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sexta-feira, junho 05, 2015

O mundo bilderberguiano de Barroso

Dantes o clube era secretissimo, agora os facinoras económicos perderam a vergonha, já actuam às claras, em plena luz do dia.

O diário Público noticiou em primeira página, na quarta-feira da semana passada, 27 de Maio, que o representante permanente de Portugal no Grupo Bilderberg, o patrão dos Media eex-primeiro-ministro Pinto Balsemão, cargo que ocupa há 32 anos, convidou Durão Barroso para lhe suceder no "steering committee", o conselho director que organiza os encontros anuais do Bilderberg. Este núcleo duro é constituído por 33 filiados no clube, sendo presidido por Henri de Castries, o presidente executivo do grupo Axa, e tem o magnata norte-americano David Rockfeller como conselheiro. "Marcelo Rebelo de Sousa comentou a notícia na TVI. Reconheceu a sua própria participação no encontro Bilderberg de 1997, quando era líder do PSD, e considerou o convite a Barroso como o resultado da influência internacional deste último resultante do exercicio do cargo de presidente da Comissão Europeia. Mais importante, no entanto, é a indicação de que Barroso não será candidato a Belém, pois teria de recusar o lugar “senatorial” no Grupo Bilderberg".

Respigado do jornal "Oje", escrito pelo jornalista Frederico Duarte Carvalho: "Ao contrário do que dizia o artigo do Público, Durão Barroso não teve apenas duas participações em encontros dos chamados “Senhores do Mundo”. Disseram que só esteve nas reuniões de 2003 e 2005. Não. A primeira participação foi registada em 1994, quando Barroso ainda era ministro dos Negócios Estrangeiros, um ano antes de se candidatar, pela primeira vez, a líder do PSD. Esteve depois no encontro de 2003, no ano seguinte a ser eleito primeiro-ministro, e no de 2005, então como presidente da Comissão Europeia. No entanto, esteve igualmente presente no encontro de 2013, em Inglaterra, um ano antes de abandonar o cargo. A próxima reunião está prevista para os dias 11 e 14, na Áustria. Aposta-se que a atual ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, poderá ser uma das convidadas (mas para melhor compreender a lógica dos poderes supranacionais ocultos) "é melhor "começar com o primeiro convite feito a um português, em 1956, ainda no tempo de Salazar. O poder de Bilderberg provocou o fim do Estado Novo e substituiu Salazar por Soares – Marcello Caetano foi um intervalo útil. Depois, a partir de 1983, quando Balsemão assumiu o cargo de membro permanente, o poder político em Portugal foi definitivamente privatizado e submetido aos interesses financeiros de particulares. Por isso, Durão Barroso sabe que o Presidente da República não conta para nada. O cargo pode hoje ser entregue a um Sampaio da Nóvoa ou até a pessoas como Rui Rio, Marcelo ou Santana Lopes. Para Barroso, o melhor e mais influente mesmo é poder ser membro permanente no clube dos “Senhores do Mundo” (artigo aqui)

Na suposta “luta de classes”, actual e praticamente inexistente em termos nacionais nos paises dependentes e tributários do Império, a questão principal é a dependência de toda a Europa do imperialismo norte-americano (via Alemanha, subjugada desde 1945 e onde persistem 179 bases militares dos EUA) sendo que essa "União" é o domicilio para negócios de uma infima casta transnacional que subjuga os povos. Mas todo este sistema se está a desmoronar, e a queda é a partir de cima, pela impossibilidade de gerar mais desenvolvimento face à lei da queda tendencial da taxa de lucro. O capitalismo está condenado (1), e traidores infiltrados como Durão Barroso, só poderão ser banidos pela força do povo armado

(1) Até os ricos, seguindo as directivas do Warren Buffet presentem a catástrofe inevitável. "Empresário alerta que ganância dos mercados e desigualdade de renda levarão à guerra ou revolução nos Estados Unidos. O bilionário Paul Tudor Jones diz que quer repensar o capitalismo. O primeiro passo é perceber que você tem um problema (...) Nos EUA, 1% da população recebe cerca de 20% da renda total do país. "O fosso entre os mais ricos e os mais pobres será fechado (...) seja através de revolução, impostos mais altos ou guerra", disse ele (Carta Capital)

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