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sábado, março 15, 2014

Deus lhe tenha a Alma em descanso lá no Céu, porque a Dívida essa é Eterna cá na terra

Imagine-se que em vez de 20 anos se passa para 40 anos
Em esquemas sagrados de acumulação de capital ficticio pela minoria de parasitas da sociedade não se mexe. Esta é missa à qual o senhor presidente e respectivos amanuenses de um Estado laico não faltam.

O alto-quadro da ICAR José Policarpo advertia os portugueses para a necessidade de «aguentar a austeridade» defendendo que «o Estado não pode satisfazer todas as reivindicações dos trabalhadores»... sob pena de estragar o negócio do endividamento geral da população em benefício da classe dominante. O cardeal sabia no entanto que há gente capaz de tudo, até de propor um sistema bancário onde os juros e o lucro não fossem principalmente um factor de ganância para os accionistas defendidos pelo governo. E como, por exemplo, a banca no Islão advoga a prática de empréstimos sem usura, o Cardeal apressou-se a avisar as mulheres portuguesas para o «monte de sarilhos» em que se podiam meter se optassem por casar com tipos dessa laia, por palavras suas: «Pensem duas vezes antes de decidirem casar com um muçulmano»... Como é que o povo poderá pôr termo à violência dos energúmenos no poder? - "manifestações, não... são uma corrosão da harmonia democrática", dizia José Policarpo.

4 % de crescimento do PIB e 3 % de superávit orçamental durante os próximos 20 anos é a 'performance' a que Portugal estaria obrigado para reduzir a sua dívida para 60% do PIB e pagar 75% do empréstimo da 'Troika'. Ou seja, para recuperar um estatuto de normalidade face aos mercados e às instituições privadas que emprestam o dinheiro que não é ganho com trabalho. Mas mesmo perante a evidência de resultados absolutamente impossíveis de atingir, não falta quem continue a garantir que os portugueses se vão safar renegociando a dívida

1 comentário:

Anónimo disse...

Este gráfico é esclarecedor. Os números não refletem a dívida verdadeira, pelo menos até 2011, altura em que se teve de incluir as EPE no cálculos, penso eu. Não quero com isto ilibar a facção política actualmente no governo pelo aumento de aproximadamente 20%, pois comcerteza está facção também recorreu ao malabarismo contabilistico de transformar instituições do estado em EPE que assim não fariam parte do orçamento de estado, como foi o caso dos hospitais em 2003 com o governo do Sr. Durão Barroso.