apenas 5%", ou seja, um autêntico perdão fiscal feito à semelhança de outros perdões concedidos por anteriores governos.Um dos grandes beneficiários do golpe foi o BES, que hoje, face às múltiplas indiciações em processos judiciais, vem dizer que "está tudo regular e esclarecido"

É neste contexto, e na disputa de influências e zanga de comadres entre o maior banco transnacional sediado em Portugal e os capitais angolanos refugiados fora do seu país, que chegam ao conhecimento público alguns dos sinistros meandros das economias paralelas a nivel global. E já agora, pretexto igualmente para uma lufada de ar fresco nos meios de comunicação mediáticos nacionais.

Parte do Editorial do Jornal "i" de 26 de Setembro

quinta-feira, setembro 26, 2013

campanha de manipulação de tachos autárquicos

Como diz no seu artigo de hoje Manuel Loff: "Vereadores? programas de governo nos pelouros? esqueçam! concentrem-se nos 308 Senhores doutores Presidentes de Câmara, e em mais alguns milhares de Senhores Presidentes de Junta de Freguesia".

Com vergonha de se assumirem como candidatos, ostentanto o simbolo dos seus partidos junto à sua cara, 54% dos "movimentos de cidadãos independentes" têm origem em tricas de dissidentes com as direcções dos seus partidos.  Promessas há-as para todos os gostos, a mais ridicula de todas será o convite a Woody Allen, seguindo a deixa do vice 1ºministro, de realizar um filme em Portugal: e promete o candidato à Câmara do Porto: "se for coisa que custe 3 ou 4 milhões de euros não hesitarei em oferecê-los"ao judeuzinho psicotrópico dos filmes - é de bom tom (para a Banca), de quem deixa os três mandatos à frente da Câmara de Vila Nova de Gaia com o maior nivel de endividamento do país! 

Clique para ampliar
Outra jogada recorrente, desta vez vinda da chamada "esquerda," é o caso da Câmara de Sines, onde o actual presidente, depois de cumprir três mandatos (um pelo P"C"P e dois como independente) e na impossibiidade de se recandidatar, se propõe agora para presidir à Assembleia Municipal, enquanto para presidente da Câmara vai a votos uma jovem moçoila clonada de si próprio.

No meio disto tudo, ainda a proposta mais atinada vem do auto-intitulado "formador de ninjas de Gaia" (que tem um seu neto ainda bebé na sua lista) quando afirma: "não vou pactuar com mentes malignas"...

quarta-feira, setembro 25, 2013

A aventura dos Neocons na Síria: entrada de leão, saída de sendeiro

Os Estados Unidos atacaram de facto a Síria no dia 3 de Setembro, mas a Rússia impediu que os mísseis disparados da base militar espanhola de Rota sob o controlo da NATO atingissem Damasco. Foi aí que começou o xeque-mate ao governo Obama e aos neoconservadores belicistas que o controlam.

Naquela manhã, o ministro da Defesa russo leu uma declaração pública omitindo dois pontos fundamentais: de onde tinham vindo os mísseis e para onde se dirigiam. Essa omissão teve dois objetivos, disse o chefe dos serviços de informação russo ao seu colega estadunidense numa comunicação feita momentos depois do ataque contra a Síria ter sido lançado - e interceptado: "Atacar Damasco é atacar Moscovo", disse então o oficial russo. "Omitimos a verdade na nossa declaração oficial para preservar as relações entre o nosso país e os Estados Unidos e para evitar a guerra. Portanto, vocês devem reconsiderar agora mesmo as vossas políticas, abordagens e intenções em relação à crise síria, assim como podem estar certos de que não conseguirão eliminar a nossa presença no Mediterrâneo". Foi nesse momento que o governo dos Estados Unidos pediu que Israel se responsabilizasse pelo lançamento dos dois misseis - e que, literalmente, sentiu o chão a fugir-lhe debaixo dos pés... até que surgiu uma declaração oficial dos israelitas, que dizia que "os misseis teriam sido disparados no contexto de um exercício militar conjunto EUA-Israel, e que tinham caído no mar, nada tendo a ver com a crise síria". O que foi prontamente desmentido por uma fonte diplomática citada pelo diário árabe As-Safir

A fracassada intenção de atacar o povo Sírio é um episódio que marca, decididamente, o principio do fim dos Estados Unidos como hiperpotência imperialista num imaginado e sonhado mundo unipolar sujeito a uma nova ordem ditatorial.

Kerry dá o mote a Ban-Ki-Moon
Aproveitando a gaffe do grotescamente inepto e arrogante secretário de Estado John Kerry ("a única saída para a Síria será entregar todas as suas armas quimicas, o que obviamente não fará") Vladimir Putin e o seu secretário para os Negócios Estrangeiros Sergei Lavrov propuseram de imediato isso mesmo: a entrega para controlo pela ONU de todas as armas quimicas existentes na Síria. Sabendo-se, como os Estados Unidos e os seus cúmplices sabem, que as armas quimicas usadas no massacre de Agosto nos arredores de Damasco foram usadas pelos rebeldes patrocinados pelos EUA com a  declarada intenção de provocar um falso pretexto para com uma intervenção militar a partir do exterior destituir pela força o regime pró-socialista que governa a Síria - não tiveram outra alternativa senão aceitar o plano russo para uma solução pacifica para a crise, o que incrimina as forças rebeldes e os divide, a ponto de as diversas facções da oposição já lutarem entre si.

Ban-Ki-Moon coincide com Kerry
Provocadoramente o Ocidente promete continuar a impulsionar os rebeldes na Síria, enquanto a Rússia diz que eles devem ser 'obrigados' a juntar-se às negociações de paz. Uma solução política é parte fundamental do “acordo” a ser formalizado na Conferência de Genebra-2 que entretanto foi adiada por meses, quando as forças da oposição síria se lhe opuseram. Entretanto o acordo de desarmamento passou a ser formalizado pelo Conselho de Segurança da ONU, na qual Rússia e China dispõem de direito de veto.

Na carta de Vladimir Putin ao povo dos Estados Unidos oportunamente publicada no New York Times o presidente da Federação Russa foi certeiro: se um País possuir a bomba nuclear ou armas químicas letais torna-se intocável e pode ameaçar quem quiser? - efectivamente, assim parece: uma informação desclassificada pela CIA revela que Israel também possui armas quimicas (fonte); os Estados Unidos é o país que mais incumpre os compromissos assumidos na Convenção Internacional Contra Armas químicas (fonte); a Grã-Bretanha, Israel e os Estados Unidos usaram armas químicas durante a última década (fonte); a Alemanha confirma ter vendido 100 toneladas de quimicos (de uso duplo, civil e militar) à Síria (fonte) e um ex-oficial do Pentágono, Michael Maloof, deu uma entrevista na qual. citando fontes classificadas, afirma que a Al-Qaeda e o Al-Nusra possuem significativas quantidades de gás Sarin na Síria (fonte);

Rebeldes usam IPads para programar tiros de morteiro
Existem provas que apontam para os Rebeldes como autores do ataque com armas quimicas, mas estas foram ignoradas pela Comissão investigadora da ONU chefiada pelo sueco Ake Salstrom (fonte) é do conhecimento geral que a Administração Obama passou por cima de disposições do Congresso que proíbem o fornecimento de armas e dinheiro para terroristas, e abriu os cofres e paióis para o fornecimento de armamento convencional, quimico e meios tecnológicos às forças rebeldes a actuar na Síria (fonte) 

No entanto, após a divulgação a 16/09 do relatório da ONU que confirma a utilização de armas químicas na guerra civil da Síria, Estados Unidos, França e Reino Unido voltaram a afirmar que o ataque foi feito pelo governo de Bashar Al Assad (fonte); de facto, o relatório é inócuo e não atribuiu culpas claramente a nenhum dos lados do conflito (fonte); a Rússia contrapõe que o relatório da ONU não demonstra quem é o responsável (fonte); e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia rematou afirmando que as conclusões da ONU são politizadas e tendenciosas - é neste contexto, depois da Rússia ter declarado haver irregularidades, que se tornou obrigatório tomar a decisão do regresso dos inspectores da ONU à Siria, o que deverá acontecer esta semana...com uma agenda imposta

terça-feira, setembro 24, 2013

Ontem houve festa rija! foi o dia da promessa de regresso aos "mercados"

PSD defendeu que hoje é "um dia histórico", em que Portugal paga "5 mil milhões de euros" de Dívida Pública.



Em abono da verdade, o que o Estado pagou ontem foram as Obrigações do Tesouro (OT) a 15 anos emitidas em 1998 num montante de 5,6 mil milhões de euros, a que acresceram juros de 300 milhões, segundo dados do Boletim Mensal do IGCP. Segundo o Expresso, "até ao final do ano, o Tesouro terá de amortizar mais 3,86 mil milhões de euros que vencem juros de 2,8 mil milhões de euros, de acordo com um levantamento do Citi Research.

a opção politica correcta
... obviamente, para os serventuários de serviço ao endividamento do país isto são apenas trocos - mesmo atendendo a que Dívida portuguesa à Troika já representa mais de 30% do total. (fonte)

"Só no ano passado, o Estado pagou um total de sete mil milhões de euros em juros (e não em amortização de uma Dívida que continua a aumentar - o rácio em relação ao PIB já vai em 123,6% - sendo que 1,5 mil milhões deste total desviado do erário público já foram para pagar à Troika pela "ajuda" dos empréstimos concedidos ao abrigo do memorando assinado entre Portugal e a União Europeia, o FMI e o BCE" (fonte)

leitura aconselhada: "A Conspiração Financeira Internacional" ( “Making the World Safe for Banksters”)

segunda-feira, setembro 23, 2013

para que servem as "eleições" na Alemanha se as grandes linhas da politica europeia já estão previamente definidas?

a Esquerda tem maioria no Parlamento alemão, certo? (não fosse a politica da "esquerda da tanga") Mas, a contracorrente, convém esquecer o Passos, o Portas, a Marilu Albuquerque e o resto da cambada: temos austeridade merkeliana para mais quatro anos - no seguimento da politica "Euro, não sei". Enquanto isso, o indefectivel aliado da Alemanha como potência hegemónica na Europa, François Hollande que representa a "esquerda da tanga", está perto de se tornar presidente mais impopular de sempre da V República francesa.

Voltando à terra, na divisão de trabalho definida em tempo pelos tratado europeus, a história de um pescador de Sesimbra, relatada a propósito do recente estudo "25 anos do Portugal Europeu" é exemplarmente ilustrativa do criminoso embuste do desmantelamento das forças produtivas em países periféricos como Portugal.

Carlos Aldeia, então com 67 anos, face à mirabolante oferta de fundos comunitários de apoio ao abate da frota pesqueira, resolveu aceitar reformar-se e pôr um ponto final na vida da embarcação que dirigiu por mais de 40 anos ao longo da costa portuguesa (doravante maioritariamente ocupada por licenças de pesca concedida a barcos espanhóis). Os tempos dificeis em que o sector mergulhou, levando os mais novos a seguirem outros rumos, tornavam a continuação deste projecto de vida inviável. E então avançou de motu próprio para o inevitável. Hoje, passada quase uma década, reconhece: "O que a União Europeia queria era as licenças, e eu tinha logo cinco...". A candidadura ao abate veio aprovada. Contudo a desilução havia de ser grande. Carlos Aldeia e o sócio, que tinham comprado o barco nos anos 70 por 110 contos, receberam 133 000 euros de compensação, mas foram logo surpreendidos com a retenção de 30 000 euros por parte da Direcção-Geral das Pescas. Sobre os restantes 100 000, as Finanças cobraram 36% e ainda foi preciso destinar 15 000 euros para IRS e mais 7 500 para dar baixa da empresa. No final, "o abate do barco deu 17 500 euros para cada sócio". E quando aos "filhos que tiveram de procurar outros rumos" em vez de seguir a actividade tradicional da familia... vieram amargamente a constatar que  a escolha de emprego em Portugal está condicionada à prestação de serviços na área de recepção a turistas ricos da Europa. (Fonte DN)

sábado, setembro 21, 2013

demolindo o Estado Social pela via da redução dos Salários

Obter os mesmos efeitos de uma depreciação cambial alternativa, impossivel dentro do Euro, para aumentar a produtividade através da redução de salários não é um raciocinio válido.

De uma forma geral, esta opção atinge indiferenciadamente tanto os bens transacionáveis como os não transacionáveis. Ora a a construção de Edificios (bens e serviços não transaccionáveis protegidos da concorrência internacional), como a "indústria" da especulação Imobiliária, adstricta à construção civil, está em crise, perdendo uma média de 198 empregos por dia, enquanto a Produção do sector exportador tem um conteúdo de salários de apenas 30% do seu valor total. 

Quer dizer, desmontando a vigarice cavaquista, pela qual estão conluiados tanto PS como PSD, reduzindo o que seria uma enormidade de 20% aos custos salariais obter-se-ia uma melhoria de produtividade de apenas 6%

Persiste a intenção de forçar a formação de uma maioria de 2/3 que permita alterar a Constituição, no sentido de estabilizar o regime de salários de miséria. O povo português está a ser vítima do maior embuste de toda a sua História 

sexta-feira, setembro 20, 2013

O que acontece não é uma oposição entre “esquerda e direita” – é a oposição do Estado contra Ti

Duas noticias de hoje: 1. a Reserva Federal dos Estados Unidos vai manter a ajuda à economia emitindo 85 mil milhões de dólares por mês (gerando uma inflação que exporta para todo o mundo, através dos "mercados") até o desemprego baixar para uma taxa aceitável de 6,5%, ao mesmo tempo que mantém as taxas de juro dos empréstimos bancários próximas de ZERO (até aos 0,25%). Enquanto isso, 2. Portugal (as Elites que submetem o total da população) obrigam-se a pagar Juros sobre o seu endividamento que já ultrapassam os 7% e os "Mercados" nem sequer aceitam investir em mais dívida portuguesa, enquanto o desemprego se mantém nos 17% e a moeda que usa, o Euro, não pode ser emitida pelo BCE para emprestar directamente ao Estado. Pergunta: qual é a vantagem que o esCavacado Estado português retira de ser um fervoroso aliado dos Estados Unidos?

Uma sociedade que não se organiza a partir da base,
cuja indiferença recusa ver e investigar a verdade, 

que recusa aprender que o Governo e os Media mentem rotineiramente 
e fabricam a ilusão de que existe uma oposição entre contrários para factos verificáveis, 

é uma sociedade que escolheu e merece a Policia do Estado ditatorial que recai sobre ela

quinta-feira, setembro 19, 2013

Musicas de Fujian


A provincia de Fujian, no sudeste da República Popular da China, é famosa pelas suas culturas de chá e pelo festival anual que lhe é dedicado com um desfile de embaecações engalanadas no rio Min. A cidade de Fujian é igualmente famosa pelas suas casas comunitárias primitivas de Hakka. Hoje é uma metrópole moderna com edificios ao melhor estilo do que se faz em arquitectura do vidro e aço. Culturalmente tem uma história milenar; cultura através da qual, graças à visita de uma delegação artistica daquela região chinesa a Portugal, ficámos a saber que a famosa ária de "Liu Signor Ascolta" na ópera Turandot da autoria Giacomo Puccini foi afinal plagiada de uma velha canção chinesa que fala de paz e amor - mas o compositor italiano, ao melhor estilo dramático Ocidental associou a personagem de Liu à Morte

quarta-feira, setembro 18, 2013

Neoliberalismo neoconservador: os sociais-tecnocratas encarregados de vender a pataco tudo o que é português perderam a noção de decoro


"Almerindo Marques afirmou na Comissão de Inquérito Parlamentar que a técnica responsável pelo parecer positivo do Instituto de Gestão e do Crédito Público (IGCP) a um swap das Estradas de Portugal foi precisamente Maria Luís Albuquerque, a actual ministra das Finanças que mais tarde defenderia o seu cancelamento". Noutro caso que envolve a CP a ministra deu igualmente parecer favorável à contratação de swaps. O caso é de tal forma ridiculo que levou o lider Parlamentar de uma das facções do P"SD" a afirmar que "Mentir numa comissão de inquérito é crime (...) mas a ministra nunca mentiu (...) e então ameaçam processar os mentirosos que afirmam que a ministra mentiu". Quem não é caguinchas é Ana Sá Lopes, que em editorial do jornal i afirma peremptoriamente:
A ministra mentiu vergonhosamente. O passado da ministra das Finanças em matéria de swaps tornou-se grotesco

Estado vai devolver Hospitais às Misericordias em 2014 (II)

Adenda - afinal, segundo uma noticia de hoje, não são apenas 3 ou 4 Hospitais, como se sugere no post anterior, que vão ser desnacionalizados, são 30 unidades de saúde:
Os hospitais nacionalizados no pós-25 de Abril podem começar a ser devolvidos às Misericórdias no próximo ano. A lista inclui cerca de 30 unidades de saúde. As primeiras negociações devem começar já em Outubro.
 
Adenda - afinal, segundo uma noticia de hoje, não são apenas 3 ou 4 Hospitais, são 30 unidades de saúde:  
Os hospitais nacionalizados no pós-25 de Abril podem começar a ser devolvidos às Misericórdias no próximo ano. A lista inclui cerca de 30 unidades de saúde. As primeiras negociações devem começar já em Outubro.

Sob o diáfano manto da crendice em fantásticos seres extraterrestres (por exemplo Deus e outros Duendes) a "Santa Casa" oculta interesses bem terrenos de tribos descendentes da macacada, que sobrevive do esbulho do Estado
Dir-se-á que as Santas Misericórdias não têm nada a ver com a Igreja. Pois não, assim como Jesus (enquanto menino) não tem nada a ver com o Pai Natal. Além do mais esta Casa será "Santa" por obra e graça de um mistério, talvez de algum ancestral avoengo, por exemplo, de Abraão que, segundo a Bíblia, morreu aos 950 anos de idade...

Nada disto tem a ver com serviço ao utente, mas sim com a demissão do Estado como garante da prestação de serviços públicos e com a utilização de instituições duvidosas para encobrir actividades desse mesmo Estado que não são transparentes

Segundo o programa "Mercado da República" a instituição presidida pela eminência parda Pedro Santana Lopes (depois do flope como primeiro-ministro subiu na vida como qualquer "competente" barão do PSD), a Santa Casa... foi o segundo organismo com mais contratos e o primeiro em volume de despesa, entre os 1209 contratos publicados no portal Base apenas em 5 dias, entre 29 de Agosto e 4 de Setembro. Neste periodo foi encontrado um contrato de consultoria técnica ao Siatema Integrado das Redes de Segurança e Emergência (Siresp), que tanta polémica suscitou em 2005, quando foi adquirido por 485 milhões a um consórcio liderado por Daniel Sanches, que antes de entrar para o governo representava a holding Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a dona do BPN (1) já na recta final do Governo Santana Lopes, já depois de ele saber que ia ser demitido.

As linhas que ficaram atadas, mesmo sabendo-se da corrupção

"Questionado pelo i sobre o objectivo em concreto deste contrato e que tipo de consultoria técnica é que o SIRESP necessita neste momento, a porta-voz do ministro Miguel Macedo começou por explicar que o valor de 111 088,25 euros "é o valor máximo que o contrato pode atingir por um período de dois anos e meio, contabilizando eventuais renovações (que até podem vir a não ocorrer)." Este ano, o contrato tem "apenas o valor de ? 34 913,45 (+ IVA)."
(1) Escândalo atrás de escândalo! Mais uma cena canalha para a triste história da Justiça em Portugal: Estando José Oliveira Costa em «prisão domiciliária» no chamado «processo do BPN», como é possivel que a JUSTIÇA PORTUGUESA não consiga notificar o «preso domiciliário» no processo do caso Homeland que julga Duarte Lima? (Alfredo Barroso) - (noticia no Negócios)

"Luvas", desenho a carvão de Lopez Garcia

terça-feira, setembro 17, 2013

Estado vai devolver três ou quatro hospitais às Misericordias em 2014

"a cedência é feita sem concurso público, explicando o ministro que “o que está previsto é a possibilidade de acordo com os anteriores proprietários e que são os donos dos edifícios”. (fonte)

e os felizes comtemplados com a reprivatização de mais um serviço público que já havia sido nacionalizado são só um: a Santa Casa da Misericórdia actualmente gerida por esse ultra da competência que dá pelo nome de Pedro Santana Lopes 
uma tal circunstância representa a obrigatoriedade do utente quando necessitar de serviços de saúde nesses casos de "casas santas de saúde" a encomendar-se às alminhas - uma regressão de 300 anos - como então se usava à entrada do paciente: "o Excelentissimo Senhor Cardeal Patriarca concede 200 dias de indulgências a quem saudar a Nossa Senhora da Salvação"  

decerto uma alegoria ao lauto repasto do abade, consolo da barriga de freira

segunda-feira, setembro 16, 2013

as Autárquicas e a Vingança das Televisões, obrigadas por lei a cumprir serviço público

(...) já que não nos deixam fazer a discriminação que queremos, então não fazemos cobertura da campanha eleitoral!" (uma queixa formal, tanto em termos constitucionais como juridicos, está neste momento em curso)

"Desde 2009 que a CNE tem sido mais exigente no cumprimento da lei que tem já muitos anos, depois de providências cautelares interpostas em tribunal e ganhas pelo MEP - Movimento Esperança Portugal e pelo PCTP/MRPP para terem assento nos debates televisivos - este último partido acabou depois por não aparecer nos debates" - o jornal Público quando afirma que o MRPP não compareceu aos debates mente descaradamente (com o espirito de filha-da-putice que pode caracterizar um pasquim de uma grande cadeia de consumismo comercial ), porque não esclarece que esses debates seriam agendados para as três e quatro da madrugada, hora a que não haveria nenhuma audiência para os ver. Querem fazer dos eleitores gente parva?

Na verdade toda a gente percebe hoje que as raizes da Censura sobre o tema "eleições autárquicas" radica no famoso triângulo Banca-Poder Local- Construtores de Bens não Transaccionáveis, ou seja, nas teias da corrupção e compadrio que favorecem a especulação imobiliária! ao invés de Portugal poder progredir com investimentos na Produção de bens transaccionáveis que equilibrariam a nossa balança de pagamentos. Em termos gerais é esta a linha principal para a compreensão da "crise". Para se compreender os pequenos nadas que os Medias fazem andar por aí a flutuar à flor da opinião pública

domingo, setembro 15, 2013

2º Livro da Trilogia de Shlomo Sand: "A Invenção da Terra de Israel”

Num velho recorte de jornal de 1917 o judeu britanico Isaac Don Levine expressa o seu desejo da criação de uma nova nação chamada Palestine, a nova Judeia, a partir da contribuição militar da Grã-Bretanha para a implosão do Império Otomano (o artigo completo pode ser lido aqui)

Neste segundo volume da sua trilogia sobre estudos judaicos, Shlomo Sand explora como a “Terra de Israelfoi inventada e desmascara a mitologia nacionalista-sionista popular. Em 2009, Shlomo Sand publicou A Invenção do Povo Judeu (nunca traduzido para português), no qual afirmou que os judeus têm pouco em comum uns com os outros. Não existe uma linhagem ética comum em virtude do elevado índice de conversão na antiguidade. Também não têm uma linguagem comum, pois o hebraico era unicamente utilizado para efeitos litúrgicos e não era nem falado no tempo de Jesus. O ídiche era somente utilizado pelos judeus asquenazes. O que resta para os unir? Religião? Mas religião não cria um povo – vejamos o caso dos muçulmanos e dos católicos. Além de que muitos dos judeus não são religiosos. Sionismo? Não passa de uma opção política: alguém pode ser escocês e não ser partidário do nacionalismo escocês. Além de que muitos judeus, incluindo sionistas, não têm a mínima intenção de “retornar” à Terra Santa preferindo permanecer em Londres, Brooklyn ou onde seja. Por outras palavras, a designação de “Povo Judeu” é uma construção política, uma invenção. Agora, Sand diz-nos neste segundo volume, daquilo que será uma trilogia, que mesmo a ideia de “Terra de Israel” foi inventada. O terceiro volume da trilogia será “A Invenção dos Judeus Seculares”.

A “Terra de Israel” quase não é mencionada no Antigo Testamento; a expressão mais frequente é Terra de Canaã. Quando é mencionada, não inclui Jerusalém, Hebron ou Belém. “Israel” bíblica é somente Israel Norte (Samaria) e jamais existiu um reino único e unido que incluísse a antiga Judeia e Samaria.

Mesmo que tal reino alguma vez tenha existido, não é um argumento válido para reivindicar um estado após mais de 2000 anos. É uma ironia da História que tantos sionistas, muitos deles seculares e socialistas usem argumentos religiosos para sustentar as suas teses. Além disso, o relato bíblico deixa bem claro que os judeus, liderados por Moisés e depois por Josué, foram colonizadores e ordenados por Deus para exterminar “tudo o que respire”. “Destrói-os completamente – Hititas, Amoritas, Cananeus, os supostos Ferizeus, Hivitas e Jebuseus - como o Senhor vos ordenou”. Imagem se os Amoritas voltassem para reclamar a sua antiga terra. Se o fizessem, isto é o que Deuteronômio 20 tem a dizer: “Passem pela espada todos os homens … Quanto às mulheres, crianças, gado e tudo o mais… podem tomá-los para vós como pilhagem”. Hoje em dia, uma injunção deste tipo iria levá-lo directamente para o Tribunal Penal Internacional.

A incerteza quanto ao que constitui exactamente a “Terra de Israel” perdura até hoje. Existe um estado de Israel reconhecido internacionalmente com fronteiras claramente definida (A Linha Verde de 1967 resultou da expansão que se seguiu à guerra de 1948) e existe a “Terra de Israel” cujas fronteiras dependem de quem está a falar; para alguns isso inclui toda a Cisjordânia, para outros toda a Jordânia. Para muitos, inclui parte da Turquia, Síria e Iraque, pois Deus prometeu a Abraão e aos seus descendentes “esta terra, desde o rio do Egipto até ao Eufrates”.

No judaísmo tradicional não existe qualquer determinação de “regresso” à “Terra de Israel”. O ritual “próximo ano em Jerusalém”, que faz parte da oração do Sêder de Pessach, nunca foi uma chamada para reivindicar ou reconstituir um Estado.

No século XIX, aqueles que defendiam o “regresso” dos judeus à Terra Santa eram mais cristãos sionistas que judeus. Lord Shaftesbury, um Tory compassivo que contribuiu para a melhoria das condições de loucos em asilos e crianças nas fábricas (The Ten Hours Act, 1833), lutou incessantemente para promover uma presença judaica na Palestina. Shlomo Sand descreve-o como um Theodor Herzl antes de Herzl, e com razão pois parece que foi Shaftesbury quem criou a famosa frase “Uma terra sem povo para um povo sem terra”. Claro que ele tinha a esperança que os judeus se convertessem ao cristianismo. Lord Palmerston, do lado liberal, também se entusiasmou com a ideia, não por se importar com os judeus (ou cristãos), mas porque pensava que se os judeus britânicos colonizassem uma parte do Império Otomano, isso aumentaria a influência britânica.

o sonho Sionista do Grande Israel em 1948 incluia a Síria
Nessa altura, poucos judeus eram sionistas. Quando perseguidos, como aconteceu no Império Russo, preferiam fugir para as novas terras de emigração, como a Argentina ou os Estados Unidos, do que para a Terra Prometida. O que terá feito possível o “Estado de Israel” não foi a promessa de Deus, mas sim o Holocausto e a relutância ocidental de providenciar refúgio aos sobreviventes.

Grande parte do que Shlomo Sand revela é conhecido pelos especialistas. O seu feito consiste em desmascarar a mitologia nacionalista que reina em grande parte da opinião popular. Também normaliza os judeus, uma vez que desafia a crença no excepcionalismo. O Holocausto foi um evento único, mas a ladainha nacionalista é basicamente semelhante em todas as nações – quase um género literário em si – pois está dividida entre um sentido lacrimoso de vitimização e auto-piedade e um conto ufanista de feitos heróicos.

Autor: Donald Sassoon, um judeu Anti-Sionista, é professor de História Comparada da Europa na Faculdade Queen Mary da Universidade de Londres.
Fonte original: http://www.guardian.co.uk/books/2013/apr/18/invention-land-israel-shlomo-sand 
Traduzido por Sionismo.Net

sábado, setembro 14, 2013

"Só pagamos a dívida se quisermos" (mas pagamos, "reestruturando-a" com mais tempo e mais dinheiro)

"Não devemos negar totalmente a dívida. Devemos é dizer que os compromissos do Estado português para com os cidadãos e a coesão da sua sociedade são mais importantes do que as obrigações com os credores externos. Do ponto de vista ético e moral, as dívidas devem ser pagas, mas estamos a adiar o inevitável, porque o que não pode ser pago não vai ser pago. Seriam necessários orçamentos excedentários, durante várias décadas, para que Portugal conseguisse amortizar a sua dívida. É impossível pagá-la sem entrar numa trajetória de empobrecimento. Deve-se estabelecer, mediante acordo, qual o montante a pagar e as condições (prazos, juros), mas esta questão não está presente no discurso dos líderes europeus. Possivelmente teremos de nos impor unilateralmente, invocando um estado de necessidade. Devemos estar preparados para as eventuais retaliações que daí possam resultar, que é possível que impliquem a saída do euro"  

(entrevista com Alexandre Abreu economista do Congresso das Alternativas)



sexta-feira, setembro 13, 2013

Evasão Fiscal - O assalto do século


Imagine um mundo em que você pode escolher se quer pagar impostos ou não, continuando a beneficiar de serviços públicos de qualidade (saúde, educação, segurança, transportes ...) pagos por outras pessoas. Este mundo existe: é o nosso. Hoje, as empresas podem contabilizar biliões de lucro e não pagar um único euro de imposto. Bem como os contribuintes ricos têm todas as oportunidades para esconder sua riqueza lá fora ao abrigo do sigilo bancário suíço ou de contas domiciliadas em Jersey. A evasão fiscal tomou tais proporções que agora ameaça a estabilidade dos nossos Estados. Entre 20 a 30 triliões de dólares estão escondidos em paraísos fiscais, o equivalente a dois terços do endividamento dos paises globalmente!

O saque das nossas riquezas públicas

Xavier Harel, jornalista e autor de “A Grande Evasão” (The Great Escape) sobre o escândalo dos paraísos fiscais, leva-nos até às Ilhas Cayman, ao Estado de Delaware nos Estados Unidos, Jersey, Suíça e à City de Londres no Reino Unido para nos ajudar a descobrir a indústria da evasão fiscal. O autor desmonta com humor as saborosas manigâncias de multinacionais como a Colgate, Total ou Amazon para evitar o pagamento de impostos. Critica igualmente o papel de grandes (e pequenas) empresas de consultoria como a KPMG, Ernst & Young e Price Water House Cooper no saque de riquezas que são de todos. Finalmente revela o incrível cinismo de bancos como o UBS e BNP que foram socorridos com dinheiro público, mas continuam a oferecer as suas soluções para os seus clientes ricos se furtarem aos impostos. Mas a evasão fiscal tem um preço. Na Grécia, Xavier Harel mostra-nos como um país europeu caiu na bancarrota por causa da sua incapacidade para aumentar os impostos. A falência ameaça-nos a todos, se nada for feito para acabar com estes incríveis privilégios actualmente usufruidos por grandes empresas e trapaceiros ricos.

Exprimente ver pormenores do esquema neste canal interactivo

O documentário será exibido no Canal Arte no sábado dia 14 às 11.30. Repete terça-feira 24 às 8.55

Para aprofundar o tema: 
"O Dinheiro Secreto dos Paraisos Fiscais" por Sylvain Besson

Onde não se diz uma palavra sobre o não pagamento da Dívida especulada a partir do Euro

o resto da verdade no livro funciona, apenas como meia-verdade:

Desde 1891 o Estado controlava a emissão de moeda e de notas em papel através de um Banco Central, que por sua vez era controlado por ele. A legislação limitava normalmente a enissão monetária em função das reservas de capital do banco emissor. A situação em quase todo o mundo ainda permanece assim, independentemente dos bancos emissores serem privados (com aparência de público como nos EUA ou públicos como Banco de Inglaterra embora controlado por privados). 
A excepção é a zona Euro, em que os Estados não controlam a respectiva emissão. Nesta zona, a emissão está a cargo do Banco Central Europeu, uma entidade que não reporta a nenhum dos Estados membros e é, portanto, supranacional. 

Tal situação é totalmente absurda e contribuiu de forma evidente para criar a crise europeia. Segundo outra norma estatutária, ao impedir o BCE de emprestar dinheiro aos Estados, colocou-os nas mãos dos "mercados financeiros" monopolizados por accionistas privados

quinta-feira, setembro 12, 2013

o IMI, a AGUA e a ELECTRICIDADE vão colocar 90% da população no limiar da pobreza. Em Portugal, na Europa, no Mundo inteiro.

"Não é concebivel que se gastem energia, recursos e capital social a discutir propostas legislativas que não estão conforme as normas constitucionais". Principalmente depois da aprovação à surrelfa do Tratado Constitucional Europeu, habilmente travestido em "Tratado de Lisboa" para não ser sufragado, que aprova toda a espécie de tropelias em beneficio da banca à revelia dos povos

À privatização das nossas águas, por via de Bruxelas, para além da Empresa Pública Águas de Portugal ter tido 93,8 milhões de lucros em 2012, seguiu-se a "obrigação" para todas as câmaras e freguesias de informarem acerca da existência das fontes e poços em Portugal. O próprio tom desta ordem de Bruxelas foi muito mal recebido em Portugal e um grande número de câmaras e freguesias resolveu simplesmente não fornecer indicações nenhumas. Isto não estava previsto em Bruxelas e não sabem liderar com esta situação, a não ser com maior prepotência. Algumas câmaras entretanto já venderam as suas redes de  fornecimento de água (a Sintra do autarca Seara, por exemplo). A EPAL por sua vez entregou a supervisão dos aditivos para a água fornecida à população a uma firma especializada israelita. Esta controla agora o que a população portuguesa bebe. Esta firma instalou na rede de água de uma cidade algarvia um posto de intervenção com produtos experimentais, onde a população do Algarve nítidamente serve de cobaia.

a ENTREGA DA SOBERANIA A BRUXELAS, em troca de comissões, por alguns abutres, recebidas e canalizadas para contas offshores, é um crime de ALTA TRAIÇÃO. Sujeitar-se a não saber mais o que se está a beber e ficar dependente de especialistas, que cumprem ordens não necessariamente nossas, não é menos grave.

a União Europeia promove a Privatização das Águas, politica que começou a ser experimentada em Paços de Ferreira. Reportagem no canal de tv alemão Ard Monitor.

Legendado em português (clique em CC - 1º símbolo no canto inferior direito do video- janela com 2 riscos para activar as legendas)


quarta-feira, setembro 11, 2013

em prol da Prosperidade da "Nação Árabe" ou do conluio com os Criminosos de Estado Ocidentais?

"Acreditamos que o Mundo Árabe é um único corpo humano... Ele prospera se todas as suas partes forem prósperas" (Sheik Hamad Bin Khalifa al-Thani, ditador do Qatar nos últimos 18 anos que deu apoio às primaveras árabes, mas que permanece lider de uma monarquia absoluta)

ao Oligarca do Qatar saiu-lhe esta frase bombástica (no orgão sionista Time Magazine), que não tem nada a ver com nenhum facto real. O "mundo árabe" está mais pulverizado que nunca. Entretanto sabe-se agora que o video que demonstraria o pretenso ataque quimico em Damasco foi filmado numa espécie de hollywood no Reino do Qatar.

O comprometimento do “mundo árabe” - pretensamente representado pela Casa de Saud, as Dinastias Sauditas, mitologicamente da mesma raiz étnica das tribos israelitas – com a tribo neoconservadora de Washington é de origem contemporânea por via dos “petrodólares” e saiu reforçado dos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001. (1)

os vôos dos Sauditas de regresso a casa após o 11 de Setembro são apenas a ponta do iceberg

A maioria das pessoas sabe da existência de vôos fretados grátis para Sauditas para lhes garantir a segurança, face ao anátema lançado sobre “os terroristas muçulmanos” no regresso a casa logo após o 11 de Setembro. Isto é, enquanto todos os outros vôos ao longo do EUA foram cancelados (incluindo vôos de transporte de órgãos para transplantes.) Mas há uma história muito mais abrangente que nunca foi contada... e que envolve a acção do FBI para encobrir os laços com os terroristas Sauditas.

12 anos depois, todos os “terroristas” suspeitos como "hijackers" do 11 de Setembro estão vivos e de boa saúde. E em 2001 houve mais sauditas a "sair da cadeia” livremente, usando o cartão real saudita. Os hijackers tinham família árabe na Florida? (o Estado então governado pelo irmão Jeb Bush)?

Apenas duas semanas antes do 11/9 os sequestradores dos aviões que embateram contra o Pentágono e as 3 torres do World Trade Center (2), membros de uma família saudita, deixaram abruptamente a sua casa de luxo perto de Sarasota, abandonando um carro novo na garagem, uma geladeira cheia de comida, frutas sobre o balcão "e um cofre aberto no quarto principal. Nas semanas a seguir aos atentados, os “agentes da lei” não só descobriram a casa, como encontraram vestígios dela ter sido visitada depois dos atentados pelos veículos usados pelos sequestradores e que os registos de telefonemas ligavam essa casa e aqueles que realizaram os vôos da morte, "incluindo o líder Mohamed Atta", descobertas que nunca antes foram revelados ao público. Dez anos depois do “ataque mortal de terrorismo” em solo dos EUA, a nova informação surgiu quando o FBI encontrou laços preocupantes entre os sequestradores e residentes nessa comunidade de luxo no sudoeste da Flórida, mas a investigação não foi relatada ao Congresso ou sequer mencionada no Relatório da Comissão que “investigou" o 11/9

O ex-senador Bob Graham, o democrata da Flórida que co-presidiu ao inquérito conjunto bipartidário do Congresso sobre os ataques, disse que estes dados deveriam ter sido divulgados imediatamente quando ocorreram, acrescentando que eles "abrem a porta para um novo capítulo da investigação quanto à profundidade do papel da Arábia Saudita no 11 de Setembro". Nenhuma informação relativa às pessoas nomeadas em Sarasota foi divulgada - "o Departamento de Justiça dos EUA, a principal agência que investigou os ataques, recusou-se a comentar, afirmando que irá discutir apenas as informações já desclassificadas. Os antigos proprietários da Arábia Saudita que viviam na elegante casa, com os supostos nomes de Abdulazzi al-Hiijjii e a sua esposa Anoud, já não podem ser encontrados, interrogados ou envolvidos, nem o agora proprietário Esam Ghazzawi, que é o pai de Anoud, uma vez que os registos mostram que a casa foi vendida em 2003.

fontes:
(1) Site norte-americano "A Verdade sobre o 11 de Setembro
(2) Sabia que uma Terceira Torre caiu no 11 de Setembro de 2001? Sete factos acerca do Edificio 7

segunda-feira, setembro 09, 2013

Demasiado Porcos para Grunhir

A brigada de limpeza ideológica do Governo coadjuvada pelos funcionários camarários do “socialista” Costa removeram algumas pinturas murais da Rua Conselheiro Fernando de Sousa (às Amoreiras, perto de Campolide), conservando outras sem teor politico dissidente. Pensam que com esta acção de Censura removem igualmente a percepção de que o conluio da Banca Comercial de Investimentos com os directórios dos Partidos de Governo (1) é de facto a origem da Corrupção (2) que assola de um modo geral as sociedades ocidentais e a portuguesa em particular 

Para compreender quem tem o Poder de emitir Dinheiro, quer dizer, quem dita a política monetária, determina a disponibilidade de dinheiro em circulação e o valor dos Juros associados à concessão de Crédito… é necessário perceber quem dirige (3) e como funciona a rede global de Bancos Centrais (4).

O laisser-faire do Globalismo de Mercado conduziu a parte do mundo ocidentalizada ao desastre iniciado em 2008. O total das hipotecas sobre o imobiliário nos EUA que estiveram na origem da crise foi estimado em 10,5 Triliões de dólares (5). E este número, com a vista grossa das agências de notação como partes interessadas, foi multiplicado ninguém sabe ainda quantas vezes com o “empacotamento” agregado desses valores tóxicos lançando-os em Bolsa com objectivos especulativos. Na transição da “crise” financeira para a crise económica, estima-se que 14,5 Triliões de dólares, ou seja, 33% do valor das empresas de todo o mundo foram pulverizados pela crise. Os mercados bolsistas caíram drasticamente, os Bancos não puderam continuar a emprestar grandes quantidades de dinheiro, obrigando as empresas a reduzir a Produção, o desemprego subiu em flecha atingindo actualmente o número sem precedentes de 200 milhões de pessoas em todo o mundo.

O valor do resgate aos Bancos nos EUA situou-se nos 9,7 Triliões. Os resgates aos bancos europeus foram de 1,4 Triliões. O resgate aos bancos da Grã-Bretanha 0,9 Triliões. Comparativamente, o Plano Marshall para a reconstrução da Europa no pós-guerra, com valores ajustados à inflação, foi de 0,1 Trilião de dólares…Estes generosos pacotes de resgate permitiram que os grandes Bancos e Grupos Financeiros associados (“ajudados”) perdessem ainda mais dinheiro sem ter de declarar falência. Injectando mais liquidez de forma massiva no mercado, mais dólares, significou uma desvalorização da moeda, originando uma guerra comercial como aconteceu nos anos 30 entre as potências capitalistas (a história repetir-se-á ?). A chamada 2ª Grande Depressão (com inicio em 2008) depois do colapso financeiro transformou-se numa guerra de divisas. A deflação da Dívida dos bancos privados só poderia ser contrariada pela Inflação da Dívida soberana dos Estado (6)
Equacionando os Bancos Centrais emissores e as moedas de referência a nivel mundial, ganha a mais forte: o Dólar, que apesar do seu valor nominal fictício, é a que é que tem suporte económico pela hegemonia na indústria militar (7). O custo imposto aos contribuintes de todo o mundo é verdadeiramente desconcertante: as gerações futuras terão de pagar biliões dos dólares usados para financiar esses pacotes de resgate. (8)
Irónico, quando a razão de ser da FED (e de todos os Bancos Centrais associados) era evitar os pânicos bancários colocando dólares no mercado. Nos anos 70 foram estabelecidos por Lei três objectivos para a FED: preços estáveis, pleno emprego e juros moderados. Sem dúvida, em 1929 não se emprestou dinheiro para salvar os Bancos, e segundo alguns economistas esse foi um erro que agravou a Recessão. Contudo, nessa 1ª Grande Depressão “o Mercado” funcionou: cerca de 5000 pequenos bancos faliram só no primeiro ano de crise e milhões de depositantes, grandes fortunas e comerciantes ricos, perderam o dinheiro dos lucros acumulados.


notas
(1) Dylan Ratigan: “somos governados por políticos comprados”
http://www.youtube.com/watch?v=kFuM_HetPwQ 
(2) Lista dos maiores crimes de corrupção em Portugal 
http://apodrecetuga.blogspot.com/p/dos-crimes-de-corrupcao.html
(3) “The Federal Reserve Cartel: The Eight Families That Stole America”. Então, quem são os accionistas do dinheiro emitido pelos Bancos Centrais? 
http://www.infowars.com/the-federal-reserve-cartel-the-eight-families/
(4) No ano de 2000 [antes do 11 de Setembro] havia apenas sete países sem um Banco Central pertencente a este sistema
http://contradogma.wordpress.com/2013/07/25/o-aviso-i/
(5) Perdas e Resgates nos Estados Unidos e União Europeia 
http://www.globalissues.org/article/768/global-financial-crisis
(6) “Introdução ao Neoliberalismo” de Manfred B. Steger e Ravik Roy, edição em língua inglesa de 2010 
(7) World Military Spending 
http://www.globalissues.org/article/75/world-military-spending
(8) Citação sobre a história da famiglia Bardi retirada de Carlo M. Cipolla