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quinta-feira, março 12, 2015

baptizada pela nomenklatura do sistema das dívidas eternas, a Troika passa a chamar-se "Grupo de Bruxelas"

A "nova" transmutação para Quinteto é composta por representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE), do Mecanismo Europeu de Estabilidade, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, novidade, do governo da Grécia. Para os apologistas da teoria "traição do Syriza" parece mais do mesmo, mas não é bem. A composição é próxima da que tinha a Troika, mas o Governo de Alexis Tsipras passa a fazer parte da equipa e quer mudar a imagem associada a esta desde 2010, quando os funcionários do BCE, FMI e Comissão Europeia começaram a deslocar-se a Atenas para avaliar as contas públicas e a acção dos ministérios. Ao contrário de Portugal que continua a aceitar servilmente a ingerência directa. A nova aplicação semântica sobre a questão das dívidas soberanas é o contra-ataque da UE para impedir a saída da Grécia do Euro. Há portanto, apesar de tudo, uma concessão que faz toda a diferença: o devedor passa a participar nas decisões a tomar pelos credores - na prática é o equivalente a um direito de veto. Entretanto, convêm lembrar que há uma auditoria à dívida a decorrer no Parlamento grego.... cujas conclusões poderão pôr em causa o pagamento de muito do dinheiro que foi sendo emprestado quase que à força à Grécia com a única intenção de gerar lucros para os tubarões da UE. De qualquer modo bastariam apenas estas duas diferenças para os governantes portugueses se cobrirem de vergonha pelas ordens da Troika que cumprem com o maior dos prazeres

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