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sábado, setembro 06, 2014

a vontade de rir no Parlamento inglês

Os ingleses riem-se da crise porque, em primeiro lugar, mantêm uma posição de outsider em relação à União Europeia, em segundo lugar, porque têm moeda própria, cujo paridade é obtida em conluio com a moeda de referência global que é o Dólar. Eles riem porque sabem que o Euro é dependente, tanto politicamente através de governantes fantoches,  quanto economicamente, por a Alemanha, que na prática regula a emissão do Euro, ser  uma potência dependente daquelas duas moedas. Quem decide as grandes linhas e as razões de ser destas diferenças?, sendo que, não fosse o fosso abismal entre ricos e pobres na zona anglo-americana e a gestão de paraisos fiscais  o PIB per capita da União Europeia seria superior ao dos Estados Unidos e da Commomwealth?

Desta feita a galhofa chegou à Casa dos Comuns de Londres: "o Bilderberg é um grupo privado que existe apenas com o propósito de organizar reuniões uma vez por ano em diversos países (...) é evidente que não há aqui conspiração nenhuma..."
legendado em castelhano
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o que muda na UE?, formalmente nada

"o Banco Central Europeu surpreende o mercado ao anunciar um novo corte na taxa de juro directora, para o mínimo histórico de 0,05%, e apresentar um novo plano de compra de ativos não financeiros para reactivar a banca e consequentemente a economia.

A baixa taxa de inflação que actualmente se observa na zona Euro resulta da forma como o euro evoluiu entre 1992 e 2008. Como nesses 16 anos iniciais os países do Sul da Europa persistiram em ter taxas de inflação acima da meta dos 2% ao ano (a que obriga os estatutos do Banco Central Europeu), os países do Norte da Europa consolidaram-se nos 1,5% ao ano. Este diferencial desequilibrou as economias europeias, pelo que, em 2008, foi necessário iniciar uma trajectória de inversão do problema (cortando-lhes o crédito) que actualmente faz que os países do Sul tenham de ter taxas de inflação inferiores às dos países do Norte. O problema que se está actualmente a observar é que os países do Norte não saem dos 1,5% ao ano e, por isso, os países do Sul vêem-se obrigados a ter taxas de inflação negativas, o que arrasta a média na Zona Euro para valores próximos de zero. Este dado não seria grave (caso Portugal tivesse capacidade de emitir moeda própria) mas assim precisa ser corrigido porque se afasta muito do objectivo de política monetária do BCE – este banco (que serve a politica monetária segundo os interesses da Alemanha) poderia facilmente resolver a situação imprimindo notas sem contrapartida e dando-as directamente aos Estados para que estes as gastem em despesa pública. (o que está terminante de fazer, de novo pelos estatutos, só podendo emprestar dinheiro aos bancos comerciais, que por sua vez o emprestam aos Estados a um juro superior). Assim, o problema é que, apesar da taxa de inflação estar baixa,,,

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,,, como há muitas notas em circulação, o BCE antecipa elevados riscos de a inflação poder disparar. (e o BCE vai emitir mais 1 bilião delas); e como sempre, os Bancos serão os principais beneficiáriosQuanto à economia portuguesa, não se pode antecipar qualquer efeito significativo das medidas anunciadas porque a dimensão dos estímulos monetários é sempre, em termos líquidos, diminuta em comparação com a dimensão do mercado de crédito - um euro de estímulos monetários compara com mil euros de crédito. E se as medidas em si não têm efeito, o lado negativo é que, pelo dados históricos, a descida das taxas de juro dos bancos centrais anunciam sempre um próximo período de crise”. (decalcado do artigo de Pedro Cosme Vieira, acrescentado por comentários sublinhados por forma a tornar compreensivel o que escreveu no “Dinheiro Vivo”)

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