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quarta-feira, maio 27, 2015

as Eleições Municipais em Espanha

Na hecatombe eleitoral o partido de Aznar perdeu 2,5 milhões de votos, passando de 37% para 27% de votos e de 26.000 municipios para 22.000. Subsistir ainda tanto lugar de poder entregue a facinoras económicos é uma derrota para os povos ibéricos de expressão espanhola que vêem os corruptos do PP continuar na linha da frente dos governos autárquicos (46,69% em Madrid), e uma vitória parcial porque vê o PSOE tornar-se insignificante e quase desaparecer do mapa. Entretanto, a argumentação do Partido Popular está empenhada em recordar ao povo que são o partido mais votado, que a economia vai bem, no melhor dos mundos… enquanto por detrás deste discurso se desmorona o edificio de mentiras e as pessoas se iludem com promessas de futuro sem a máfia ao serviço dos mercados.

 
Contra os grandes partidos, há uma revolução sem teoria revolucionária, com a emergência de uma miríade de movimentos sociais, coligações, plataformas precarizadas contra a herança neoliberal.

Ada Colau, uma activista ex-portavoz da "Plataforma de Afectados por la Hipoteca" contra os despejos, sempre a contas com a policia de choque, foi eleita presidente da Câmara de Barcelona liderando a coligação “Barcelona en Comú”, que é uma plataforma de cidadãos e dos pequenos partidos “Iniciativa per Catalunya Verds”, “Esquerra Unida i Alternativa”, “Equo”, “Procés Constituent” e “Podemos”. Todos almejam a independência “total” da Cataluña dos bancos, da troika das élites políticas e económicas. Colau denunciou de imediato as "reuniões extraordinarias de última hora" do governo cessante da CiU para adjudicar contratos "de favor" que comprometeriam os orçamentos seguintes.

Manuela Carmena Castrillo à frente da coligação “Ahora Madrid” sucede a Ana Botella no governo da cidade. Carmena é uma advogada que se notabilizou no combate contra os subornos pagos aos agentes do poder judicial. Mas a mulher de Aznar deixa bem atados em reuniões de última hora os contratos no valor de 3.500 milhões de euros adjudicados a um reduzido números de empresas ligadas ao PP, a maioria construtores civis, contratos com prazos que chegam a 12 anos, isto é, por três legislaturas os impostos dos cidadãos são encaminhados para os bolsos de gente corrupta contra a qual os agora eleitos mais não poderão fazer que guerras jurídicas.

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