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quinta-feira, outubro 29, 2015

e o nosso Barroso lá se vai escapulindo ao pedido de perdão...

Durão Barroso pensa que não tem de dar satisfações à justiça, primeiro porque pensa que os portugueses são mais estúpidos que os outros povos que, benevolamente, votaram criminosos como Blair, Aznar e Bush ao ostracismo - a Durão não, como recompensa pelo servicinho Balsemão nomeou-o para lhe suceder como representante nacional permanente no grupo Bilderberg 
As consequências: esta filmagem através de um drone perto da fronteira da Croácia mostra milhares de migrantes e refugiados que cruzam terras lavradas a caminho do norte da Europa. A Eslovénia queixa-se de carecer de meios humanos e equipamentos para lidar com este recente fluxo de pessoas que atravessam o país fugidas das regiões de guerra no Iraque e na Síria, ambas provocadas pela intervenção das potências imperialistas ocidentais em relação às quais os governos e presidentes neoconservadores de Portugal são subservientes


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Channel 4 News 26 de Outubro


... entretanto, mesmo ali ao lado: "Comissários europeus de Barroso passaram "porta giratória" que liga Bruxelas ao mundo dos negócios, e a partir do próximo ano poderão exercer lobby junto das instituições europeias" (Esquerda.net)

segunda-feira, outubro 26, 2015

O silencioso golpe-de-estado de Lisboa (II)

O artigo de Jacques Sapir, cuja primeira parte se traduziu ontem aqui, foi olimpicamente ignorado pelos Media portugueses, todos propriedade dos Bancos e geridos pela sua máfia de assessores contratados. Quanto ao artigo de Ambrose Evans-Pritchard aqui também citado é na edição de hoje do Público alvo de uma diatribe abjecta escrita por uma pantomineira de serviço. Da tradução do artigo, nada!, nada que possa ser susceptível de informar os leitores. Até parece que Cavaco não criou um precedente perigoso entre os países da UE e é tudo imaginação da malta da rede social twitter… (continuação):

(ampliar)
“Os sucessivos planos de austeridade que têm sido implementadas são destinados a reduzir o valor dos salários, quer falemos de salário directo ou indirecto. No entanto, este decréscimo só poderá beneficiar as exportações na medida em que diminuir ao mesmo tempo o consumo interno. Sempre que uma depreciação da moeda deixa o consumo interno inalterado, é necessário que os ganhos de exportação por meio de planos de austeridade possam compensar as perdas no consumo. Assim, os planos de austeridade serão sempre menos eficazes do que uma depreciação monetária, e pode-se adicionar uma nota de Patrick Artus datada de 2012: "O ajuste da taxa de câmbio dá resultados rápidos; vimos isso no caso de Espanha e Itália em 1992-1993 com o desaparecimento rápido do défice externo e aumentando o desemprego por tempo limitado. Também se viu isso em diferentes ajustes nos mercados emergentes: na Coreia e Tailândia em 1997, no Brasil em 1998". Mas Portugal não pode desvalorizar a sua moeda, logo, a responsabilidade do Euro na situação económica em Portugal é inegável. Mas também o será a responsabilidade das autoridades europeias no caos político e económico que pode ocorrer.

Lições a ser aprendidas 
Muitas vezes falamos de tolerância ao desastre, do cansaço e sofrimento de povos que conduzem à sua rendição ou pior. Na verdade, não existe tal coisa aqui. Os governantes portugueses tentaram aplicar os métodos incutidos pelo Eurogrupo e pela Comissão Europeia e hoje são obrigados a ver que esses métodos não dão os resultados esperados. A votação para as eleições parlamentares é o resultado dessa constatação.
Mas os líderes subservientes ao estrangeiro, ou seja, às instituições europeias, decidiram não o considerar. O que está a acontecer hoje em Lisboa é muito grave, mesmo que seja menos espectacular do que o que vimos na Grécia. A natureza profundamente antidemocrática do Eurogrupo e da União Europeia é de novo afirmada e confirmada - seria cegueira não o ver. No entanto, deixar passar mais tempo pode ser tempo demasiado. Mas para que seja assim, é imperativo que todas as forças determinados a lutar contra o Euro se coordenem nas suas formas de acções. Aqui devemos sugerir o que La Boétie escreveria sobre a servidão voluntária na sua forma contemporânea "as instituições europeias são grandes porque nós os que lutamos pela soberania da nossa pátria estamos divididos"!. Mais do que nunca, surge a questão da coordenação das diversas forças da soberania nacional . Esta coordenação não implica que o que se opõe entre estas forças seja insignificante ou seja colocado entre parênteses. Esta é a lógica de "frentes", como a "Anti-Japonesa Frente Unida" feita na China pelo Partido Comunista e o Kuomintang, sem alianças em sentido estrito, mas que puderam marchar separadamente e atacar juntas. Mas a realidade, por mais desagradável que seja para alguns, é que, enquanto nós não nos podermos coordenar, uma clique minoritária poderá continuar a exercer a sua tirania. E golpe após golpe, institucionalizarem um regime de golpe permanente".

domingo, outubro 25, 2015

“Os tiranos só são grandes porque o povo está de joelhos” (La Boétie)

tirada a papel-quimico do Discurso da Servidão Voluntária" (1574) a natureza profundamente anti-democrática do Eurogrupo e (ilegalista) da União Europeia revela-se pela segunda vez, primeiro com o boicote a um governo de esquerda na Grécia, agora de novo com a não nomeação pelo lacaio-presidente de serviço dos partidos de esquerda para formar goverrno em Portugal. (via Democracia Solidária) . Como já tinha sido notado na imprensa britânica, também Jacques Sapir vem alertar para um precedente que nem os próprios portugueses estão ainda a compreender bem: “Portugal foi vítima nos últimos dias de um golpe silencioso organizado pelos lideres pró-europeus deste país [1]. Este acontecimento é particularmente grave. Ocorre lembrar a memória recente do golpe contra o governo grego gerido através de uma combinação de pressão política do Eurogrupo e pressões econômicas (e financeira) do Banco Central Europeu. Estas acções confirmam a natureza profundamente antidemocrática, não só da zona euro, mas também, deve compreender-se, da União Europeia.

Tem sido dito, e muito, nomeadamente em França e na imprensa europeia que a coligação de direita ganhou as últimas eleições portuguesas. Isso é falso. Os partidos de direita, liderados pelo primeiro-ministro M. Passos Coelho reuniram 38,5% dos votos e perderam 28 assentos no Parlamento. A maioria dos eleitores portugueses que votaram contra as mais recentes medidas de austeridade é de 50,7%. Esses eleitores focaram a sua votação na esquerda moderada (PS), mas também no Partido Comunista Português e outras formações da esquerda radical. Na verdade, o Partido Socialista Português tem 85 assentos, o Bloco de Esquerda 19 e o Partido Comunista Português 17. O que nos 230 lugares no Parlamento dá 121 lugares às forças anti-austeridade quando a maioria absoluta é 116 lugares [2]. Pode vir a ser encontrado um acordo entre os partidos de direita e o Partido Socialista. Mas este acordo não foi claramente possível pela presença desafiadora do programa de austeridade resultante do acordo entre Portugal e as instituições europeias. Esta é uma reminiscência da situação na Grécia ... Os Socialistas e o "Bloco de Esquerda" disseram claramente que o acordo deve ser revisto. Esta é a decisão em que o presidente Cavaco Silva se baseou para rejeitar a proposta apresentada para um governo de Esquerda. No entanto, a sua declaração foi mais longe. Ele disse: "Depois de todos os pesados sacrifícios feitas no contexto de um importante acordo financeiro, é meu dever e minha prerrogativa constitucional, fazer todo o possível para evitar falsos sinais a serem transmitidos às instituições e investidores financeiros internacionais. "Essa é a declaração verdadeiramente problemática. O Sr. Cavaco Silva acredita que um governo de esquerda unida pode levar a um confronto com o Eurogrupo e com a UE o que é mesmo muito provável no caso. Mas, numa República Parlamentar, como é actualmente a de Portugal, não está no poder do presidente interpretar intenções futuras para se opôr à vontade dos eleitores. Se uma coligação de esquerda e da esquerda radical tem uma maioria no Parlamento, e se mostra - foi este o caso – ter um programa de governo, ele deve ser nomeado. Qualquer outra decisão é equivalente a um acto inconstitucional, um "golpe-de-estado".

A situação económica em Portugal 
Esta "resposta positiva" do Presidente face à situação económica em Portugal, muitas vezes apresentada - erroneamente - na imprensa como um "sucesso" das políticas de austeridade, continua a ser muito precária. O défice orçamental atingiu mais de 7% em 2014 e deve ser bem acima dos exigiveis 3% este ano. A dívida pública é superior a 130% do PIB. E se a economia tem novamente algum crescimento, em 2015 ainda está ao nível de 2004. As condições de vida regrediram mais de dez anos pelas políticas de austeridade, com um desemprego extremamente alto. Na verdade, as "reformas" que têm sido impostas em troca do pacote de ajuda ao financiamento da dívida e os bancos não têm resolvido o principal problema do país. Este problema é a produtividade do trabalho que é muito baixa em Portugal, e isto por várias razões, uma força de trabalho mal preparada e investimento produtivo em grande medida insuficiente. Portugal, entre 1980 e 1990 poderia acomodar a baixa produtividade, pois poderia deixar sua moeda depreciar-se. Desde 1999 e da entrada no Euro, isso é impossível. Portanto, não é surpreendente que a produção tenha estagnado... (continua)

sexta-feira, outubro 23, 2015

dá-lhe Galamba!

o problema é a existência de muitos outros que não são galambas no P"S": "Infelizmente não vi nenhum Presidente. A exclusão de três partidos políticos com um milhão de votos - Bloco, PCP e Verdes - e o apelo à sublevação no grupo parlamentar de um partido, o PS, são inaceitáveis. Se há partidos que não podem participar em soluções de governo é melhor propor a ilegalização desses partidos. Não podemos é ter uma eleição a fingir". (RTP1, 22 de Outubro)


anda Pacheco:
"Cavaco fez uma declaração de guerra a 2 milhões e 700 mil portugueses
  
o Portugal de cavaco, a doença infantil do Servilismo, ou a venda dos portugueses a pataco, já faz história na famigerada UE. 
Ambrose Evans-Pritchard no The Telegraph num artigo intitulado "A Eurozona atravessou o Rubicão quando a esquerda anti-Euro portuguesa foi banida da área do Poder. Portugal entrou politicamente em águas perigosas. Pela primeira vez desde a criação da União Monetária Europeia um Estado-membro subiu explicitamente o degrau de proibir os partidos eurocépticos de ocuparem lugares no governo em nome do interesse nacional (...) assim... a democracia deve ficar em segundo lugar face ao alto imperativo das regras e da pertença à comunidade do Euro" (ler o artigo)

quarta-feira, outubro 21, 2015

Oportunistas de todos os matizes, Uni-vos!

a consistência de um acordo entre a ala P"S" de Costa, o "inexistente Bloco de Esquerda", nas palavras do próprio Costa (ver o video, ver o video) e o P"C"P é sólida, mas evapora-se no ar. Portanto, a pergunta é: se um governo desta indole com apoio parlamentar que o viabilize for empossado com base na manutenção do Tratado Orçamental e no cumprimento das imposições de Bruxelas, Frankfurt e Berlim sobre o Euro, quem sobra na AR para defender os interesses dos trabalhadores? .............. o partido dos animais?

terça-feira, outubro 20, 2015

é mais ou menos isto: os problemas da Grécia são mais ou menos iguais aos de Portugal

Yannis Varoufakis dá uma extensa entrevista à revista "Monthly" onde aborda pormenores da sua demissão após a vitória do "Não" no referendo e a obrigatoriedade exigida pela Cleptocracia Europeia de o converter num "Sim" ou continuar a boicotar a economia grega.

A decisão de Varoufakis de abandonar o governo foi tomada por esta altura: “Quando percebi isto, disse a Tsipras que tinha uma escolha clara a fazer: ou usar os 61,5% do ‘Não’ para ganhar uma nova energia, ou capitular. E disse-lhe, antes que respondesse: ‘se escolhes a última, eu saio”. Olhou-me e disse-me, "eles querem ver-se livres de nós. E depois contou-me a verdade, que havia membros do governo a empurrá-lo para a capitulação. Estava deprimido”.  

Varoufakis demitiu-se e apoiou a ala esquerda dissidente do Syriza que formou o novo partido "Esquerda Unida" que não elegeu nenhum deputado nas eleições que se seguiram.
e que disseram os media?
Varoufakis explica: “Temos uma coisa chamada ‘Hellenic Financial Stability Facility’, uma ramificação do ‘European Financial Stability Facility’, fundo que recebeu 50 mil milhões para recapitalizar a banca grega. Este é dinheiro que os contribuintes gregos pediram emprestado para impulsionar a banca mas (1), enquanto ministro das Finanças, não me deixaram escolher o CEO e nem sequer podia participar nas relações do fundo com os bancos. O povo grego, que nos elegeu, não tinha assim qualquer controlo sobre como é que este dinheiro foi e é usado

Cleptocracia” é como o ex-ministro das Finanças define o Estado grego. “Enfrentámos uma imensa aliança de interesses instalados e de práticas oligárquicas, um verdadeiro triunvirato do pecado na Grécia: primeiro, os bancos, os bancos falidos que são mantidos vivos com o dinheiro dos contribuintes mas sem que os contribuintes possam dizer seja o que for sobre o que eles fazem. Em segundo lugar, os media, particularmente os jornais e os meios electrónicos, que também estão falidos. Mas são controlados pelos bancos, que usaram o dinheiro do resgate para apoiar os jornais e assegurar que cumprem o seu papel de propaganda. Em terceiro lugar, os interesses associados aos investimentos públicos”. Para explicar este último ponto, o ex-ministro lembra que o custo de construção de um quilómetro de auto-estrada na Grécia é três vezes mais do que na Alemanha ou França, “e não é porque as pessoas trabalham menos ou são menos eficientes… Se querem saber o porquê, vejam o Norte de Atenas e estudem as villas sumptuosas e quantos donos e presidentes dessas empresas vivem por lá” (texto original aqui).

(1) a Grécia não vai conseguir gerar um excedente primário de 4% nos próximos 30 anos, que é aquilo que ficou estabelecido

domingo, outubro 18, 2015

o Colosso Imperialista vs a História Não Contada dos Estados Unidos, ou a politica do pau e da cenoura e mais pau

«Há mais fundamentalistas nos Estados Unidos que no Médio Oriente» (Oliver Stone)

1. Niall Ferguson, conhecido agente imperialista da linha dura de Kissinger: “Portanto, quem ganhou em 2004 com a invasão do Iraque no contexto da “declaração da guerra permanente contra o terrorismo” que já tinha sido o pretexto para a invasão e destruição do Afeganistão?
Pode dizer-se que foi a ciência militar de Clausewitz. Os Estados Unidos procuraram alcançar os seus objectivos políticos pela guerra, que a sua colossal superioridade económica e militar assegurava ser rápida e capaz de cobrar poucas vidas norte-americanas: só houve 91 mortes em combate entre o começo da guerra a 20 de Março e a declaração de vitória do presidente Bush no convés do USS Abraham Lincoln seis semanas mais tarde.

A guerra foi diferente da dos anos noventa. Depois de muitas conversas sobre “choque e terror”, os bombardeamentos aéreos prévios foram breves e selectivos e a maior parte dos combates ficaram a cargo das forças terrestres, de elevada mobilidade, que avançaram para as principais cidades e depararam apenas com focos de resistência inconstantes. Saddam foi apeado. Depois de uma caçada ao homem que durou nove meses, acabou por ser encontrado num buraco camuflado. E ficou a saber-se que andara a fazer bluff: as buscas iniciais encontraram poucos vestígios, se é que encontraram algum, de armas de destruição maciça ou mesmo de locais onde elas pudessem ser fabricadas. Mas Saddam foi a principal vítima do logro. Se se tivesse limitado a dizer a verdade aos inspectores em vez de tentar enganar a CIA, podia ter sobrevivido e deleitar-se com uma boa velhice no meio do espalhafatoso dos eus muitos palácios repelentes. E, aliás, até as suas armas convencionais se revelaram praticamente inúteis porque a maioria dos homens que as empunhavam optaram por fugir em vez de lutar. A guerra contra o Iraque acabou assim por ser mais uma guerra de intenções humanitárias que ninguém antecipara. Na ausência de montes de armas de destruição maciça bem visíveis, as atenções voltaram-se para o segundo objectivo proclamado pela Coligação, que era a libertação do povo iraquiano da tirania” (pp 272/3)
2. Oliver Stone, premiado realizador de cinema e o historiador Peter Kusnick, tidos como críticos do centenário imperialismo norte-americano, mas na verdade defensores de uma linha soft cujo ícone principal é a dupla de Clintons, o pacifista Carter e outros seres mitológicos, escrevem a “História não Contada dos Estados Unidos” sobre a ascenção e queda do imperialismo, obra considerada indispensável por Mikhail Gorbachev, o pacifista da soft-troika que lançou na miséria milhões de russos, colocando os restantes sob o jugo da máfia capitalista global (dos quais a Rússia se está a gora a livrar com Vladimir Putin)

Outros notáveis dizem ser esta “a mais importante narrativa histórica dos últimos cem anos”, apontando factos da politica excepcionalista dos EUA não divulgados pelos media corporativos, como se não houvesse mais vida para além deles e os crimes do imperialismo não fossem de há muito conhecidos. Sobre as luzes e as sombras do império contam os autores as características únicas que permitem aos EUA moldar o mundo e a forma como as suas acções são interpretadas pelas outras nações. Munidos das mais recentes descobertas obtidas de documentos desclassificados e de investigações de prestigiados académicos, Stone e Kusnick revelam episódios escondidos, chocantes, mas agora documentados. Até aqui tudo estaria no domínio de teorias da conspiração? a saber: 1. os bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagazaki foram militarmente desnecessários e moralmente indefensáveis 2. foram os Estados Unidos e não a União Soviética que mais contribuíram para a perpetuação da Guerra Fria 3. a preferência dos EUA por ditadores de direita em muitos países traduziu-se pelo afastamento do poder de lideres eleitos, pelo treino e armamento de milícias assassinas, e ainda pelo lançamento na pobreza de milhões de pessoas. 4. os fundamentalistas islâmicos financiados pelos EUA que começaram a combater os soviéticos no Afeganistão, vieram depois ameaçar os interesses dos americanos e dos seus aliados. 5. os Estados Unidos usaram repetidamente o argumento da ameaça de uma guerra nuclear e estiveram muito perto de a gerar".

Concluindo, sabendo-se ao que vem Niall Ferguson, e a parte não vem no livro de Oliver Stone: desde "a ajuda à independência" de Cuba para a transformar num protectorado em 1898 até a invasão da Libia e da Síria em curso desde 2013, passando pelo genocidio de meio milhão de comunistas na Indonésia na década de 60os EUA já invadiram ou bombardearam 151 países (o novo filme de Michael Moore intitula-se "Quem é que vamos invadir a seguir?). São mais os países do mundo em que os EUA já intervieram militarmente do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelas guerras imperiais dos EUA só no século XX. E por detrás desta lista escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de estado e patrocínios a ditadores e grupos terroristas. Segundo Barack Obama, laureado do Nobel da Paz, os EUA têm neste momento mais de 70 operações militares secretas a decorrer em vários países do mundo. O mesmo presidente que criou o maior orçamento militar de qualquer país do mundo desde a Segunda Guerra Mundial, batendo de longe George W. Bush.

sexta-feira, outubro 16, 2015

“... isto é tudo um putedo!”

tendo em vista o tremendo equivoco que é a "União" Europeia
Sim! Por uma questão de higiene mental, talvez fosse mais saudável passar a ver nos órgãos de comunicação social as caras dos boys do PS, e até certo ponto do PCP e do BE, do que as repelentes fúcias dos cretinos do PSD e do CDS. Mas atenção, meu querido amigo: os capitalistas conhecem bem a saturação psicológica que as caras dos seus lacaios no governo provocam nos explorados e oprimidos e, por isso, são eles próprios a recorrerem à mudança de farsantes, para poderem prolongar a farsa com maior eficácia.
Quando Cavaco convoca Passos Coelho e o manda andar por aí à procura de um partido que lhe traga a maioria absoluta no Parlamento, no fundo o que Cavaco lhe pretende dizer é isso: traz caras novas, novos boys, para podermos continuar com a mesma política de terrorismo austeritário" (Arnaldo Matos, no Luta Popular)

a Direita anda desesperada com a mera hipótese de vir a formar-se um governo PS viabilizado pelo PCP e BE. Para não largar o pote tudo serve para atacar a concorrência de outros agentes do neoliberalismo. Até um editorial do histórico e ameaçador MRPP no "Luta Popular". Nunca lhe deram uma linha na campanha eleitoral ou fora dela. Agora "o Observador" do execrável José Manuel Fernandes dá-lhe honras de 1ª página. Como diz Arnaldo Matos assim obriga a campanha de todo este putedo contra a eventual viabilização de um governo, ainda assim, da falsa-esquerda. O Observador não é um jornal (mas aumentou recentemente o capital social para 3,2 milhões de euros), o Observador é um órgão militante de uma Direita enraivecida com a perda da maioria absoluta. É jornalismo de sargeta... a imagem é de hoje, e é bem demonstrativa da "expulsão" de Garcia Pereira...

terça-feira, outubro 13, 2015

que se saiba os investidores da Bolsa não elegem deputados, ou elegeram?

Mais de 60 % dos eleitores portugueses votaram por uma mudança de governo e de política de austeridade. Apesar de António Costa que aqui não há classes médias a votar em Syrizas, o certo é que mesmo assim o boicote não se fez esperar. O semanário do agente bilderberg para Portugal agita imediatamente o fantasma que “metade do país está em risco de pobreza” como se fosse uma grande novidade (gastar dinheiro com pobres é subtrair lucros aos especuladores) e no dia seguinte verifica-se uma derrocada das acções do PSI-20 com especial impacto na Banca (Millenium BCP e BPI). O recado sussurado por Cavaco é que não pode haver modificação dos programas de austeridade exigidos pelos investidores privados coordenados pelo FMI/BCE/EU. Portanto, como diz Arnaldo Matos, seja qual for o governo a ser investido por Cavaco, ele será sempre constituído pelo mesmo putedo politico que tem estado em exercício nos últimos 40 anos. Há demasiados anos que o povo português paga um preço demasiado alto pela impossibilidade dos falsos partidos de esquerda se poderem entender. Só a direita se pode entender. Segundo o “Observador”, orgão online oficial do Capital, “no caso de Costa insistir no governo de esquerda, a direita terá de exigir novas eleições em que seja dado ao povo o direito de escolher entre duas coligações, a do PSD-CDS e a do PS-PCP-BE”, esquecendo-se que se o irrelevante cds-pp se tivesse apresentado sózinho e não sob a capa da enganadora sigla “portugal à frente” os resultados seriam outros. Então quem são os donos do pasquim que recentemente aumentou o capital social para 3,2 milhões de euros? 
Disse o próprio “Observador” que revela os nomes dos accionistas em nome dos princípios da transparência e do rigor. Provocadores, perderam a vergonha que nunca tiveram, um belo “sinal da nossa postura no mercado, tal como é um exemplo da forma como iremos tratar a informação". Até estão a conseguir passar o exemplo para o nóvel órgão da direita que dá pelo nome de RTP3, a juntar ao resto do suprasumo da «pluralidade» das nossas televisões e da imprensa portuguesa...
Integram a estrutura accionista do Obervador , José Manuel Fernandes, João de Castello Branco, Jorge Bleck, Filipe de Botton e Alexandre Relvas da Lusofinança e promotores do famigerado “Compromisso Portugal”, Orientempo (accionista de referência António Carrapatoso), Pedro Martinho, Ribacapital, SGPS, Lda. (accionista de referência João Talone), Tempo Calmo SGPS, S.A. (accionista de referência Filipe Simões de Almeida) e Rui Ramos. Preside ao Conselho Geral de Supervisão o ex-presidente da AR Jaime Gama. O conselho de administração tem como presidente António Carrapatoso. Accionistas de referência: Luis Amaral y Hijas Holdings S.L., António Pinto Leite, António Viana Baptista, Ardma SGPS, Atrium Investimentos, SGPS, Bar Bar Idade SGPS de Carlos Moreira da Silva, Duarte Schmidt Lino, Duarte Vasconcelos, Holdaco, SGPS cujo accionista de referência é António Champalimaud

sexta-feira, outubro 09, 2015

Russos são recebidos em apoteose na Síria

Сирия сегодня - Спасибо России ! Друзья ! Смотрите видео и передайте дальше всем !

Росси́я - Российская Федерация 1 de Outubro de 2015
a Casa Branca espera um pedido de desculpas da Siria por ter convidado Putin a invadir o país. Zbigniew Brzezinski: "estão loucos? Obama deve retaliar os Russos imediatamente!" 

No seu discurso o conselheiro de Estado Brzezinski reconhece implicitamente que os Estados Unidos têm aliados entre os grupos terroristas que actuam na Síria e dirigindo-se a Vladimir Putin ameaçou: parem de atingir a nossa Al-Qaeda "ou teremos uma terceira guerra mundial" (VeteransToday)
Conselheiro ucraniano quer ajudar o "Estado Islâmico" a vingar-se dos soldados russos.

quinta-feira, outubro 08, 2015

O Golpe de Estado de Cavaco

Na disposição legal (art.º 187.º, nº 1, da Constituição da República), regula-se o processo constitucional de formação do governo. Ninguém pode alterar os termos e passos deste processo e, muito menos, o presidente da república, que no acto de posse jurou - é certo que por sua honra, e isso ninguém sabe quanto vale – conforme o nº 3 do art.º 127 “defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”. Por imposição constitucional, base de todo o processo democrático em regime parlamentar: ”o primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”. Porém, sem ouvir nenhum dos partidos representados na assembleia, Cavaco chamou a Belém o agente alemão Pedro Passos Coelho, aparentemente como chefe da coligação mais votada, e encarregou-o da execução de uma tarefa que a Constituição não autoriza: “encarreguei o dr. Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e governativa do país. Cavaco está pois empenhado na formação de um governo presidencial, com ele, Passos, Portas e mais a primeira prostituta que aparecer do chamado arco da governabilidade. Isto é, para todos os efeitos, um golpe-de-estado constitucional. A Constituição não autoriza a formação de governos de iniciativa presidencial". (súmula de uma reflexão de Arnaldo Matos no Luta Popular)

quarta-feira, outubro 07, 2015

marginalizada pelos russos, a "civilização ocidental" falha alvo sírio

O massacre de al-Ghouta em Agosto de 2013 perpretado por terroristas com armas quimicas que causou centenas de mortos foi reportado à ONU através de imagens obtidas por satélites russos, facto que não teve qualquer repercussão nos media ocidentais 
Esta semana um avião russo Su-30 foi acusado de entrar por apenas 2 minutos no espaço aéreo da Turquia (um país da NATO). Na verdade a Russia terá violado o espaço aéreo da Turquia porque este pais alterou as fronteiras para incluir os Curdos sob seu controlo. E também, em boa verdade, a razão porque a NATO concessionada a Erdogan pretendem uma zona de exclusão aérea é para que não sejam cortadas as linhas de abastecimento aos rebeldes terroristas do ISIS, criado e armado pelos Estados Unidos.  

Com este furtuito "incidente" elevam-se ameaças do inferno ficar à solta e este é
o pretexto final para uma guerra aberta entre a NATO e a Rússia pelo menos segundo a fanfarronice dos media ocidentais, porque no terreno a situação é outra e bem diferente
O maior e mais poderoso exército do mundo, assim proclamado pelo Presidente dos Estados Unidos Barack Obama, em conjunto com as forças aliadas da NATO, passaram à irrelevância pela entrada na Síria da força aérea da Rússia, uma intervenção legal ao abrigo do direito internacional (a pedido expresso das autoridades legitimas da Síria). Em menos de uma semana as forças armadas russas conseguiram fazer o que os exércitos dos Estados Unidos e da NATO não conseguiram fazer em ano e meio: desbaratar e pôr em fuga os terroristas do Estado Islâmico. Na verdade o plano do Ocidente era outro, onde interessava que os terroristas reinassem como reis e senhores, actuando para fazer da Síria mais um Estado falhado e à mercê do modelo imperialista neocolonial. Neste momento há apelos de 41 bandos de rebeldes a actuar na Síria (que os EUA classificam de "moderados") para que as potências regionais apoiadas pelo ocidente criem uma aliança contra a intervenção da Rússia e do Irão (e já agora podem pedir também contra a China)
Mas, dos diversos relatórios que os russos têm disponibilizado sobre o que se passa na Síria,
um dos mais chocantes é a descoberta que alegados"rebeldes moderados" montaram um 
a Turquia mostrou-se condescente sobre o incidente com o jacto russo, 
mas subitamente lembraram-lhe que era um país da NATO
In the NOW, 5 de Outubro de 2015

terça-feira, outubro 06, 2015

foi você que votou nisto?

António Garcia Pereira, membro do Comité Central do PCTP/MRPP: 
"O que se vai seguir é a aliança política da coligação de traição nacional PSD/CDS (sem maioria absoluta) com o Partido dito Socialista de António Costa para mais 4 anos do desastre de cortes de salários e de pensões e dos brutais aumentos dos impostos sobre quem trabalha. E, para já, o Eurogrupo diz que o orçamento de Portugal deve ser entregue em Bruxelas até 15 de Outubro, mesmo ANTES de ser aprovado no Parlamento Português, e só DEPOIS da aprovação por parte do Eurogrupo poderá passar então pela aprovação formal da nossa Assembleia da República.  
Pertencer ao euro significa isto mesmo - a perda total da nossa Independência!"

domingo, outubro 04, 2015

mas que degradante espectáculo é este?

averiguar em primeiro lugar se o povo português não foi alvo de mais uma fraude à semelhança das "sondagens que manipularam a opinião pública durante meses; em segundo lugar como iremos ridicularizar estes crápulas dem o nosso José Vilhena? 

mesmo que com o voto se tenha conseguido impedir uma maioria absoluta em beneficio de qualquer das cliques do bloco central, a luta continua, porque os cortes, mais impostos e a desvalorização do trabalho vão continuar. Precisamente porque o FMI o exige e o Cavaco obedece, eis aí amanhã o o que ele disse e fará: um governo de bloco central, as eleições apenas decidiram quem o lidera

começou a guerreia intestina dentro do Bloco Central: "e agora? A receita de Passos e Portas é esta…